Capítulo 11

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-Estás a brincar, certo? – questionou Hermione com ar incrédulo. Na verdade, era uma expressão bem recorrente e muito conhecida por Harry. Esta aparecia maioritariamente quando ele dava alguma ideia.

-Não. -ele negou. Ele sabia o quanto a outra odiaria a ideia e mesmo assim foi falar com ela assim que acordou e a viu. Não é como se ele gostasse de ouvir o quanto era estúpido, porém queria que a amiga soubesse o que ele estava prestes e os motivos para tal estupidez.

-O que é que tens na cabeça para pensar que seria uma boa ideia levar o futuro rei que tens como refém ao castelo? Para não falar que a realeza desse castelo ante a ter a bondade de nos ajudar. – continua ainda indignada.

O problema era que daquela vez o moreno concordava com tudo dito pela amiga. Ele própria conhecia os riscos dessa ação, porém pelos mesmo motivos que era a pior ideia alguma vez pensada por ele, também eram esses os motivos pelo qual ele ponderara e concordara com Draco.

Fleur, como a pessoa bondosa que demonstrava ser, merecia saber que alguém importante para ela faleceu. Ela não merecia viver na ignorância de pensar que essa pessoa, quem ela fosse, estava bem e viva quando na verdade não o estava. Ainda mais, não merecia receber essa notícia de alguém que além de não conhecer o morto não era uma pessoa de sua confiança e amizade. A princesa não merecia receber tal trágica informação a partir de um pirata que aparecia de meses em meses com motivos nada além do que interesseiros.

Contudo, ao mesmo tempo, poderia dar muito errado. Até que ele exigisse a Draco que não contasse que era refém deles, ela sempre poderia perceber pois é óbvio que a vinds de um nobre na presença de piratas é algo motivo de estranheza. Além disso, ele sempre poderia contar-lhes e antes que qualquer um percebesse teriam a guarda real à sua volta prontos para os prender.

E isto tudo era para não comentar a grandissima possibilidade de tudo não passar de uma mentira inventada pelo loiro para conseguir entrar na corte.

-Eu sei que parece uma ideia horrível... -Harry começou.

-E é.

-E é. – o capitão concordou. -Mas e se a morte é verdadeira? Ela merece saber disso. E pela boca de alguém que conhecesse o ou a morta. Alguém que possa lhe possa dar as devidas informações. Alguém que a possa confortar.

-Harry, eu sei de tudo isso, mas mesmo assim é muito arriscado. -a navegadora falou mais calma.

-Então fazemos assim, eu vou sozinho com ele, se algo correr mal vocês saberão por eu não voltar e saem de Beauxbatons o quanto antes. Se correr bem eu venho ter com vocês e vamos buscar a mercadoria pela qual viemos.

-Harry, nós não vamos partir sem ti. Além de que mesmo assim pode correr mal, nós podemos ainda estar à espera do teu retorno e os guardas aparecerem.

-Mal vocês percebam algo errado, saiam. O resto é um risco que tenho que correr.

-Isto vale mesmo esse risco?

-Eu devo isso à Fleur.

-Nada vai impedir-te, pois não?

-Não.

-Tu e as tuas ideias e coragem idiotas.

-Vá lá, Mione, vai tudo correr bem. -o moreno tranquilizou-a enquanto punha um braço em torno dos ombros, abraçando-a de lado.

-Assim espero, porque eu odiaria ter de contar aos teus padrinhos que estás preso algures em Beauxbatons.

-Isso seira horrível. Só de imaginar tenho pena de ti. Meu Deus, o quanto tu ouvirias de Sirius.

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