Capítulo 12

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Pov:Johnny

    —A pergunta é: quem não gosta de Big Mac?- Derya pergunta quando ambos entramos no dormitório.

    No dia em que praticamente arrombei a porta do quarto aos beijos com Kira, eu não havia percebido nada sobre o quarto.

    Em cada uma das duas janelas do quarto estão posicionadas duas camas. Uma delas está totalmente arrumada com lençóis coloridos e bichos de pelúcia aleatórios; a outra está completamente bagunçada e sem nenhum lençol.

    Derya senta na cama completamente enfeitada de bichos de pelúcia. Rio comigo mesmo.

    —Qual a graça?- a garota pergunta, confusa.

    Tiro o saco de sushi da sua mão e vou em direção a escrivaninha, tiro todas as embalagens e levo em direção a cama.

    —De alguma forma, eu já sabia que a cama enfeitada de bichos de pelúcia era sua- respondo sincero.

    Derya não parece surpresa, a garota ajeita os seus lençóis coloridos e me chama para sentar ao seu lado.

    —Por que?- pergunta ainda curiosa.

    —Você tem cara de quem dorme abraçada com os bichinhos de pelúcia.

    —Mas quem garante que isso- ela aponta para todos os bichinhos- não são da Kira?

    Enfio um canudo no copo do refrigerante e levo a boca.

    —Kira não tem cara de quem gosta de bichinhos de pelúcia, você, sim- digo.

     Derya tira seu Big Mac da caixinha e se encosta na cabeceira da cama.

    —Você e Kira são amigos?- A garota faz a pergunta realmente curiosa, sem segundas intenções.

    —Amigos, não- respondo- Kira e eu nos conhecemos desde o ano passado, mas não somos amigos, só nos falamos de vez em quando.

    Ela concorda com a cabeça.

    —Entretanto, você deveria saber disso, vocês são  amigas.- digo.

    Derya arqueia as suas sobrancelhas.

    —Como você disse, nós não somos amigas, apenas conhecidas- ela me responde- não tem como eu ser amiga dela, quase não nos falamos.

    —Vocês são colegas de quarto.- falo como se isso explicasse tudo.

    A garota ri.

    —Isso não tem nada a ver- ela responde- Kira nunca para no dormitório, vejo ela aqui duas vezes por semana e olhe lá.

    —Ela é uma mulher ocupada- brinco.

    —Eu só sei do sobrenome dela, porque o professor, quando formou as duplas, disse em voz alta.- ela diz.

    —Duplas para o que?- pergunto, jogo um sushi na boca e faço uma careta, a garota ri.

    —Novo projeto de Harvard, e coincidentemente nós caímos juntas- ela explica.

    —Não acredito em coincidências. Tudo tem algum motivo- eu digo realmente do nada.

    Derya me encara por um segundos.

    —Por que?- pergunta.

    Reflito por uns segundos.

    —Acho que tudo tem um propósito, se alguma coisa for para acontecer, vai acontecer.- digo meio filosófico.

My first loveOnde histórias criam vida. Descubra agora