Capítulo 14

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CAPÍTULO XIV

Nos meses que se seguiram, os contatos sociais de Pansy foram poucos. Ela sentia falta do estímulo do trabalho, das noites que passava em seu apartamento, lendo e tomando vinho, das viagens que realizava. Além de seus pais, apenas Luna sabia sobre sua gravidez. A amiga aparecera na mansão Parkinson numa tarde e, então, ela percebeu que havia algo diferente com Pansy.

- Estou grávida Luna, mas ninguém pode saber.

A amiga não fez perguntas, apenas abraçou Pansy e a felicitou, o que fez com que Pansy se sentisse bem, pelo menos uma amiga ela teria ao seu lado. Foi assim que elas mantiveram contato, sempre se falando, com Luna contando as novidades de Londres e Pansy ouvindo atentamente. Esses encontros eram sempre leves, e algumas vezes Luna acompanhava a amiga nas consultas com o médico trouxa.

Os dias foram passando em paz e segurança, até aquela tarde de sexta-feira. Luna havia convidado Pansy para tomar um chá na Londres trouxa, insistindo que queria comprar algumas coisas para o bebê antes que Pansy não pudesse mais aparatar. Pansy recusou, mas depois de muita insistência, e uma promessa de feitiço que disfarçasse quem ela era, a morena aceitou.

Luna pedira que ela a encontrasse próximo ao Ministério, para irem de carro. E era assim que Pansy se encontrava, olhando pela quinta vez para o relógio, pensando que Luna devia estar muito ocupada, para ter se atrasado. Pansy estava no estacionamento trouxa próximo ao Ministério da Magia. Usava roupas trouxas e que disfarçavam a barriga proeminente.

- Ora, ora!

Pansy deu um pulo, assustada.

- Comarc! - Seu coração parou. Desesperada, procurou Luna com o olhar.

- Voltou para implorar seu cargo de volta? - Mesmo antes que ele se aproximasse, Pansy notou que estava bêbado.

- Estou esperando uma pessoa.

- O Potter imagino...

Saber que Harry estava no Ministério fez Pansy entrar em pânico, ela havia lido que ele saíra em missão e apenas por isso havia concordado em estar tão próxima do Ministério para encontrar com Luna, mesmo que disfarçada.

Nervosa, Pansy percebeu a aproximação do homem, olhando ao redor para pedir ajuda. Ela soltou um grito quando Comarc deu uns passos apressados e a segurou pelos ombros. A brutalidade do gesto fazendo com que ela se chocasse com o carro e o corpo do bruxo pressionasse o seu.

- Solte-me! – Pansy tentou se libertar, notando o brilho malicioso dos olhos dele.

Aflita, Pansy olhou novamente em volta, mas não havia ninguém para socorrê-la. Temia qualquer violência, tinha de proteger seu filho. Tentou se soltar e pegar sua varinha, mas ele era forte, mantendo-a bem presa. Ela sabia que teria hematomas nos braços no dia seguinte.

- Você se acha boa demais para mim, não é? Nunca olhou pra mim, sempre me desprezando, mas veja só, eu estou no comando agora. - McLaggen tentou beijá-la, mas ela virou o rosto, debatendo-se.

Comarc xingou-a e, levantando o braço, ele a atingiu no rosto com as costas da mão. Pansy se desequilibrou com o tapa forte e caiu no chão. Quando Comarc avançou sobre ela e se aprontou para esbofeteá-la de novo, foi puxado de cima dela. Pansy sentiu suaves mãos envolvê-la e viu que Luna estava lá, amparando-a, enquanto McLaggen era arrastado para longe.

Pansy não conseguiu ver ou pensar em nada, uma dor lancinante tomou conta dela, bem em seu ventre. Ela não conseguiu se mover, suas pernas não respondiam.

- Luna, me ajude! Algo aconteceu - disse Pansy, com os olhos arregalados em lágrimas. – Não consigo me mover - A voz estava trémula de medo. – O bebê!

Um encontro inesperado - HANSYOnde histórias criam vida. Descubra agora