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              Ele já sabia o que precisava fazer.

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Estava frio, terrivelmente frio, não importava a lareira acesa e as duas meias que estava usando, seu queixo ainda batia. Em seu colo tinha um livro cujo o qual ele não conseguia ler uma letra se quer. Não só pela falta de concentração devido a tremedeira, mais também pq as palavras não passavam de borrões no papel.

-Louis, amor, vem me ajudar aqui? -uma voz feminina vinha do outro cômodo. Uma voz que Louis conhecia muito bem.

Seguindo-a, o azulado encontrou uma mulher alta, com longos cabelos castanhos e o rosto borrado, não dava para ver, mas o rapaz sabia que se tratava de Eleonor.

Ela segurava duas canecas cheias de chocolate quente e apontava alguns biscoitos na bancada para que Louis os levasse para a sala.

Chocolate quente com biscoitos, exatamente como Marta, sua babá preferida, fazia.

Ela sempre fora gentil e amável com ele, diferente das outras que quase todas as vezes soavam frias e distantes. Infelizmente, esse "sempre" durara apenas 2 meses antes dos Tomlinson pais acabarem decidindo que a senhora mimava o filho e a demitirem.

Sentaram-se lado a lado no sofá, começando a degustar calmamente seus chocolates. O ambiente ficava mais aconchegante a cada gole, mas o frio ainda insistia em permanecer. Foi quando Louis reparou em uma coleira presa ao pescoço da jovem.

-Eleonor, o que eu disse a respeito de subir no sofá?? -Rick aparecera na sala com uma manta nas mãos e os cabelos perfeitamente arrumados.

E a mulher olhou para Louis, pedia algum tipo de permissão com os olhos, deixando o azulado confuso tanto quanto perturbado.

-Vamos, largue de ser pidona e desça daí.- o homem falava como se estivesse falando com um cachorro e abanava com a mão a expulsando.

Qualquer um ficaria revoltado com o tom, mas Eleonor se levantou com a cabeça baixa e um biquinho nos lábios e foi sentar-se num pufe no canto da sala.

O mais novo integrante na cena acomodou-se atrás do menor, o embalando com pernas e braços, se fazendo de encosto e jogando a manta por cima das pernas de ambos.

Roubou o livro das mãos de Tomlinson e se pôs a ler as palavras em voz alta, mesmo que para o de olhos azuis, que encarava a página cheia de borrões, sem uma palavra se quer, a história que estava sendo contada soava mais como completa invenção da cabeça do loiro. Mas tudo bem, pq ele não estava mais com frio.

Louis se acomodou mais ao homem sentindo-se começar a ficar sonolento, e como se percebesse, o homem parou de ler. O apertando mais em seu enormes braços e se instalando no pescoço gelado do menor.

O toque parecia queimar a pele do azulado, e a respiração pesada, que Rick fazia questão de deixar bater na região, era como vento quente em um dia quente.

Ignorando a reação do corpo alheio, beijos começaram a ser distribuídos pela área. A sensação era nova e esquisita, mas entre um beijo e outro, o clima do ambiente mudou.

A sala tinha sido tomada por um cheiro forte, amadeirado e delicioso que, se com atenção, lá no fundo sentia-se também um leve cheiro doce de morangos. Era um cheiro específico demais pra vir de alguém diferente de quem Louis se recusava admitir que tinha pensado. E como resposta imediata, o corpo inteiro de Tomlinson se arrepiou.

Seus olhos fecharam involuntariamente, o obrigando a sentir mais daquilo. Era tão bom, ele nunca tinha sentido nada parecido antes. Era quente na medida certa, rude o suficiente, suave o suficiente, ele simplesmente não conseguia conter os arrepios. Esses que seguiam direto para sua virilha. Ele podia sentir o sangue correndo para o membro enquanto fazia um esforço descomunal para se concentrar em qualquer outra coisa e impedir que o inevitável acontecesse.

-Que foi Lou? Tá tudo bem??- uma voz mecanizada sussurrava em seu ouvido enquanto um carinho era distribuído em seus braços e Louis sabia de quem se tratava.

-Hm.. - era difícil distinguir se essa resposta era apenas uma interjeição de pensamento ou se um gemido involuntário havia escapado dos lábios do azulado sem que ele se quer tivesse tempo de pensar a respeito.

Mas a ambiguidade na resposta não impediu que o homem começasse um leve carinho no abdômen do de olhos azuis, tornando tudo terrivelmente impossível. Era simplesmente muito bom, e diferente de tudo que ele estava acostumado. Melhor?

Louis apoiou sua cabeça no ombro do homem atrás de si aproveitando a sensação da mão do outro escorrendo até o meio de suas pernas. E nunca tinha sido tão difícil permanecer mole.

Foi quando a mão livre do homem atrás de si pegou uma das mãos de Louis e a guiou até o meio de suas próprias pernas, mostrando orgulhosa o estado que seu dono estava.

E ele estava duro, muito duro. Tomlinson nunca havia tocado no penis de outro homem em sua vida, e a sensação era aterrorizante, principalmente pq outro gemido escapara de seus lábios no mesmo segundo. E ele não conseguiu mais evitar, seu corpo estava no mesmo estado que o outro.

Ele apertou a extensão do homem sentindo-a latejar em suas mãos e como resposta um arrepio delicioso correu seu corpo inteiro. De algum modo, ele percebeu que seus corpos estavam ligados. Sendo assim, começou a masturbar lentamente o membro atrás de si sentindo a massagem em cada pedaço de si. Até sua alma parecia se deleitar com a sensação.

Aumentava o ritmo gradualmente conforme escutava os gemidos mecanizados em seu ouvido. Era como estar no paraíso, era como música. Era como a música do paraíso.

2 levou uma de suas mãos até o peitoral do mais velho, o explorando. O toque queimava mas era delicioso, Louis queria senti-lo em cada sentimento de sua pele. E como se não pudesse ficar melhor, uma massagem foi iniciada em seu mamilo esquerdo e ele teve certeza que ali era o paraíso.

Ele se esfregava no lençol, aproveitando-se das sensações incríveis que a fricção gostosa levava a seu corpo. Os gemidos ficando cada vez mais altos e desesperados até que seu ápice foi atingido num gritinho agudo demais para um homem se orgulhar e ele percebeu o tipo de sonho que estava tendo.

Se levantou agoniado e perdido. Estava sujo e se sentia sujo. Que tipo de sonho tinha sido aquele??

Foi direto para o banho sem nem se quer olhar as horas. Ele tinha gozado sonhando com outro homem??

Ele esfregava o corpo desesperado, como se se esfregasse o suficiente conseguiria limpar os próprios pensamentos. Pq nunca tinha sentido nada tão bom na vida??

Parou de se esfregar é só deixou que a água fria o torturasse, se é que ele estava consciente o bastante para sentir o frio. "Será que ele era...??"

Desligou a água e ficou apenas olhando para a parede atônito tentando entender tudo aquilo. Eleonor estava usando uma coleira??

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Oi gente, ent.. eu tinha mais coisa planejada pra esse cap mas eu vou parar por aqui.
(Ainda tô tentando decidir se eu detestei ele ou se estou obcecada kk)

Obrigada pelo tempo de vcs, espero q estejam gostando.
Não se esqueçam de comentar e marcar (me deixem saber o q estão achando

É isso, até a próxima 😽

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O amor é cego? || l.sOnde histórias criam vida. Descubra agora