Capítulo 15- Enemigos Ocultos

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Enemigos Ocultos- Wisin, Ozuna, Myke Towers

- Eu não falei que era para ficar no quarto?

- Sim, mas como não sou nada e não respeitos suas ordens, resolvi sair

- Você é terrível! - ele se levanta e eu observo-o para ver se está tudo bem. - Eu estou bem! - ele diz logo ao perceber minha preocupação.

- Não perguntei! Espera... onde está Pietro? - indago preocupada.

- Está trancado no banheiro! - ele diz tranquilamente e eu o encaro incrédula.

- Como assim está trancado no banheiro?

- Eu tranquei ele lá! - Christian diz e eu olho-o irritada. - O que foi? Aquele hijo de una puta(filho de uma puta) não iria desgrudar de você!

- Você é um imbecil sabia? - esbravejo.

- Queridos pombinhos está na hora de irmos, a polícia está a caminho e confesso que não quero ser preso e ficar sem mulheres! - Enrico diz e eu reviro os olhos.

- Okay, só preciso destrancar a porta do banheiro onde está Pietro - vou atrás de Pietro e Christian vai atrás de mim.

- Eu vou ajudar você! Infelizmente... - resmunga.

- É claro, é mais que sua obrigação Christian!

Assim que chegamos lá, Christian solta Pietro e conto para ele sobre tudo o que aconteceu, claro, eu menti, falei que houve um tiroteio e nos escondemos até o tiroteio passar, despeço-me dele e dou um beijo nos seus lábios, vejo Christian resmungar e tenho vontade de mandá-lo para a puta que pariu!

No caminho de casa vou em silêncio no carro fazendo de tudo para não lembrar da tragédia que tirou minha mãe de mim, remexo inquieta minhas pernas e Enrico resmunga:

- Kate, para de se remexer, vai acabar fazendo um buraco na poltrona! - diz no banco do lado do carona.

- Ah cala a boca Enri! - brado irritada.

- Quer conversar sobre o que te aflinge depois?

- Não, obrigada, não é nada de mais! - dou-lhe um sorriso fraco.

Assim que o carro para, vou correndo rapidamente para o quarto tomar um banho e depois me jogo na cama e permito-me chorar, chorar nesse momento, sempre fui uma garota durona, não abaixava a guarda de jeito nenhum, mas às vezes eu tinha que soltar essa dor dentro de mim, doía como inferno perder quem a gente ama, perdê-la pela violência urbana, doía muito e dói ainda, nunca superei a morte da minha mãe, na verdade acabei acustumando-me com a ausência dela, ninguém merece perder alguém pela violência, quem dirá um filho ou uma mãe. Choro por tudo que estou passando e por as vezes que tentei desistir de mim mesma por causa das minhas fraquezas e recaídas, pego meu telefone e procuro uma foto de mamãe junto comigo, eu não sou nada sem ela porquê eu apenas tinha ela, Débora era a minha vida e minha família e agora eu não tenho isso, a vida às vezes é tão injusta, não consigo lidar com a morte.

Levanto-me e vou para a cozinha pegar um copo d'água, minha cabeça está latejando de dor e meus olhos estão inchados de tanto chorar, é impossível eu ver alguma coisa nesse escuro, procuro pela geladeira e encontro-a, encho meu copo de água e fico encostada no balcão apenas apreciando o silêncio e bebendo.

- Não está conseguindo dormir?
- Levo um susto e solto um grito deixando o copo cair no chão e quebrar.

- Merda! - sussurro e a pessoa liga a lâmpada e me olha preocupado.

- Te assustei?

- Não, só sou desastrada naturalmente e deixei cair o copo! - Falo calmamente.

Abaixo para pegar os cacos de vidros e fico de joelhos na sua frente e ele resmunga alguma coisa.

- Por favor não ajoelhe-se, levanta agora! - ele diz e eu continuo catando os cacos.

- Katherine! - ele chama a atenção e levanto meus olhos para olhá-lo, ainda cai lágrimas neles e agora só piora.

Odeio sentir-me vulnerável na frente das pessoas!

- Por que está chorando? - Pergunta e eu não respondo, continuo catando os cacos e ele me levanta com os seus braços.

- Aconteceu alguma coisa? - Ele diz eu nego com a cabeça. - Aconteceu sim, você não está chorando atoa e está calma demais e isso é estranho para mim! - Solto um sorriso fraco e ele sorri.

- Me abraça? - Digo sem pensar direito.

- Tem certeza? - pergunta e assinto. - Não vai me matar?

- Não Christian, eu não vou!

Vejo ele se acalmar e me abraçar forte, deixo minhas lágrimas caírem sem parar e fico abraçada nele por um bom tempo.

Isso é tão clichê!

Ele beija meu pescoço e diz que vai ficar tudo bem e esse simples gesto faz-me amolecer, por que eu fico boba quando as pessoas são gentis comigo?

Fico fazendo círculos no seu peitoral e desenhando umas letrinhas sem conexo.

Está vendo sua burra, tu está sendo consolada por macho! Cuidado que macho te consola com pau dentro! - Estremeço na hora com esse pensamento. Não, não, não vou ser bocó igual as meninas do livro que quando ver o macho triste, abres as pernas para consolá-lo, ué, mas quem tem que consolar-me é ele, não eu!

Me afasto dele devagar e olho para o outro lado, ele também está meio sem graça já que não temos tanta proximidade.

- Hum, me desculpa por ter te tirado do sono! - Digo.

- Oh não! Eu não estava com sono, estava resolvendo algumas coisas no escritório! - Diz e eu olho-o sem graça.

Ah! O escritório, naquele dia ele parecia um puteiro para duas pessoas!

- Okay então, acho melhor eu ir, já está tarde e amanhã... sei lá o que eu vou fazer! - sorri e ri junto.

- Tudo bem, vê se descanse bem! - Ele diz e rapidamente beija minha testa e eu saio às pressas da cozinha.

Entro no quarto e tento fechar meus olhos, talvez eu conseguiria dormir, preciso definitivamente de um animal de estimação para me fazer companhia, começo a cantarolar músicas que me deixam feliz e lembrar-me da infância.

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Ta, eu achei essa parte da Kate e o espanhol gostoso fofo🥺. Caraca, já cheguei aos 300 visualizações, obrigada meus leitores fantasmas👁👄👁🥳
Ainda bem que temos algo em comum, desapareço e depois volto do nada kkkk😂😯

A Preciosidade De Um GangsterOnde histórias criam vida. Descubra agora