A Preciosidade De Um Gangster

Capítulo 60

Capítulo 60

 Observo Lucianna e Christian ensanguentados e arqueio a sobrancelha 

 Que porra foi essa?

 Eles voltaram agora de manhã, eu e Enrico não tocamos mais no assunto na noite passada, até porque ele precisou ir para a sala de cozinha porque o Espanhol gostoso mandou, ele não me obrigou a ir, eu não fazia parte daquilo mesmo, mas não foi uma reunião em família, foi algo muito respectivo, eles só queriam a minha presença para saber de algumas informações, mas foram canceladas porque eles já conseguiram o que queriam

— Roubaram algum carro com droga? — pergunto 

— Não, não, estávamos realizando outro assunto particular — Lucy diz tentando se limpar

— Compreendo perfeitamente 

— Conseguiu? — Enrico pergunta Christian e ele concorda acenando com a cabeça — Ótimo

 Não estou entendendo nada, mas ok,

— ¿Dona Lucye, será que puedo hablar contigo? — pergunto 

— Sí niña — responde e vamos para um canto da cozinha, eu sei que ela não pode esconder nada que eu dizer à ela, ainda mais quando se trata de mim

— Não é nada demais Lucye, só quero que faça um favor para mim — peço e ela aceita

— a senhora adota a minha cachorra? — pergunto e ela arqueia a sobrancelha

— Mas você é tão apegada nela, por que você doaria o seu bichinho de estimação?

— Depois que o senhor  Blanco chegar, eu serei entregue ao meu comprador e eu reconheço um Gângster, não irei deixar minha cachorra nas mãos desses caras, e como a senhora é uma pessoa de confiança, sei que irá arranjar um lugar bom para ela

 Até hoje me pergunto como Lucye continua firme neste lugar, quero dizer, normalmente as empregadas são as que são vítimas disso tudo, a invasão, a tortura, o tiroteio, ela tem muita sorte de não acontecer nada com ela quando sai daqui, claro que sofreu alguns raptos infelizmente, mas mesmo assim está aqui depois de tudo, Lucye é abençoada 

— Oh niña, se eu pudesse te tirar disso tudo também, mas infelizmente as escolhas não são nossas e aqui não somos quem decide o nosso futuro

— Eu não tenho o direito de escolher, porque de qualquer forma eu não irei sair dela, mas a única coisa que posso fazer, é pedir que a Caramelo esteja com uma família caridosa 

 Lucye decide atender o meu pedido e volto para o meu quarto, o Espanhol gostoso passou despercebido e eu não o vi, como se eu focasse toda a minha atenção nele, hum

 Queria perturbar Luciana, mas ela está cansada para ouvir minhas bobagens, tenho certeza em qual pessoa ela bateu, não quero nem imaginar a merda que vai dar isso. Passo meu tempo observando o quarto e planejando ideias como seria o design novo desse quarto, aliás, é um quarto muito bonito para ser de hóspedes, mas claro, ricos são assim, graças a Deus sou pobre, se na minha casa viesse um parente para ficar de hóspedes, no máximo eu colocaria um colchão e um ventilador, temos que ser humildes com os nossos hóspedes

 Me jogo na cama entediada e reclamo sozinha por estar vivendo dessa forma, eu poderia estar aprontando agora ou melhor, fugindo, mas não, eu fui obrigada a ficar presa aqui porque é perigoso 

— Espera, mas ninguém manda em mim, e quem tem que me proteger é o Christian — falo alto e ouço alguém bater na porta

 Reviro os olhos 

— Quem é?

— Sou eu Katherine, abre a porta

 Até umas horas atrás não estava nem olhando para mim e agora vem me perturbar?

— o que é? — pergunto abrindo a porta logo em seguida

 Ele me olha de cima para baixo e desvia o olhar

— Você precisa me acompanhar, não disse que eu devia te proteger? Então eu irei te proteger, só que do meu jeito — diz e eu sorrio de lado, sei, me proteger, eu que não vou cair nessa, me preparo para fechar a porta na cara dele so que me impede

— Para que trancar a porta sendo que eu já te vi nua?

— Preciso de privacidade, e eu e você juntos, não é privacidade, você apenas me protege, não tem que ficar fiscalizando o meu corpo, agora vaza — digo empurrando ele que revira os olhos 

 O observo dirigindo o carro e reviro os olhos, como pode um homem desse ficar até gostoso dirigindo? Óbvio que alguns momentos atrás antes de entrar no carro, discutimos porque eu não queria ir no banco da frente do lado dele, eu queria ficar só mais um tempinho distante dele, mesmo que seja por uns centímetros, encosto minha cabeça no banco e fico olhando a paisagem urbana pela janela

— Por que você decidiu sair comigo? E por que não tem seguranças conosco?

— São muitas perguntas que necessariamente não precisam ser respondidas — responde ainda focando sua atenção na estrada

— Mas eu preciso saber, assim dá tempo de eu fugir — falo e ele olha para mim

— Você não vai a lugar nenhum, comigo te vigiando fica difícil de escapar — diz e eu gargalho

— Da vez que você ficou me vigiando, eu já tinha pegado a arma para atirar em você, se eu pudesse voltar no tempo, eu teria mudado tudo, seu pai iria me odiar 

— E você não teria transado comigo, iria perder a melhor transa da sua vida

— Você é muito convencido, é uma pena que só fala demais para um homem tão encantador, típico 

— Estou apenas dizendo a verdade que você nunca diria

— Eu espero que onde esteja me levando, que cumpra com o seu dever, que é me proteger, certo? Só não te garanto se irei te obedecer

  Ele respira fundo balançando a cabeça levemente irritado, seja lá o que esteja passando na mente dele, eu queria saber só um pouco do motivo, mas talvez eu possa saber um pouco disso e até mesmo ser a que causou isso

 Chegamos em uma boate diferente dessa vez e arqueio a sobrancelha, ele está pedindo para eu fugir, só pode

— Não inventa de fugir, eu estou de olho em você 

— Oh sim, tenho certeza que está

 Entramos em uma sala particular e vejo vários seguranças ao redor, homens de negócios clandestinos, me pergunto o que estou fazendo aqui