Início de uma amizade.

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Gulf

Mew estava chorando nos meus braços e a única coisa que eu consigo pensar é como eu pode fazer isso com ele. Eu sempre culpei o pai dele por não ter feito o trabalho dele direito e por isso meus pais foram presos, mas a verdade é que o pai dele foi ótimo sempre me ajudou em tudo e conseguiu com que eu não tivesse que me mudar para Londres para morar com a minha vó, o sr. Jongcheveevat fez de tudo para que a minha vida continuasse normal, sempre foi comigo em todas as visitas ao presídio e mesmo eu o culpando ele sempre esteve ao meu lado me dando apoio. Eu precisava achar um culpado pela situação em que eu estava sendo que os únicos culpados estão presos e eu não podia descontar neles e nem no sr. Jongcheveevat então a pessoa mais próxima que sabia e mais frágil era o Mew. Não me orgulho das coisas que eu fiz, mas agora eu vou consertar tudo isso. Vendo Mew tão frágil na minha frente fez despertar alguma coisa em mim que eu não sei descrever talvez fosse culpa, mas era diferente das outras vezes em que eu me sentia culpado então não sei dizer o que é, só sei que apartir de hoje eu prometo não magoar ele.

Nós estamos sentados em minha cama abraçados, ele estava com o rosto em meu pescoço e eu com o queixo apoiado em seus ombros. Mew já tinha parado de chorar, mas eu continuava fazendo carinho em seus costas. Ficamos assim por um bom tempo.

- Você não quer deitar um pouco? - digo ainda na mesma posição.
- Não precisa. - ele diz saindo dos meus braços. - Eu vou ao banheiro lavar meu rosto. -  ele fala indo em direção ao cômodo. Depois de uns minutos ele volta com o rosto limpo sem as marcas de lágrimas secas.
- Você está bem? - ele dá um sorriso fraco.
- Estou... v-você lembra da promessa né? - ele me olha com um cara de cachorro abandonado.
- Claro! - falo com a voz firme para dar segurança pra ele. Mew apenas me olha e dá um sorriso sem dentes.

Mew se sentou na beirada da cama e eu voltei a me deitar,  ficamos em silêncio até o Mark e a Denise chegarem para começarmos o trabalho.

Já estávamos há um bom tempo fazendo o trabalho e o Mew estava estranho, toda vez que eu o olhava ele estava olhando para o Mark e quando eles conversávam o Mew ficava nervoso e dava uns sorrisos estranhos pra ele. Mark também não estava diferente, toda vez que eles trocavam olhares ele desviava e olhava pra mim, eu não sabia o que estava acontecendo mas não estava gostando. Denise era a única que parecia normal até agora.

- Alguém tá com fome? - pergunto tentando amenizar o clima que está estranhamente estranho.
- Eu tô! - Mark responde no mesmo instante.
- Eu também! - Mew e Denise falam juntos.
- Então eu vou até a cozinha pegar alguns salgadinhos e refrigerante pra gente.
- Eu vou com você! - diz Denise se levantando. Eu apenas concordo com a cabeça.

Nós estávamos a caminho da cozinha em silêncio quando Denise decidi abrir a boca pra falar algo.

- Que saco que o professor colocou o Mew no nosso grupo, ele é tão estranho e irritante, até a voz dele é irritante. - ela diz
- Não fale assim do Mew! - digo um pouco irritado.
- Ué mas não é você que sempre diz isso?! Vivi falando que ele é um esquisito fracassado.
- Eu falava isso pq era um babaca igual a você, mas agora Mew é meu amigo e eu não aceito que você fale assim dele. - falo um pouco mais grosso e ela dá uma risada.
- Você pode até ser "amigo" dele - ela faz em sinal de aspas com as mãos. - mas isso não tira o fato dele ser estranho e insuportável.
- Lave a sua boca pra falar dele sua vadia! Pensa que eu não sei que você trai seu namorado com metade da escola? - ela me olha assustada. - Você está oficialmente expulsa da minha casa e outra, você é suas amigas e seu namoradinho estão desconvidados da minha festa, agora pode pegar suas coisas e vazar da minha casa. - ela saiu bufando em direção ao quarto, assim que ela saiu Mew e o Mark saíram juntos. Vejo ela ir embora. Olho para o Mew e seu rosto e camisa estavam molhados. - O que aconteceu com você?
- Denise entrou no quarto com muita raiva e pegou um copo que estava com água e jogou na cara dele. - diz Mark.
- Eu não fiz nada pra ela. - Mew fala. - Eu pensei que ela gostasse de mim. - ele fala um pouco triste. Minha primeira reação é ir abraçar ele.
- Isso não vai ficar assim Mew, essa doida vai ver só. Vem vamos pegar outra camisa pra você. - falo e eu, Mark e Mew vamos para o meu quarto, pego outra camisa pra ele e ele vai até o banheiro se trocar e eu e o Mark vamos até a cozinha pegar uns lanches pra gente.
- Você é mesmo um gênio Kanawut. - Mark fala assim que chegamos na cozinha,  que ficava no andar de baixo. - Tipo até ontem vocês eram inimigos e agora você protege ele e ainda dar abraços, e o pior é que ele retribui. Que tipo de magia você fez pra fica tão próximo dele em tão pouco tempo? - ele fala rindo.
- Pensei que era contra. - falo ignorando suas provocações.
- Eu era, até ver como você olha pra ele. Essa aposta vai ser boa pra você entender seus sentimentos por ele. - eu olha pra ele sem entender. - Vai me dizer que você mesmo não notou que sempre está observando ele como um louco.
- Que sentimentos? Você tá louco? Eu só me aproximei dele por causa da aposta e nada mais.
- Então você me diz que não sente nada por ele?
- Não, eu não sinto nada! Agora Cala boca que ele pode ouvir.
- Ok! Ok! - ele fala rindo.
- Para de rir! Tá me irritando.
- Você está muito irritadinho hein.
- Cala boca!

Segunda chance - GulfMewOnde histórias criam vida. Descubra agora