Capítulo 40

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Estávamos aterrizando em solo Irlandês, o clima estava frio e cinzento, os aeroportos iriam fechar durante toda a tarde, pois haveria mudanças drásticas de clima naquela região.

Precisávamos chegar em Dublim o mais rápido possível, e eu precisava trocar de roupa, já que nossas malas haviam ido direto para o hotel. Estávamos esperando o carro alugado chegar, em frente ao aeroporto e assim que chegou.

Addison assumiu o volante e eu sentei no banco do passageiro ao seu lado.  
Durante a viagem apenas trocamos palavras necessárias, ou seja, quase não mantivemos contato, apenas ficamos quietas uma ao lado da outra durante o voo e isso se repetia no carro. 

—Você pode dar uma olhada no mapa que está no porta malas? —disse ela, sem desviar o olhar atento da estrada molhada, pois a chuva começava a cair. 

—Está dizendo que você precisa pegar a Whitehall —disse tentando decifrar o mapa

—Você tem certeza? 

—Eu não sou cartógrafo. —respondi seca—aqui está dizendo rodovia Whitehall. 

—Quanto mal humor. 

—Eu estou cansada. Eu apenas quero chegar logo em Dublin. 

Ela apenas sorriu, e se calou.

A chuva estava torrencial, perdi as contas de quantas vezes me assustei com trovoes e relâmpagos, e se eu tinha um ponto fraco, meu ponto fraco era esse. Eu odiava o som do trovão, e me tremia todas as vezes que eles caiam.

Tentei me manter forte durante toda a viagem, para que Addison, não percebesse esse meu medo infantil. 

O visor do carro se ascendeu um nome alertou "Eliza Minnick" a jornalista estava ligando para ela, e como ela tinha conectado seu celular com o visor do carro, foi inevitável esconder essa ligação. Mas ela recusou, e novamente ela ligou, e novamente Addison recusou.

—Se está sem jeito para atender por que eu estou aqui. Você pode parar em um posto mais próximo , eu desço, e deixo você a vontade para atendê-la —falei. 

—Não é por sua causa. —falou sem muitas emoções na fala. 

—Problemas no paraíso?— perguntei dando um sorriso irônico ao final de minha frase.

—Não. Eliza sabe muito bem o que faz. 

Sorri irônica, e preferi não entrar no mérito do assunto. Pois a intimidade de ambas não era problema meu.

—E Derek?—continuou— Está fazendo bem o papel de bom moço?

—Não vou conversar com você sobre isso, em um carro, no meio de uma tempestade. 

—Ah, qual é? Me fala. Eu sei exatamente o que ele gosta. Posso te dar algumas dicas. 

Sua fala era provocativa, e eu sei que ela queria me atingir de todas as formas possíveis. E eu não a culpava por isso. 

—Claro. Por que não marcamos de sair nós quatro? Fazemos um programa de casal, e conversamos sobre nossa intimidade. Você me diz o que o Derek gosta, e eu ensino a Eliza como foder do jeito que você gosta—falei alterando a voz. 

—Não seria uma má ideia. Já que você gosta de ser o centro das atenções ultimamente. 

—O que? — perguntei alterada ajeitando minha postura no banco— a única narcisista, e fútil aqui é você, senhorita Montgomery.

—Eu sou fútil? —perguntou sorrindo— Me poupe, Meredith. Você nem sabe se gosta de foder com homem ou mulher.

Em meio a falas alteradas, uma discussão estava surgindo. 

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