ᴅᴏᴍɪɴɢᴏ ᴅʀᴀᴍᴀ́ᴛɪᴄᴏ
-Nem pensar, tira essa música- Amelia ordena fazendo cara de nojo- A pior música do século.Me inclino para frente e vou passando rádio por rádio até ambas concordarem que isso não vai funcionar.
-Vamos apenas conversar- ela diz.
Amelia é a única de nós duas que tem carro e sabe dirigir, então é ela que está no comando. O que não é novidade, pois Amelia está sempre no comando.
O seu carro é simples e bagunçado. Quando entrei nele pela primira vez, Amelia apenas riu e disse para eu não me importar com a bagunça. Eu realmente não liguei, porque pelo menos ela tem um carro.
-Estava pensando em fazer um estádio-ela puxa assunto.
-Onde?- pergunto curiosa.
Amelia para o carro quando o sinal está vermelho e puxa o espelhinho em cima da sua cabeça.
-Em Harvard-ela responde.
-Como?
A garota se estica no assento e puxa um gloss da parte de trás da sua jeans.
-Richard Lincoln, pai da Catharina- e do Johnny, acresento mentalmente- É um amigão meu, acredite ou não- arqueio as sombrancelhas, surpresa. Amelia me olha, sorrindo e arranca o carro após o sinal ficar verde.- Pois é, eu também fiquei chocada quando o papo bateu.
Penso algo inapropriado, porém não quero falar. Pela sua expressão, Amelia sabe o que estou pensando.
-Credo, Derya, não. Eu não transo com o Richards- ela nega enojada e eu suspiro aliviada- Ele é tipo trinta anos mais velho que eu.
Rio.
-Idade é apenas um número
-O numero da polícia também- ela brinca.
Rimos juntas.
-Eu nunca o vi, ele é... bonito ou aceitável?-pergunto.
Amelia me olha querendo explodir de rir.
-Cara, ele é maravilhoso- ela respnde- Johnny é a sua copia perfeita, mas os olhos azuis de Johnny não foram herdados do pai, deve ter sido da mãe ou sei lá.
-Você conhce a mãe dele?- pergunto interessada.
-Ah, não- ela nega- Catharina nunca fala dela para mim, nunca mesmo- Amelia responde.- E Johnny muito menos. Se eu fosse chutar, a mãe deles seria super má.
-Catharina nunca a mencionou ou deu algum tipo de sinal que existia uma mãe?pergunto
-Sim, já, mas não diretamente.
Fico pensando na vida de quem nunca pode contar com a propria mãe. De não poder chegar de um dia extremamente casativo, deitar em seu colo e chorar até desidratar. De não contar que a mãe vá para a sua apresentção de dia das mães e vê-la na plateia desidratando de tanto chorar e você sentir vergonha por isso, mas quando você estiver no ensino médio vá se lembrar desse dia com carinho e chorar de felicidades. Como a vida não é só flores, eu tive que crescer sem um dos meus pais.
Entro no dormitório cheia de sacolas penduradas em meu braço e levo um susto quando vejo alguém deitado na outra cama. Ah é a Kira. Isso que dá ficar quase uma semana sem ver sua colega de quarto.
-Oi, Kiki- cumprimento jogando as sacolas no chão- Onde esteve durante esse tempo?
Ela coça a cabeça, parecendo envergonhada.
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My first love
Roman d'amourDerya é uma garota que viveu para entrar em Harvard, deu a vida por isso e quando finalmente conseguiu realizar seu maior sonho, se depara com algo improvável que irá virar seu mundo de ponta cabeça e... seu nome é Johnny, o garoto que vive pelo fut...