Say No To This

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Bucky culpa a concussão. Se não fosse pela dor latejante em sua cabeça e a dificuldade de manter os olhos abertos por muito tempo, sem vomitar, ele já teria avançado sobre o homem parado à sua frente. Ele teria prendido o homem em um mata leão, pego a pistola que ele guarda na cintura e o usado como escudo humano, em busca da saída desse lugar.

Ao invés disso, Bucky está sendo subjugado por dois homens com 2/3 do seu tamanho, que prendem suas mãos juntas em uma corrente grossa, acima de sua cabeça, deixando-o em uma posição extremamente vulnerável.

- Espero que você entenda as medidas de segurança. Nada pessoal.

- Parece bem pessoal pra mim.

- Você ficou muito tempo longe de casa, Soldado. Isso nos leva a crer que você possa ter guardado um pouco de rancor.

- Essa não é a minha casa. E rancor não chega nem perto do que eu sinto por vocês.

- Não se preocupe, nós vamos mudar isso muito em breve. Mas antes, nós precisamos conversar um pouco.

- Eu não tenho nada pra conversar com você.

- Eu entendo a sua postura, mas eu sou obrigado a insistir. Você tem algo que nos pertence, e nós realmente queremos de volta.

- Grande erro, Garrett. Se você tentar se aproximar da minha filha, eu te amo.

- Sua filha? Nós não temos nenhum interesse naquela mulher. – ele diz, deixando Bucky confuso. – Nós queremos o bebê.

Beth confere a hora no relógio. São 6:40h da manhã. Foi uma noite difícil. Thomas chorou por horas sem parar. Steve deduziu que o filho estava sentindo que havia alguma coisa errada e sentindo falta de Bucky. O coração de Beth se partiu tanto por ver o irmão inconsolável, como também ver a tristeza, culpa e medo estampados no rosto exausto de Steve. Por fim Thomas acabou pegando no sono de cansaço.

Sentindo o cheiro de café, Beth se levanta da cama (que Steve insistiu que ela ficasse, enquanto ele dormiria no sofá), segue até o banheiro, para seus rituais matinais, e depois segue para a sala, onde encontra Steve terminando uma caneca de café, enquanto fala ao celular.

- Eu já recebi, vou dar uma olhada. Tudo bem. Certo, obrigado. Tchau. – ele diz, encerrando a ligação e voltando sua atenção para Beth. – Bom dia.

- Bom dia.

- Conseguiu dormir?

- Sim, eu dormi um pouco. E você?

- Eu também consegui umas duas horas de sono.

- Você deveria ter ficado na sua cama, Steve. Eu poderia me acomodar muito bem no sofá.

- Não se preocupe com isso. Além do mais, eu estou acostumado a dormir nas condições mais variadas. O sofá é como um hotel cinco estrelas pra mim.

- Se você diz. – ela sorri.

- Como você prefere o seu café?

- Puro, por favor.

- Sem açúcar? – ele pergunta, surpreso.

- Eu não gosto muito de doce. – ela diz, aceitando a caneca de café que Steve oferece.

- Jesus, você é igual ao seu pai. – ele diz, sorrindo.

- Sério?

- Sim. Ele também não gosta de doce. Ele só colocou açúcar nas bebidas durante a gravidez do Thomas. Fora isso, é sempre tudo amargo.

- Você pode me contar mais sobre ele?

- O que você quer saber?

- Tudo o que você puder me contar. Como ele era quando era mais novo? Do que ele gosta? Ele tem alguma mania?

'Till The End Of The LineOnde histórias criam vida. Descubra agora