É o quarto sinal que Steve fura. Ele pode lidar com as multas depois. No momento, sua única preocupação é chegar em casa o mais rápido possível. Olhando para o GPS novamente, ele vê que seu destino ainda está há 52 minutos de distância. É muito tempo. Muito longe. Ele precisa chegar em casa. Ele precisa estar com Bucky. Ele precisa ver seu filho nascer.
Algo estala dentro da cabeça de Steve e ele saca o celular. O número já está na discagem rápida.
- Alô! – a voz de Tessa surge do outro lado da linha.
- Tessa, é o Steve! O Bucky está em trabalho de parto.
- Eu sei, ele já me ligou. Eu estou indo pra lá. – a voz da médica é calma, como sempre.
- Eu ainda estou há 50 minutos de distância. Você acha que dá tempo? Eu posso perder o nascimento?
- Você está dirigindo, Steve?
- Sim, estou tentando chegar o mais rápido possível.
- Certo, eu preciso que você encoste o carro pra mim, por favor.
- O que?
- Para o carro em algum lugar, por favor.
- Tessa, eu não...
- É só um minuto, eu prometo. – ela pede.
Muito a contragosto, Steve encontra um espaço vazio em um acostamento e estaciona o carro.
- Pronto. – ele diz, ansioso.
- Agora eu preciso que você respire fundo pra mim. Inspira com força... – ela pede, e Steve pode ouvir que a mulher está respirando fundo. Ele a imita. – E expira devagar. Mais uma vez, inspira. E expira. Você ainda está comigo? – ela pergunta.
- Estou sim.
- Muito bem, agora eu preciso que você me ouça. O Bucky está bem, o bebê está bem. Nesse momento, a Norah já está com ele no apartamento. Ela está me mandando relatórios a cada 15 minutos. Ele ainda está no primeiro estágio do trabalho de parto. As contrações estão com ritmo, mas estão espaçadas. Nós temos tempo.
- Okay. Okay. – Steve repete, respirando fundo novamente.
- Eu preciso que você dirija com calma e com cuidado. Não há necessidade de pressa, especialmente quando isso pode te colocar em risco. Todos nós precisamos que você esteja lá, quando seu filho nascer.
- Tá bom, pode deixar.
- Hoje será um dia maravilhoso! – ela diz, e ele sorri.
- É, será mesmo.
- Agora vá pra casa. Com cuidado. A gente se vê lá.
- Tá bom. – ele diz, encerrando a ligação.
Mais uma respirada funda e Steve está de volta na estrada.
Depois dos 52 minutos mais longos de sua vida, Steve, finalmente, chega ao Complexo. Se a ansiedade no trânsito era grande, a absurdamente longa viagem de elevador está deixando seus nervos à flor da pele. Ele caminha de um lado ao outro com a intensidade de um animal enjaulado. Assim que a porta se abre, ele dispara em direção ao apartamento. Para sua surpresa, ele encontra Sam, Sharon e Bruce do lado de fora.
- O que vocês... O Bucky está bem? – ele pergunta, alarmado.
- Sim, ele está bem. Não se preocupe. – diz Sam.
- A Norah está com ele. Nós só estamos dando um pouco de privacidade pra eles. – diz Sharon.
- Eu vou aproveitar e checar pra ver se está tudo certo na ala médica. – diz Bruce. Ele para ao lado do amigo e lhe dá um tapinha no ombro. – Parabéns, Steve.
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'Till The End Of The Line
Ficción GeneralSteve achou que viver sem Bucky por décadas tinha sido a coisa mais difícil que ele já fez na vida, até que uma missão em uma antiga instalação da Hydra revela um segredo chocante sobre o programa do Soldado Invernal. Agora Steve e Bucky precisam li...