Cerejas

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Para a surpresa de absolutamente ninguém Tanjirou e Zenitsu estavam indo para a escola juntos novamente, e novamente o loiro agarrava–se no braço do ruivo como se sua vida dependesse disso, mas dessa vez não apenas por que gostava do contato do Kamado, mas por que estava ficando mais frio a cada dia.

—O que aconteceu com você ein?— Perguntou o Kamado depois de soltar uma leve risada— Parece até que você quer se grudar em mim.

—Hmmm.... Tá tão frio e você tá tão quentinho....— O menor se aconchegou mais no braço do mais novo, tentando gerar um pouco de calor no processo.

—Hey... Vamos... Não está tão frio assim...

—como você consegue dizer isso? Tá congelando!— Exclamou indignado, Tanjirou usava apenas uma jaqueta igualzinha a de Zenitsu com a exceção de ser verde ao invés de amarela, mas ainda assim ele parecia não ser afetado pelo frio do outono enquanto o mais velho estava quase congelando ali!

—Só não está— Disse rindo um pouco.

Para a infelicidade do Agatsuma que usava seu namorado como aquecedor os dois chegaram na rua da escola, o que significava que teriam que se separar ou um certo professor de educação física iria devora–los vivos.

—Tanjirou, seus brincos— Lembrou o mais velho.

—Ah, obrigado amor, não esqueça seu bracelete também— Lembrou o Kamado enquanto levava as mãos as orelhas e começava a retirar os brincos.

—Ah sim, obrigado— O Agatsuma tirou o bracelete e os dois chegaram no portão encontrando o famoso professor de educação física.

—Checagem de uniforme— Anunciou o Tomioka— Sr Kamado, por favor retire seu brinco— Os meninos apenas responderam com silêncio por alguns segundos— Sr Kamado?

—A–Ah! Perdão Giyuu–sensei!— O Kamado ficou tão chocado que demorou a perceber que tinha esquecido de tirar um dos brincos.

Mas também, como não estar chocado?

Se fosse uma pessoa normal aquilo teria passado batido, mas Tanjirou e Zenitsu foram presenteados com um super olfato e uma super audição, por isso conseguiram perceber que Tomioka estava... Radiando felicidade.

Aquilo não podia ser real! Para Tanjirou Giyuu geralmente cheirava a uma mistura de tristeza; amargura e arrependimento com um leve toque de água de um rio livre de qualquer poluição, mas agora o professor cheirava a uma ansiedade boa, como se ele aguardasse algo muito bom misturado com o cheiro da água do rio, que agora estava muito mais forte.

E para Zenitsu, o sensei tinha uma melodia extremamente melancólica, mas agora seu som esbanjava a mesma ansiedade boa que Tanjirou conseguia farejar junto com uma felicidade que ele simplesmente não conseguia acreditar que o Tomioka podia sentir.

É claro, Giyuu não demonstrava de forma alguma esses sentimentos em seu rosto ou sua linguagem corporal no momento, mas para o casal em sua frente ele estava praticamente gritando que algo estava diferente.

—Estão liberados— O professor anunciou e os dois entraram.

—Você ouviu?— Perguntou o ruivo olhando para o mais baixo em choque.

—ouvi....—  Disse tão em choque quanto o namorado— Você sentiu...?

—Senti...— O Kamado respondeu, porém quando seu olhar voltou para o mais velho acabou percebendo alguma coisa— Ah espera um pouco— Então foi até um banco que ficava perto do portão da escola, Zenitsu observou o namorado pegar um celular que lhe parecia estranhamente familiar e se dirigir novamente ao professor— Giyuu–sensei isso é seu?

Padaria KamadoOnde histórias criam vida. Descubra agora