Raise A Little Hell

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- Bucky?

Seu corpo todo dói. Cada centímetro dele.

- Bucky, acorda!

Ele consegue ouvir a comoção ao redor. Há gritos, passos e tiros... muitos tiros.

- Vamos, Bucky, acorda!

Ele consegue sentir o cheiro de queimado. Está difícil respirar.

- Vamos, Bucky, vamos!

Ele sente movimentos. Ele sabe que está imóvel e ninguém está tocando nele. Ele sente movimentos de novo.

- Bucky!

Então ele entende. Os movimentos vêm de dentro. Seu bebê. Seu filho!

Os olhos de Bucky se abrem. Há fumaça e poeira para todos os lados. Ele olha ao redor, tentando identificar os arredores. Ele está deitado de costas no chão, cercado por escombros. Sua primeira reação é levar a mão à barriga. Ele precisa ter certeza de que seu filho está bem. Sua mão não capta o movimento, mas ele consegue sentir. O bebê está bem.

- Bucky! – a voz distante de Sharon dá uma descarga elétrica no corpo de Bucky.

Ele se força a uma posição sentada e olha novamente ao redor, dessa vez em busca de Sharon.

- Sharon?

- Aqui! – a vez vem da sua direita.

Os tiros se intensificam. Eles vêm de todos os ângulos. Bucky ergue o corpo a uma altura segura. Ele vê Sharon há uns três metros de distância. Ela está presa embaixo de um pedaço de parede que desabou com a explosão. Bucky se arrasta até ela.

- Sharon! Você está bem? Está ferida? – ele pergunta, enquanto checa a situação.

- Eu tô presa. Minha perna. Tem alguma coisa na minha perna.

- Não se mexa. – ele diz, enquanto tenta uma visão por debaixo da placa de concreto. – Tem um pedaço de vergalhão atravessando a sua coxa. Você consegue mexer a perna? Está sentindo o pé e os dedos?

- Sim, eu consigo mexer e consigo sentir. Está doendo pra cacete.

- Certo, quando eu levantar a parede, você se arrasta pra longe. Pronta?

- Pronta.

Bucky encaixa o ombro embaixo da parede e usa sua força para erguer a placa. Assim que se vê livre do peso, Sharon arrasta o corpo pra trás. Por sorte, o pedaço de vergalhão preso em sua perna não estava conectado à parede. Sharon desaba pela dor agonizante.

- Merda!

- Me dá o seu cinto. – ele diz. Sharon retira o acessório e entrega a ele. Rapidamente, Bucky faz um torniquete na perda da mulher. – Mantenha isso no lugar. Você não está sangrando muito, por sorte, acho que o vergalhão estancou a artéria. Mas nós temos que te tirar daqui o mais rápido possível.

- Você está bem? O bebê está bem?

- Nós estamos bem, não se preocupe. – Bucky está em modo combate no momento.

- O que diabos aconteceu?

- O cara da recepção devia estar vestindo um colete bomba. E eu vi uma movimentação do lado de fora momentos antes da explosão. Isso é um ataque orquestrado.

- Hydra?

- Só pode. – ele diz, e então olha pra trás, em direção a porta.

Sharon não entende de início, mas algo chama a atenção de Bucky. Ele olha de volta para a mulher e leva um dedo aos lábios, pedindo silêncio. Furtivamente, Bucky segue até a porta, sem fazer nenhum barulho. Sharon observa ele se esconder atrás do que sobrou dos escombros da parede. De repente, uma sombra no chão surge e Sharon entende. Portando uma pistola, o homem aparece no campo de visão da agente. Mas o homem não tem tempo de agir.

'Till The End Of The LineOnde histórias criam vida. Descubra agora