ᴏᴘᴇʀᴀᴅᴏʀᴀs? ᴇᴛs?
—Prestem atenção aqui por um minuto, pessoal- levanto a cabeça, encarando o professor em minha frente-Esse ano, pensamos em um novo projeto para os alunos de direto de Harvard, que é basicamente juntar os novos e os velhos alunos. Para os alunos novos, principalmente, terem mais experiências, mas é claro também será bom para os velhos, pois eles terão a capacidade de auxiliar vocês e pôr seus próprios estudos em prática. - ele diz- Eu com a ajuda da direção de Harvard, montamos pares.Enquanto não chega no meu nome, vou arrumando meus materiais e já coloco a mochila nas costas.
—Derya Leblanc e Kira Pasthood- viro para minha nova colega de sala, Julie, e lhe dou um aceno de cabeça.
Fico feliz por fazer par com Kiki, mas fico triste, pois seria bom socializar com novas pessoas. Espero encontrá-la no dormitório, mas como sempre a garota não está lá.
Jogo a minha mochila no chão e corro para a cama com o meu celular em mãos. Fico durante um bom tempo acessando minhas redes sociais e por fim, sinto fome. Penso em ir ao refeitório, mas como é sexta, prefiro sair um pouco da rotina e comprar comida japonesa.
Fico de bobeira no sofá por um tempo, assistindo programas estranhos que passam durante a noite e recebo uma ligação. Número desconhecido.
—Alô?- cumprimento um pouco receosa de ser uma operadora.
—Derya, oi- demoro um segundo pra reconhecer a voz de Johnny.
—Ah, é você- suspiro.
—Isso é bom ou ruim?- pergunta- Porque você não parece muito feliz.
—Imaginei que fosse uma operadora.- esclareço.
—Você tem algum tipo de preconceito com operadoras? Pensei que fosse mais humilde.- ele brinca.
—E eu sou, mas pra toda regra tem sua excessão, então sim, sou preconceituosa com operadoras.
Johnny suspira ofendido.
—Por que?- Johnny pergunta.
—Como eles conseguem nosso número de telefone? Você já parou para pensar nisso?- eu pergunto.
Johnny não fala nada durante mais de dez segundos, provavelmente procurando algum argumento para me refutar.
—Ahn, na verdade, não- confessa.
—É disso que eu estou dizendo, eles são totalmente misteriosos, ninguém sabe nada sobre eles, apenas sabemos que existem.- digo- Eles são como ETS.
Penso que Johnny está morrendo pelo barulho que ele faz do outro lado da linha, mas percebo que ele apenas está rindo.
—Por que você está rindo?- pergunto.
Johnny suspira alto.
—As operadoras são como os ETS?- isso não parece uma pergunta, parece que ele está me fazendo entrar em uma armadilha e qualquer palavra que eu falar, o garoto usará contra mim.
—Não vai me dizer que você não acredita em ETS- mudo o rumo do assunto.
—Quem não acredita em ETS?- Johnny pergunta como se qualquer outra pessoa fosse invadir a nossa chamada e se opor contra ele.
—Eu não sei, só sei que eu acredito- digo.
Ele bufa.
—Claro que você acredita, você tem que acreditar, porque é óbvio que eles existem, só não sabemos onde estão.
Penso um pouco.
—Acha que eles se parecem conosco?- eu pergunto baixinho como se fossem nos escutar.
—Não, acho que são verdes- Johnny também baixa seu tom.
—Será que eles planejam invadir a terra ou eles também não sabem da nossa existência?- pergunto.
—Com certeza estão prontos para invadirem a terra e levarem os humanos mais fortes para procriarem em seu planeta, como já dizia Lamarck.
Lamarck? Rio tanto que a minha barriga dói, largo o telefone na cama e nem consigo escutar Johnny me chamando do outro lado, enxugo as minhas lágrimas e coloco o telefone na orelha.
—Alô?- pergunta
—Lamarck, Johnny? Sério? Você pulou a nona série ou você nasceu burro?- pergunto
-O que tem de errado com Lamarck? Você é mais preconceituosa do que eu imaginei- ele brinca.
—Lamarck não dizia que os mais fortes sobreviviam, quem dizia isso era Darwin.- digo.
Johnny não fala por um bom tempo, penso até que a chamada caiu.
—Que porra é essa?- ele pergunta
—Teoria da evolução- respondo como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.
—Como a gente parou nesse assunto?- Johnny pergunta confuso.
—Sei lá, você é a pessoa mais aleatória que eu já vi, nem sei sobre a primeira coisa que estávamos falando.
—Enfim, ia te chamar para vir aqui no HC. Eu e a galera estamos tomando uma cerveja, pago uma coca pra você, se quiser.
A campainha toca e levanto rapidamente do sofá, feliz por matar minha fome.
—Não vou poder ir hoje. Pedi um sushi para comer enquanto assisto minha série, mas se você estiver disposto a vir aqui comer comigo meu sushi e assisti a minha série, pode vir, mas traga comida, esse tantinho de sushi não alimenta muita gente.
Ouço Johnny rir do outro lado, penso que vai rejeitar a minha oferta.
—Eu topo- Johnny aceita- Você curte Mc Donalds?
Jogo meu telefone longe e abro a porta pra pegar meu sushi.
Sento, feliz, no meu sofá com uma caixinha de sushi, sempre que peço sushi sobra uns oito, mas é melhor ainda, pois posso comer de café da manhã no dia seguinte. Ligo a Netflix no meu computador e relaxo na cama. Escolho a minha série do momento: Gilmore Girls.
Não sei se Johnny curte esse tipo de programa, mas vai ter de assistir de um jeito ou de outro, não tiro meu Gilmore Girls por nada.
Ouço uma batida na porta, pauso meu programa e jogo um sushi na boca, e grito de boca cheia que já vou, levanto do sofá e vou em direção a porta.
O garoto de pele clara como a neve, cabelos desgrenhados e escuros, sorriso largo e dentes perfeitos, roupas de academia e aqueles belos olhos azuis, está parado na frente da minha porta com um sorriso largo e um pacote do Mc Donalds em uma mão e a outra mão dentro do bolso.
—Espero que você curta Big Mac- Johnny diz enquanto entra no meu dormitório.
OIIIIIIIIII!!!!!!!! GENTE, sério, desculpa se eu dei spoiler sobre Gilmore Girls e tudo, mas eu precisava falar sobre essa série MARAVILHOSA na minha fic.
Quem não gosta, por favor, se retire, brincadeiras a parte, galera, não fiquem bravos comigo.
MUITO OBRIGADA por tudo, sério tô amando o engajamento da fic, se vocês estão gostando, por favor, me falem e se não estão gostando, me falem também.
BEIJOS
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My first love
RomanceDerya é uma garota que viveu para entrar em Harvard, deu a vida por isso e quando finalmente conseguiu realizar seu maior sonho, se depara com algo improvável que irá virar seu mundo de ponta cabeça e... seu nome é Johnny, o garoto que vive pelo fut...