'Till The End Of The Line

Journey To The Past

- 24 semanas. Você acredita nisso? – pergunta Steve.

O casal está dentro do elevador, seguindo para o andar médico, onde terão mais uma consulta pré-natal com Tessa. Depois de três dias difíceis, tentando lidar com a descoberta da morte de uma das crianças, Bucky, finalmente, começa a se sentir melhor. Seu apetite voltou, ele tem conseguido dormir melhor, e, cada vez que ele sente as vibrações dentro da barriga, um sorriso surge em seus lábios.

Steve ainda não conseguiu sentir o bebê mexer de verdade, e por mais que ele se sinta um pouco de fora, seu coração se enche de calor cada vez que ele vê Bucky sorrindo, pois isso significa que o filho deles continua crescendo, seguro e saudável, dentro do ventre do pai.

Bucky, que está encostado na parede do elevador, com uma das mãos do topo da barriga, bufa de leve.

- Acredito sim. Todos os quilos a mais não me deixam esquecer.

- Ah, qual é, Bucky? Você continua lindo. Eu arrisco dizer que você nunca esteve tão bonito.

- É bom que você ache isso mesmo, porque é o seu filho que tá fazendo isso com o meu corpo.

- Meu filho, né?

- Sim, cada vez que ele me irrita, ele é só seu filho.

- Como que um bebê que ainda nem nasceu tá de irritando? – pergunta Steve, rindo.

- Ele tá dando cambalhotas, acertando o meu estômago e me deixando enjoado.

- Eu achei que você gostasse de sentir ele se mexendo.

- Eu gosto quando ele se mexe normalmente. Quando ele resolve virar um acrobata e acertar cada um dos meus órgãos, eu não me sinto tão feliz.

- Deve ser o movimento do elevador.

- Não, foi o suco de laranja. De uns dias pra cá, sempre que eu tomo suco de laranja, ele faz isso. Eu não sei se é a acidez da laranja ou o açúcar, eu só sei que ele enlouquece e quase me faz me arrepender de ter tomado o suco.

- Ele está mexendo agora?

- Está, como um maldito ginasta. – diz Bucky, encostando a cabeça na parede. Steve se aproxima e pousa a mão sobre a barriga do amado.

- Eu queria poder sentir ele se mexendo. – ele diz.

- Você vai ser sentir. A Tessa disse que pode ser a qualquer momento agora.

- Eu mal posso esperar. – ele diz, plantando um beijo na têmpora de Bucky.

A porta do elevador se abre e eles seguem para o consultório de Tessa. Como sempre, a obstetra os recebe com um enorme sorriso no rosto.

- Oi, meus queridos! Como você está, Steve? – ela o saúda com um abraço.

- Estou bem, Tessa, obrigado. E você? – diz Steve.

- Eu estou ótima, obrigado por perguntar. E você, James, está se sentindo melhor?

- É, acho que estou mais conformado. Mas eu vou ficar bem. – ele diz, sorrindo.

- É claro que você vai. Nós vamos nos certificar disso, não é, Steve?

- Com certeza.

- Então vamos nos sentar. – ela diz, indicando as cadeiras. – Me contem, como está o nosso garotão?

- Ah, o Bucky está meio irritado com ele no momento. – diz Steve, fazendo Tessa rir.