O amor é cego? || l.s

•17•

Mas o cacheado não estava ali, tinha ido embora o mais rápido que conseguira, parecia fugir de algo. Mas de que??

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Chegando em seu quarto de hotel, Louis se sentia num misto de emoções que ele não conseguia decifrar. Estava feliz que finalmente iria conhecer Eleonor. Estava triste que Harry ia embora. Estava curioso pra ver de fato quem era 2, por mais que ele já soubesse a resposta. Estava confuso com o que o olhar do cacheado tinha feito com ele. O que aquilo tudo significava??

Era tanta coisa, e ele era só um.

Foi até o banheiro e tirou as roupas se pondo em baixo do chuveiro, deixando para a água quentinha a difícil missão de organizar seus pensamentos. Tudo que ele queria era conseguir focar um pouco em um deles e poder ter um minuto de "paz" o resolvendo.

Ao sair ele estava focado. O banho tinha conseguido completar sua missão. Escolheu um alvo e iria trabalhar nesse pensamento a noite toda se fosse preciso.

>Como pedir Eleonor em casamento??

E assim o fez. Ponderou cada detalhe, escreveu discursos, os ensaiou na frente do espelho pra ver qual era melhor. Decorou cada palavra de cada um e ainda as anotou em seu caderno caso na hora tivesse branco. Quando se sentiu pronto, se deitou para tentar dormir.

Tentativa inútil visto que já era quase de manhã e pouco tempo depois de seus olhos fecharem, já foram abertos de novo pelo som estridente do despertador. O que, surpreendentemente, não o aborreceu.

Ele não tinha esperança de dormir, de qualquer jeito.

Se levantou de um pulo agitado e botou a roupa que tinha planejado na noite anterior. Era uma calça skinny preta e um suéter vermelho bem ajustado a seu corpo. Ajeitou cuidadosamente seu cabelo no estilo de sempre, arrumado de um jeito rebelde, como gostava. Algumas borrifadas de seu perfume favorito, e estava pronto.

Foi até o espelho checar se estava tudo de acordo. Queria estar apresentável mesmo que a moça não pudesse vê-lo, queria estar bonito para quando ela visse as gravações depois. E bom... seu objetivo tinha sido cumprido.

Pegou seu caderno de anotações na mesa de cabeceira e a caixinha de veludo preta escondida no fundo de sua mala. A segunda sendo o abrigo de um belo par de alianças que Tomlinson havia comprado antes do início do programa.

Tinha esperança de que ter o objeto com sigo desde o início pudesse o trazer boa sorte, mas agora, ao encarar a pequena circunferência enfeitada com três diamantes, um grande no centro e os outros dois menores ao seu lado, percebia que, embora fosse um anel bonito, era terrivelmente genérico. -Sem falar no fato de que parecia grande demais para se encaixar em uma mão feminina.- Onde ele estava com a cabeça??

Respirou fundo, engolindo todo o nervosismo que a percepção o trouxera e guardando os objetos com sigo, além da chave do quarto, dois cigarros e um pouco de dinheiro pro caso de uma emergência.

Ele estava pronto.

Caminhou confiante até o térreo, e para a saída, até chegar à rua e encontrar o carro que o levaria até o estúdio.

Seus pés batiam insistentemente no assoalho do veículo. O motorista estava quase tendo um treco com o som irritante e interminável. Louis teve a impressão de que o homem gorducho de meia idade atrás do volante dava graças aos céus enquanto ele descia até a calçada ao fim da corrida.