Mostarda

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—E por causa disso eu nunca mais coloquei mostarda nos meus lápis! Quase que Mitsuba-sensei infarta!— Disse Inosuke.

—Inosuke... O nome dela é Mitsuri...—Disse Aoi, quase desistindo.

—Ah, tanto faz, mulher!— Aoi cruzou os braços e revirou os olhos cansada.

—Mas... Que...?— Tanjirou perguntou confuso. Tanto ele quanto Zenitsu se distraíram por apenas um minuto para trocar um curto gesto de carinho e tinham se perdido totalmente na conversa.

—Eu também queria saber...— Disse Nezuko, que estava do lado do irmão— E olha que eu tô prestando atenção.

—Caramba... Se eu perco 1% da conversa de vocês eu fico sem entender nada, ein?— Disse uma certa voz se aproximando do grupo. Todos interromperam tudo o que estavam fazendo para olhar da onde ela vinha, pois era de um certo alguém que eles não viam à um certo tempo.

—Gatinho!— Muichirou foi o que mais demonstrou alegria ao ver seu namorado novamente. Genya abriu um sorriso e acenou para seus amigos, o garoto pareceria bem se não fosse pelas muletas e o gesso enorme em sua perna.

—Oi pessoal, eu tô de volta— Mal terminou de falar e recebeu um abraço de Muichirou. O que ele geralmente não negaria, mas desta vez ele teria que reclamar visto que o mais novo tinha praticamente se jogado nele e ele ainda estava com uma perna quebrada— Aí Mui, cuidado!

—Ah, desculpa— Disse soltando o maior.

—"Gatinho"? É sério isso?— Obviamente era isso que Inosuke iria comentar.

—Não começa não, ô bacon!— Reclamou.

—Que bom que você voltou, Genya!— Tanjirou disse antes que Genya e Inosuke iniciassem uma briga— Você tá bem?

—Er... Já tive pior...

—O que aconteceu afinal?— Perguntou Kanao— Você só sumiu do nada e apareceu atropelado.

—Eu já conto... Só antes... Vocês teriam uma... Não, duas cadeiras sobrando? Eu preciso colocar meu pé pra cima...

—Foi mal cara, a gente só tem uma— Disse Zenitsu.

—Não faz mal, você pode usar a minha também, Gen— Ofereceu Muichirou.

—Valeu, Mui... Foi mal por te tirar do seu lugar.

—Não tem problema! eu te ajudo!— O Tokito disse ajudando o mais velho a se sentar e colocar a perna engessada para cima.

—Não era melhor você ter ficado em casa?— Perguntou Yuichirou— É insuportável lidar com o Mui com saudade, mas você não me parece nada bem.

—eu já me fodo assistindo as aulas direto... Imagina o quanto eu ia me fuder se eu perdesse tanto tempo de aula? Por que eu vou ter que ficar com isso aqui por mais umas 6 semanas— Disse apontando para o gesso.

—Nossa... Eu sinto muito, cara....— Disse Tanjirou.

—Não faz mal, até por que, eu ter vindo pra escola nessas condições deixou meu irmão muito feliz comigo, então essa foi provavelmente a melhor decisão que eu já tomei na vida.

—Mas... O que houve afinal?— Kanao perguntou de novo, Genya suspirou.

—Porra cara... Eu queria atravessar a rua já fazia tipo, uns 10 minutos tá ligado? Aí quando eu finalmente pus o primeiro pé na faixa eu vi um carro vindo, só que eu tava impaciente e eu pensei "porra, ele não é maluco, ele tá me vendo"... E no final ele era maluco sim...

—Caramba Genya, você precisa ter mais cuidado atravessando a rua...— Disse Nezuko preocupada.

—É... Aprendi do jeito mais difícil...— Suspirou o Shinazugawa— Mas ei, vocês querem assinar no meu gesso?— Sugeriu.

Padaria KamadoOnde histórias criam vida. Descubra agora