Pov:Johnny
Pulo o mais alto que consigo, agarrando a bola oval com as duas mãos, nesse movimento, derrubo dois homens do time adversário. Avanço rápido para chegar o mais rápido na endzone. Jacob grita incansavelmente de frente a endzone, mas quase não percebo.
Avanço rapidamente e um homem do time adversário avança furiosamente em minha direção, pronto para me derrubar no chão e roubar a bola oval de minha mão.
Mas sou mais rápido que ele, vou com tudo para cima do homem e o derrubo, escuto-o gemendo de dor e segurando um dos braços, porém não ligo, pois cheguei a endzone.
O treinador apita.
-Todos para cá, agora!- ele grita furioso.
Cansado, vou correndo de trote até lá. Jacob e praticamente todos os outros homens parecem tão furiosos quanto o treinador. Balanço a cabeça, consciente da bronca que eu vou levar.
Sentamos nos bancos. O treinador, Eddie, anda de um lado para o outro com uma das mãos na cabeça e sua cabeça balançando de um lado para o outro. O homem calvo fica assim por mais ou menos dois minutos. Ninguém sequer ousa falar ou até mesmo respirar.
-Trabalho em equipe, Lincoln, se lembra disso?- ele finalmente diz algo- Ou você quer que eu te ensine as regras básicas do futebol americano?
Constrangido, nego com cabeça baixa.
-Você quer ser o novo líder de todos eles?- Eddie pergunta apontando o dedo para cada um dos homens, mas com os olhos ainda fixos nos meus- Então aja como um!
Ergo a cabeça, tentando exalar confiança.
-Sim, treinador- digo.
Ele me encara.
-O futebol americano não é brincadeira, Lincoln.- ele me diz muito sério- Para você, até pode ser, já que você tem um sustento. Tem onde morar, tem o que comer, tem de tudo. É bancado pelo pai e jamais precisa se preocupar com as contas atrasadas. Mas a maioria dessas pessoas não tem. Eles estão aqui para ganhar, para ter oportunidades de vida. Se você não aguenta o tranco é melhor sair do futebol americano de Harvard, porque aqui nós nunca perdemos.
Balanço a cabeça, concordando.
-Me desculpe, treinador. Eu prometo ser melhor.
Eddie me encara furioso e sai andando para fora.
-É melhor mesmo- ele concorda comigo.
-Está tudo certo, John?- ouço uma voz atrás de mim.
Tiro a toalha da cintura e me visto rapidamente. Fecho a porta do armário de metal e me viro para David.
-Tudo certo, cara- respondo vestindo uma camisa, tentando parecer despreocupado.
Ele se senta no banco, me encarando.
-Você parece distraído- David fala.
-A faculdade está começando a me deixar nervoso.- argumento.
-Não tá fácil pra ninguém, John. Acredite- Ele me diz.
Ponho a mochila nos ombros e ando para fora do vestiário.
-Eu sei, David- respondo- Eu estou bem, sério. Não se preocupe comigo, cara.
Não sei sua resposta, pois já estou andando pelo estacionamento atrás do meu carro. Entro e jogo a bolsa para o banco do passageiro.
Massageio as têmporas, pensativo e cansado. Arranco com o carro, saindo sem rumo por aí.
Estaciono no HC e entro rapidamente no bar. Sento no balcão e peço um martini.
O sabor é tão maravilhoso, me seduz tanto que eu não consigo recusar outra rodada. O que se torna um grande erro, pois um copinho de martini não é o suficiente, é apenas um copinho. Eu preciso de mais um desse copinho, é o que penso antes de pegar uma rodada de martini, mas essa uma rodada se transforma em sete.
Uma garota de pele escura e cabelo preto, não consigo distinguir se é liso, cacheado ou qualquer outra coisa do tipo. A única coisa que reparo é isso. Ela está sozinha, bebendo um uísque, aparentemente muito entediada.
Sento em um banco ao seu lado, chamando a sua atenção. Chamo o barmen, peço outro martini e sorrio para a moça.
-Sou Johnny- cumprimento-a.
Ela sorri ainda mais e chega mais perto. Nossos narizes quase se tocando.
-Mary- ela diz num sussurro.
Nem espero a garota dizer mais alguma coisa. Apenas selo nossos lábios. Ela corresponde na mesma hora. Ela geme quando minha língua entra em sua boca, ansiando por mais, a garota chega mais perto de mim, seguro em sua cintura e a ajudo a levantar.
Vamos nos beijando em direção ao meu carro. Pego o controle do carro dentro da minha calça e o abro rapidamente. Entramos juntos no banco traseiro.
A garota monta em mim, seguro seu quadril, ajudando no seu movimento.
-Eu não tenho camisinha- respondo ainda beijando-a.
A garota separa nossos lábios e abre a sua bolsa, procurando furiosamente. Ela sorri e me entrega. Mas é aí que eu caio na real.
O que eu tô fazendo? Transando com uma garota que eu nem me lembro do nome? Eu não sou assim.
Separo nossos lábios, interrompendo algo que eu sei que me arrependerei no futuro se fizer.
-Eu não posso fazer isso- digo.
Ela me olha meio frustrada.
-Me desculpa, mas... desculpa.
A garota balança a cabeça, meio brava. Ela calça seus sapatos e quando sai, bate a porta do carro com tudo.
Passo para o banco da frente. Balanço a cabeça, frustrado.
Que porra eu estou fazendo? Transando com uma garota que eu nunca nem troquei uma única palavra na vida, a não ser os nossos nomes que por sinal, eu já havia me esquecido o dela? Eu nem estava afim de fazer isso, nem estava excitado, eu só queria esquecer tudo. Mas eu sou a bosta de um burro, porque eu sei que isso não vai me ajudar em caralho nenhum.
Eu penso que isso vai em fazer esquecer a existência da minha mãe, mas infelizmente, isso não vai acontecer.
Eu não posso sair por aí enchendo a cara e transando com todas as garotas que eu ver pela a frente apenas por ter reencontrado a minha mãe. Vida que segue, ela nunca foi importante pra mim, por que seria agora?
Eu não vou dar o que ela quer, o meu sofrimento. Eu vou viver normalmente e tentar esquecer a porra da sua presença e de tudo o que ela já fez por mim.
Respiro fundo e saio da carro. Não posso dirigir nesse estado.
Chamo um táxi e vou direto para Harvard, seguir em frente com a minha vida como eu sempre fiz.
OIIIIIII!!!!!!! Eu estou tanto tempo sem postar que eu vou fazer uma maratona de três capítulos, já que amo vocês.
Espero que vocês curtam esses capítulos, me siga, comente e por favor curtam esses capítulos.
Apenas role a tela e você terá outro capítulo novinho pra ler.
Beijos
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My first love
RomanceDerya é uma garota que viveu para entrar em Harvard, deu a vida por isso e quando finalmente conseguiu realizar seu maior sonho, se depara com algo improvável que irá virar seu mundo de ponta cabeça e... seu nome é Johnny, o garoto que vive pelo fut...