Capítulo 13

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ᴄᴏɴᴄʜɪɴʜᴀ ᴘᴇʟᴀ ᴍᴀɴʜᴀ̃

Sinto dois grossos pares de braço me rodeando pela cintura, uma respiração lenta e profunda na minha nuca e uma ereção contra a minha bunda.

Lembro da noite de ontem, Johnny e eu assistindo Gilmore Girls e de repente sinto tanto sono que nem me preocupo em enxotar Johnny do meu quarto, apenas durmo.

Resmungo para mim mesma, o que eu posso fazer para sair do abraço desse cara sem deixar a situação desconfortável para nós dois? Pois é, nada. Se, com sucesso, eu conseguir sair dos braços de Johnny, ele não ficaria desconfortável, mas eu com certeza ficaria.

Respiro fundo e seguro, com delicadeza, o braço que está posicionado em cima do meu quadril, levanto-o e suspiro aliviada por ainda senti-lo dormir. Saio lentamente de cima de seu outro braço e levanto rapidamente da cama. Um grande erro.

Johnny acorda, assustado, olhando para os lados, quando me vê, fica ainda mais assustado.

—Deus do céu, garota, eu tenho um sono leve para porra- ele resmunga baixinho- Da próxima vez não faça isso.

Cruzo os braços na altura da barriga de forma protetora e rio.

—"Próxima vez" não vai ter próxima vez!- digo

Johnny pragueja baixinho e se encosta na cabeceira.

—Relaxa, Derya, tá tudo certo. A sua virgindade ainda está intacta- ele brinca e eu imediatamente fico vermelha, o garoto percebe e cora junto- Eu não quis dizer...hum...é eu...

Balanço a cabeça e abro a porta do quarto.

—Tá tudo certo, John- digo mais para mim mesma do que para o garoto- Eu tenho que ir para a casa da minha mãe, então se você me der licença, eu agradeceria muitíssimo.

Johnny levanta da cama e me presta continência, reviro os olhos e ele finalmente sai, batendo a porta atrás de si.

    Com a bandeja de comida em mãos, vou até a mesa onde Amelia está sentada. A garota está usando um cropped branco com desenhos indecifráveis, e uma calça de cintura baixa.

    Amelia parece estar acabada. Sua cabeça está pendendo em suas mãos, e seus olhos estão fechados.

    —A noite de ontem não foi tão boa assim, hein?- pergunto me sentando em sua frente.

    Amelia ergue a cabeça e me lança um olhar mortífero.

    —Pois é- responde seca.

    Balanço a cabeça, parecendo decepcionada. Levo um bacon e boca e mastigo olhando para ela.

    —Eu avisei, disse para não tomar tanta vodca, mas você me escutou?- pergunto, a garota abre a boca para responder, mas sou mais rápida- Não, você não me ouviu, agora você vai ter que encarar as consequências.

    Amelia choraminga.

    —Eu sei, amiga, eu sei- ela concorda desesperada- A partir de agora eu sempre vou te ouvir- rio comigo mesma- Sério, eu nunca senti tanta dor de cabeça na minha vida. Eu já disse quantas vezes eu já vomitei?

    Balanço a cabeça, impedindo-a de responder, mas ela nem liga.

    —Quatro vezes, Dê- ela diz triste consigo mesma- E continuo querendo vomitar. Você não pode falar sobre nenhuma comida, eu imediatamente sinto vontade de vomitar- Amelia fala- Esses seus bacons e esse ovo fedorento estão me matando, credo. 

    Como o mais rápido possível e assim que termino, lanço a bandeja do outro lado da mesa.

    —Pronto- anúncio limpando as minhas mãos na calça- Então, vai ficar aqui hoje ou vai voltar pra casa?

My first loveOnde histórias criam vida. Descubra agora