Kaigaku soltou um suspiro entediado enquanto com uma mão olhava o celular para verificar o horário e com a outra batia os dedos em sua própria barraca impaciente.
Já se faziam mais de duas horas e absolutamente ninguém veio comprar nada em sua barraca.
O rapaz não pôde deixar de se sentir um verdadeiro palhaço! O único motivo pelo qual estava ali era por que queria fazer uma renda extra e agora tudo não parecia um desperdício de tempo quando ele poderia muito bem estar em casa ao invés daquele lugar já que aparentemente não faria diferença nenhuma.
Bem, isso é o que ele pensava até ouvir uma certa voz familiar lhe chamando.
—Ah achei! Oi Kaigaku!— Zenitsu disse levantando um braço bem alto tentando chamar a atenção do irmão. Assim que viu aquele grupo enorme de crianças esfomeadas vindo na direção de sua barraca, o rapaz recuperou suas esperanças.
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—Me vê mais uma por favor? É pro meu amigo— Nezuko pediu, entregando o dinheiro para o rapaz na barraca.
—Claro— Kaigaku apenas concordou, estava tão feliz com os lucros que havia recebido só naqueles dez minutos de compra dos amigos de seu irmãozinho que nem estava conseguindo ser o cara rude e grosseiro de sempre.
Satisfeita, a garota se juntou à Kanao, Muichirou e Genya. Como justamente a pessoa que tinha o maior apetite do grupo inteiro estava impossibilitado de usar as mãos, estava contando com ajuda de suas amigas e seu namorado para alimentá-lo, Kanao e Muichirou carregavam cada um uma maçã do amor que eram as que ele ainda não tinha comido e agora a Kamado se aproximava com dois doces de banana, um para ela e outro para ele.
—Genya! Eu trouxe a sua banana!— A menina disse exibindo o doce.
—Opa valeu!— O Shinazugawa agredeceu— Desculpa de novo por isso.
—Que isso gatinho, a gente já disse que não tem problema— Muichirou tentou tranquilizar.
—Tem sim, engasga com a banana e morre— comentou Yuichirou, fazendo Genya chegar à ficar surpreso com o quão gratuito foi aquele comentário.
—Você nem tá ajudando pra ter o direito de reclamar!— Comentou Muichirou.
—Seria uma forma bem gay de morrer, né?— Brincou Inosuke, com aquele sorriso de criança encapetada de sempre.
—Ah, cala a boca!— Reclamou Genya— Sem paciência para aquela criança.
—Quantos... Anos tem seus amigos mesmo?— Kaigaku perguntou surpreso observando a cena não muito longe dele enquanto entregava mais um doce para seu irmãozinho.
—As vezes até eu esqueço que nossas idades não são muito diferentes... Valeu, Kaigaku!— Agradeceu ao receber o doce.
—De nada, mas...
—Hm?— O loiro perguntou confuso ao perceber o irmão puxando um assunto.
—Não era hora de você ir? Tá quase na hora— Kaigaku disse vagamente, mas Zenitsu entendeu rapidamente o que o irmão queria dizer. O loiro então curioso pegou o celular para checar as horas, percebendo que faltavam quarenta minutos para meia-noite, a hora dos fogos de artifício.
—Ah é mesmo! Valeu aniki!
—De nada...— Kaigaku quase soltou um "de novo esse aniki?" mas as palavras ficaram em sua garganta por pura preguiça mesmo.
—Eu te vejo em casa mais tarde— Disse recebendo apenas um aceno com a mão como resposta do irmão antes de se dirigir ao resto do grupo— Ahm... Pessoal, eu tenho que ir agora...
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Padaria Kamado
FanfictionA vida De Zenitsu começa a mudar quando ele passa a frequentar a padaria dos Kamado.