Capítulo 8

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CAPÍTULO VIII

Algumas horas depois, quando Pansy acordou, o quarto es­tava imerso na escuridão. Sua men­te foi clareando aos poucos, à medida que seus olhos se acostumavam com a penumbra. Emitindo uma exclamação, ela se sentou, assustada. "Que horas seriam? Por que Harry não a acordara?" perguntou-se. Procurou sua bolsa ao lado da cama para pegar a varinha. Murmurando um feitiço o aposento se iluminou, ela olhou para o relógio na mesinha ao lado da cama e viu que eram duas e meia.

Sentada na beira do leito, ela deixou a varinha na mesinha de cabeceira e correu os dedos pelos cabelos desalinhados, prendendo-os num coque. O som de uma respiração profunda e regular indicava que seu companheiro ainda dormia. Descalça, ela caminhou, aproximando-se do sofá.

- Harry? - chamou-o com suavidade.

Tivera a intenção de culpá-lo pelo adiantado da hora, mas notara que decerto ele estava exausto. Harry permanecia na mesma posição de quando se deitara.

As feições dele se suavizaram pelo sono, dando-lhe uma aparência mais jovem. O paletó com que se cobrira havia escorregado para o chão.

Pansy se aproximou um pouco mais e tropeçou nos sapatos dele. Quase caindo em cima de Harry, mas conseguindo se equilibrar.

Ela parou diante dele, avaliando o homem ali a deitado. Ele era bonito, muito bonito, ela tinha de admitir. "Acorde-o logo e pare de ficar olhando para ele como uma tola!", ordenou-se. Não poderia se dar ao luxo de sentir piedade pelo cansaço de seu acompanhante, eles precisavam voltar para Londres o quanto antes. Pansy se ajoelhou diante dele.

- Harry! - Com os lábios próximos ao ouvido dele, disse seu nome com firmeza e então afastou-se, esperando que ele se levantasse, mas, além de um leve movimento das pálpebras ele não se me­xeu.

- Harry, já é tarde! – Ela insistiu e daquela vez os decibéis de sua voz não foram tão gentis, mas, mesmo assim, por incrível que parecesse, Harry apenas virou um pouco o rosto.

- Acorde! Agora! - Pansy se viu chacoalhando o ombro dele.

Se Harry não acordasse logo ela iria deixá-lo ali, decidiu. Mas nesse momento, ele emitiu alguns gemi­dos e Pansy se sentiu encorajada.

- Ande, são duas e meia! Temos que ir. - Pansy insistiu e suspirou aliviada quando Harry se virou, os olhos se abrindo aos poucos.

A sensação boa de Pansy acabou quando per­cebeu a expressão dele: um ardor sensual que a imobilizou como correntes de aço. Não tinha certeza se Harry a vira ou se ainda estava imerso no mun­do dos sonhos, mas ela sentiu o sangue latejar nas têmporas e o coração bater acelerado.

Só quando o olhar de Harry desceu para o decote do vestido, Pansy, tarde demais, percebeu que uma alça tinha desamarrado e estava re­velando a curva de um dos seios macios e tentadores.

Pansy pensou em se cobrir, mas Harry fora mais rápido que ela, desatando o outro laço da alça que restava segurando o busto do vestido para descobrir o que ainda se escondia, deixando-a numa espécie de tomara-que-caia. O mur­múrio de Harry fez com que Pansy o fitasse, com expressão confusa e meio hipnotizada.

- Harry já é tarde! Nós... dormimos demais. – Ela disse trêmula pela atmosfera que os envolvia.

As palavras foram dissolvidas em um gemido de prazer quando Harry envolveu-lhe o pescoço, puxando-a para si e pousando os lábios sobre os dela, em um beijo áspero que explorava a boca dela, excitando-a.

Aquilo era uma irresponsabilidade e Pansy sabia que se arrependeria mais tarde de sua fra­queza, mas naquele momento, a vontade de ter mais era muito forte para ser ignorada. Ela se sentia atraída por ele.

Um encontro inesperado - HANSYOnde histórias criam vida. Descubra agora