Capítulo 3

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   ᴊᴏʜɴɴʏ

    -Aquele cara é um idiota.- Paul diz enquanto bebe sua cerveja.

   -Pior que ele só o Dave- James comenta- o cara pegava várias garotas e depois ficava se gabando, hétero top do caralho.

    Ouço Paul se tremer de rir em sua cadeira.

    -Hétero top? Nunca! Ele não me parecia hétero top enquanto me chupava.

    James cospe sua bebida, incrédulo.

    -Nem fudendo!- ele está desacreditado- O Dave? Porra.

    Me viro para Paul.

    -Cara como você conseguiu transar com aquele cara?- perguntou- Você transava de olhos fechados ou algo assim?

    -O Dave podia ser um tremendo de um babaca, mas era gostoso para caralho.

    Nós rimos. Jacob de repente para de rir e me abre um sorrisinho sarcástico. Encaro-o.

    -O que?- pergunto.

    O sorriso do idiota se alarga ainda mais. Entro no seu joguinho e começo a sorrir com ele.

    -O que, porra?- pergunto ainda com um sorriso largo no rosto.

    Jacob aponta sua cabeça para a porta e eu olho para a porta.

    A garota de cabelos enrolados na cor rosa, Kira, está parada na porta cochichando com um grupo de 3 garotas. Ela está me olhando fixamente, e não é só ela, suas amigas não param de me encarar e rir. Dou um sorrisinho para Kira e elas dão um pulinho comemorando pela amiga.

    Kira se despede das garotas, que ainda encistem em me encarar, e vem andando em minha direção.

    -Oi- ela cumprimenta se sentando ao meu lado- Pensei em vir aqui para gente...prosear.

    Dou um sorrisinho de lado.

    -Prosear?- pergunto- Não sabia que você é uma intelectual.

    Kira sorri e inclina a cabeça para frente, seus cachos caem em cima de seus olhos e dão um charme a ela. A garota se acomoda na cadeira chegando mais perto de mim.

    -Ah não, eu não sou. Só achei que seria uma palavra muito refinada para te convidar para meu dormitório.- Ela diz mordendo o lábio inferior.

    Abro um sorriso e levanto.

     -Tchau, galera. Até amanhã- digo e os garotos comemoram.

    Kira abre um sorriso conquistado e vamos em direção a Harvard.


    Nem chegamos na porta de seu dormitório e Kira já me puxa, colando nossas bocas. Prendo a contra a parede e ela geme em protesto.

    -Aqui, não.

    Corremos até seu dormitório e ela não consegue achar a chave em sua bolsa, seguro em sua cintura, trazendo a mais perto de mim, colo nossos lábios e tiro a bolsa de seu ombro e procuro pela maldita chave. Quando acho a, apenas locomovo Kira um pouco para o lado e abro a porta num estrondo. Entramos e fecho a porta, agarro as cochas da garota, porém solto na mesma hora quando escuto um barulho. Nos separamos e eu ligo a luz imediatamente.

    Uma garota assustada está em frente de uma das camas e respirando pesadamente. Seus cabelos castanhos caem pelos ombros como em uma cachoeira, seus olhos verdes escuros estão arregalados e sua boca, que parece ter sido esculpida por Deus, está entreaberta.

    Kira corre para se desculpar. Me sinto um pouco idiota e constrangido, mas só consigo sorrir pela situação idiota. A linda garota me olha incrédula com os braços cruzados como se perguntasse ''Qual o seu problema?''. Levanto as duas mãos numa falsa rendição e mando um beijo no ar para Kira.

    Rio como um idiota e penso em voltar para o bar, recebo uma mensagem e pego o celular para conferir.

Jacob: Cara, deu uma briga do caralho aqui no bar, se estiver pensando em voltar, não volte. Espero que tenha dado tudo certo com o seu date ;)

    Já é meio normal essas brigas de bar, então não me preocupo muito. Enfio o celular no bolso e vou em direção ao dormitório.

    Assim que tranco a porta do quarto, vejo 1 ligação perdida do meu pai. Retorno sua chamada imediatamente.

    -John, meu filho?- ele pergunta

    -Pai, oi- cumprimento- aconteceu alguma coisa?

    Meu pai me liga toda semana para conversar comigo. Sobre tudo e nada. Ele me pergunta sobre o tempo, normalmente. Minha relação com o meu pai é ok. Não somos próximos, mas também não somos completamente estranhos um para o outro. Minha mãe que é uma incógnita para mim.

    -Não, filho. Só não estava conseguindo dormir e pensei em ligar para você. -Ambos não sabemos o que dizer um para o outro. -Como está o tempo em Cambridge?

    Deito na cama com um braço embaixo da cabeça e o outro em cima do olho.

    Segundo ano em Harvard. Meu deus, que caralhos está acontecendo? Dois anos atrás eu era um estranho sem futuro, hoje em dia sou um conhecido sem futuro. Porra nenhuma mudou.

    Eu não era uma pessoa de grandes ambições para o futuro. Meu pai é um milionário, para que eu precisaria de mais dinheiro?

    Eu queria viajar pelo mundo e conhecer pessoas, sensações, lugares e tudo o que eu tivesse direito. Não queria parar em Harvard e encarar pessoas soberbas e arrogantes, mas esse era o sonho do meu pai, entrar em Harvard.

    Ele idealizava para o meu futuro, o que ele nunca teve. Ele me criou para ser a sua versão mais aprimorada. Ser o melhor aluno, o mais inteligente, o garoto aprovado em Harvard, mas ele nunca se importou em pensar no que eu queria.

    Se ele não quisesse me bancar, me dá um centavo da sua conta bancária é ok, o dinheiro é todo dele, mas idealizar um futuro para mim completamente contra a minha vontade? Isso já é demais. Mas, no final das contas, eu não fiz o que eu queria, fiz o que meu pai queria.

    Eu me sentia meio obrigado a fazer isso. Meu pai sempre esteve ali por mim, por que eu não poderia fazer uma coisinha para ele?

    -Porra, aquilo foi demais, e quando o cara pulou em cima da mesa e tirou as calças?- Saio do meu devaneio quando Jacob e James entram no quarto rindo para caralho.

    Levanto da cama e eles me veem.

    -Cara, a briga do bar foi insana, uma pena você não ter ficado lá.





Oi genteeeeeeeeee. Cara, esse foi o primeiro capítulo na visão do Johnny, e a primeira vez que eu escrevi num ponto de vista masculino.

Eu peço MUITO a ajuda de vocês, por favor, me digam qualquer coisa que vocês acharam irrelevante ou algo que eu poderia acrescentar nesse capítulo. Se vocês gostaram ou se vocês não gostaram. QUALQUER COISA. Eu só queria uma crítica de alguém que não seja eu.

Esse capítulo foi bem curtinho, pois é apenas para introduzir o Johnny a fic.

Não se esqueça de curtir e comentar, isso me ajuda muito.

BEIJO.

My first loveOnde histórias criam vida. Descubra agora