Pov:Johnny
—A pergunta é: quem não gosta de Big Mac?- Derya pergunta quando ambos entramos no dormitório.
No dia em que praticamente arrombei a porta do quarto aos beijos com Kira, eu não havia percebido nada sobre o quarto.
Em cada uma das duas janelas do quarto estão posicionadas duas camas. Uma delas está totalmente arrumada com lençóis coloridos e bichos de pelúcia aleatórios; a outra está completamente bagunçada e sem nenhum lençol.
Derya senta na cama completamente enfeitada de bichos de pelúcia. Rio comigo mesmo.
—Qual a graça?- a garota pergunta, confusa.
Tiro o saco de sushi da sua mão e vou em direção a escrivaninha, tiro todas as embalagens e levo em direção a cama.
—De alguma forma, eu já sabia que a cama enfeitada de bichos de pelúcia era sua- respondo sincero.
Derya não parece surpresa, a garota ajeita os seus lençóis coloridos e me chama para sentar ao seu lado.
—Por que?- pergunta ainda curiosa.
—Você tem cara de quem dorme abraçada com os bichinhos de pelúcia.
—Mas quem garante que isso- ela aponta para todos os bichinhos- não são da Kira?
Enfio um canudo no copo do refrigerante e levo a boca.
—Kira não tem cara de quem gosta de bichinhos de pelúcia, você, sim- digo.
Derya tira seu Big Mac da caixinha e se encosta na cabeceira da cama.
—Você e Kira são amigos?- A garota faz a pergunta realmente curiosa, sem segundas intenções.
—Amigos, não- respondo- Kira e eu nos conhecemos desde o ano passado, mas não somos amigos, só nos falamos de vez em quando.
Ela concorda com a cabeça.
—Entretanto, você deveria saber disso, vocês são amigas.- digo.
Derya arqueia as suas sobrancelhas.
—Como você disse, nós não somos amigas, apenas conhecidas- ela me responde- não tem como eu ser amiga dela, quase não nos falamos.
—Vocês são colegas de quarto.- falo como se isso explicasse tudo.
A garota ri.
—Isso não tem nada a ver- ela responde- Kira nunca para no dormitório, vejo ela aqui duas vezes por semana e olhe lá.
—Ela é uma mulher ocupada- brinco.
—Eu só sei do sobrenome dela, porque o professor, quando formou as duplas, disse em voz alta.- ela diz.
—Duplas para o que?- pergunto, jogo um sushi na boca e faço uma careta, a garota ri.
—Novo projeto de Harvard, e coincidentemente nós caímos juntas- ela explica.
—Não acredito em coincidências. Tudo tem algum motivo- eu digo realmente do nada.
Derya me encara por um segundos.
—Por que?- pergunta.
Reflito por uns segundos.
—Acho que tudo tem um propósito, se alguma coisa for para acontecer, vai acontecer.- digo meio filosófico.
VOCÊ ESTÁ LENDO
My first love
RomanceDerya é uma garota que viveu para entrar em Harvard, deu a vida por isso e quando finalmente conseguiu realizar seu maior sonho, se depara com algo improvável que irá virar seu mundo de ponta cabeça e... seu nome é Johnny, o garoto que vive pelo fut...