O amor é cego? || l.s

•15•

               É... talvez ele realmente devesse ir ao médico, podia ser sério.

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Quando chegou na sala comum foi direto para o bar, precisava de um café. Não queria falar com ninguém por hora. Sua cabeça tinha tantas coisas girando, ele precisava de um tempo pra tentar organizar pelo menos um pouco de tudo que pensava.

O plano era só ficar ali, tomando seu café o mais devagar possível para não precisar interagir com as pessoas. Ele era bom nisso.

Foi quando Rick, mais uma vez, como se não tivesse satisfeito em ser o único suspeito, saiu pela porta do banheiro ao invés da do corredor. Ele sorria empolgado, mas tinha um que de preocupação em sua energia. Parecia já ter decidido o que queria, mas não podia resolver sozinho, precisava que outra pessoa tomasse a decisão final.

Sabe a seta brilhante que Louis estava esperando no início?? Bom, era exatamente assim que o loiro parecia no momento.

Contudo, não tinha mais o que ser investigado, Louis já tinha sua resposta. Por esse motivo, parou de procurar pistas no homem e passou a analisá-lo como pessoa. Ele era bonito, bem bonito pra falar a verdade. Extremamente atraente, não que Tomlinson fosse bom em reconhecer quando outro homem era atraente.

Mas também tinha o sonho. A experiência de ter sido tocado por outro homem não tinha sido muito boa, apenas a princípio. No fim ele até que tinha... gostado??

Era oficial, o azulado estava surtando. Ele nunca tinha se permitido pensar em algo desse tipo, nunca tinha notado o quanto essa história toda o deixava confuso, muito menos o quanto fazia sentido.

Isso o apavorava.

Ficou tão perdido na própria confusão que nem se deu conta do tempo passando e, de repente, os quinze minutos haviam acabado e ele tinha que voltar a cabine.

-Oioii. -Deu o seu melhor para que sua bagunça não transparecesse na fala, mas ele não era muito bom em fingir coisas.

-Oi Lou!! Senti sua falta. -como de costume, o sorriso ressoava na voz doce e delicada da moça.

-Nos falamos ontem Eleonor.- acusou, mas não de verdade. Tinha achado fofa a confissão da mulher.

-Eu sei, eu sei.- riu sem graça- Mas eu não consigo tirar você da minha cabeça um minuto se quer. Você comprou morada aqui e minha mente criou uma necessidade de estar com você. Senti sua falta do segundo em que nos despedimos até estar aqui de novo.

Isso fez o coração do rapaz palpitar. Admirava a sinceridade e a entrega da garota. Como era possível ficar mais encantado por alguém??

-Oh El. Também senti sua falta. - e era verdade. A voz doce e gentil da mulher o acalmavam, mas sentiu-se um pouco culpado. Tinha tantas coisas na cabeça que mal tinha sobrado tempo de pensar em sua futura noiva. -Sonhei com você na verdade. Tomávamos chocolate quente perto de uma lareira.

Claro que ele não iria contar o resto do sonho. Já era perturbador o suficiente tê-lo imaginado, falar em voz alta seria demais para sua pobre mente confusa.

-Gosta de chocolate quente??- resolveu tirar o foco da parte "sonho" antes que isso virasse um tópico.

-Claro, quem não gosta de chocolate quente??- e riu incrédula com tal pergunta- Eu sei fazer um ótimo aliás, e sempre aço uns biscoitos para acompanhar. As duas coisas se complementam tão perfeitamente que é como se seu estômago te abraçasse ao juntá-las, não acha??