Capítulo 5

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ʙᴀʟᴀᴅᴇɪʀᴀs?
Seguro meus livros contra o corpo e agacho no chão para pegar meu celular dentro da bolsa. Digito o número da minha mãe e apoio celular no ombro enquanto guardo meus livros dentro da bolsa.

-Oi bebê- minha mãe diz num tom carinhoso.

    -Oi mãe-cumprimento em direção ao meu quarto-Como você está?

    Ela fica em silêncio por um minuto e penso o pior, porém um segundo depois escuto uma gargalhada sincera vindo dela.

    -É o Edgar- ela explica entendendo a minha confusão- Ele está aqui em casa fazendo o almoço de hoje. Como você sabe, ele tem sempre uma folga na sexta e então chamei ele pra passar o dia comigo. O hospital está tão tranquilo que estou estranhando, fiz só 3 turnos nessa semana, estranho, né? - minha mãe é enfermeira no hospital público da nossa cidadezinha em Greenfield. As vezes, ela fazia turnos de 12 horas e ainda por cima da madrugada, mas ela ama o próprio trabalho.

    -Que bom, mãe- digo sendo sincera- Eu te liguei, pois queria te contar que fui admitida no café aqui ao lado.- anúncio- Fui fazer uma entrevista de ontem a noite e não consegui te ligar.

    Ela fica em silêncio por uns segundos.

    -Filha, você não precisa fazer isso...

    -Mãe, sério, tá tudo certo, o salário do emprego é super bom, bate super bem com o meu cronograma de estudo, foi um milagre eu achar esse emprego.

    Não quero preocupar a minha mãe e na verdade não estou mentindo, é um ótimo emprego.

    -Ok- ela concorda- espero que dê tudo certo. Me liga depois do seu primeiro turno, quero saber como foi. E aí? O que você vai fazer nessa sexta, hein?- ela muda de assunto.

    -Nada.

    -Nem pensar- ela discorda- sua primeira sexta em Harvard precisa ser comemorada. Levanta a sua bunda da cadeira e vai procurar uma festa pra ir.- Else exige.

    Bufo alto, brincando.

     -Ah, mãe- suspiro- não sou uma pessoa muito baladeira, quero ficar em casa. Lendo, ou comendo, ou até mesmo dormindo.

    Minha mãe ri alto.

    -Só você mesmo, garota.

    Nos despedimos e no exato momento em que guardo o celular no bolso, recebo uma notificação. Aproveitei e peguei a chave do dormitório na bolsa.

Entro no dormitório e deito na cama.

Amelia: Arrasta a sua bunda preguiçosa para o meu dormitório, De.
Eu: Pq?
Amélia: Só vem.
Eu:Fala o motivo que eu vou.
Amelia: Para gente conversar, só isso, bobona.
Eu: Tá.

    Levanto da minha da cama e vou em direção ao dormitório da Amelia.

    -Oi, bobona- Amelia está jogada no puf de seu quarto, concentrada no vídeo game em sua mini TV.

    Sento no outro puf e começo a jogar com ela. Depois de ser humilhada no jogo, sinto vontade de jogar o controle para o outro lado do quarto.

    Amelia está acabando de rir da minha minha personalidade.

    -Você nunca jogou Mário?- pergunta.

    -Não.- nego- eu odiava esse jogo quando pequena.

    Ela balança a cabeça decepcionada.

    -Não sei o por quê ainda ando com você- ela brinca.

    Sento mais confortável no puf e viro para encarar-la.

My first loveOnde histórias criam vida. Descubra agora