Doce de pêssego- parte 1

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Kaigaku e Zenitsu eram irmãos unidos de sua própria maneira, mas tinha uma coisa que os unia como nunca.

—KAIGAKU!!!— Zenitsu veio correndo no quarto do irmão com tanta pressa que sequer bateu na porta.

Kaigaku levou um susto e fechou o notebook bem rápido como se estivesse com medo que alguém visse o que ele estava vendo.

—Que foi criatura do inferno?!? Esqueceu como se bate?!?

—Os pêssegos tão maduros!— Anunciou ignorando completamente a grosseria e o mal–humor do irmão.

—Ah tão?— E de repente todo o mal–humor de Kaigaku sumiu.

—Sim! Sim!— Estava tão animado que não conseguia ficar parado, então ficava dando pulinhos no mesmo lugar— Vem! Vamos comer!

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—Eu vou pegar mais— O mais velho se levantou.

—Que??? Já???— Perguntou o mais novo impressionado. Os dois estavam sentados na sombra na fachada do jardim da casa enquanto comiam os pêssegos e bem quando Zenitsu tinha dado a primeira mordida, Kaigaku já tinha acabado seu primeiro pêssego inteiro.

—É claro que eu acabei primeiro que você, você perde um tempão descascando e cortando em vários pedacinhos! Mó coisa de fresco!

—Eu não sou fresco! Só não sou psicopata como você!— Protestou pegando mais um dos pedaços do pêssego que tinha descascado; cortado e colocado todo organizadinho em um prato e colocando na boca.

—Beleza tcholinha— O mais novo inflou as bochechas irritado.

—Parece que os pêssegos estão maduros de novo— Disse Jigoro que tinha acabado de chegar se aproximando dos netos— Só isso pra unir tanto vocês.

—Ah! Vovô! Vovô! Senta com a gente!— O loiro convidou animado com um belo sorriso adorável no rosto— Faz tanto tempo que o senhor não come pêssego com a gente!— O senhor que geralmente tinha uma postura mais rígida foi pego desprevenido pela fofura do neto.

—Tudo bem— Se aproximou e começou a se abaixar para se sentar no chão— Hmmm...— Mas teve dificuldade. Zenitsu pôde ouvir as juntas do avô estralando.

—Deixa que eu te ajudo, vô— Disse Kaigaku depois de chegar com dois pêssegos; um para ele e para o avô, e os deixar no prato que Zenitsu estava usando— Você vai acabar com as juntas todas doídas, o senhor tá velho demais pra isso.

—HEY MOLEQUE! NÃO ME CHAME DE VELHO!

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Zenitsu estava andando empurrando sua bicicleta quando finalmente sua padaria favorita entrou em seu campo de visão justamente quando pôde ver o primogênito dos irmãos Kamado e também amor da sua vida saindo do estabelecimento.

—Tanjirou!— Levantou a mão para chamar atenção dele— Bom d...— Mas acabou paralisando no lugar quando prestou mais atenção nele.

—Ah oi Zen— O mais novo sorriu, mas se interrompeu ao perceber que seu namorado tinha paralisado com um olhar chocado no rosto— Tá... Tudo bem?

—O–O seu cabelo...

—Ah, foi idéia da Nezuko, ela disse que eu ia ficar com calor essa época então sugeriu eu prender o cabelo, ela que fez— O loiro estava totalmente sem palavras, estava quase babando com a visão de Tanjirou com o cabelo preso daquele jeito— Ahm... Você não gostou?

—Não não! D–Digo... Ahm... Sim eu... É que...— Estava sentindo tanta coisa que a sua dicção falhou tanto que simplesmente não conseguia falar. Bateu no próprio peito com força como se estivesse tentando desengasgar algo que estivesse preso em sua garganta— Pera! Meu Deus... Desculpa, meu ping ficou alto do nada.

Padaria KamadoOnde histórias criam vida. Descubra agora