Capítulo 12

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CAPITULO XII

Harry seguiu-a através do salão até a rua. Alcançou-a com facilidade e a agarrou pelo braço, forçando-a a ficar de frente para ele.

- Vejo que sente um prazer sádico em enlou­quecer os homens.

- Homens?!

- McLaggen, Pius, Malfoy...

- Cormac me odeia, Pius nunca... - Ela enrubesceu, indignada. - Pius sempre agiu como um cavalheiro.

- Foi isso o que o matou tão cedo. - Harry sentia uma necessidade enorme de feri-la.

- Isso é ridículo e absurdo!

- Pode ser, mas é verdade. Seja honesta uma vez na vida e admita que quer o mesmo que eu. Obedeça a seus instintos!

- Harry! - A saudação festiva fez Harry virar-se, não conseguindo disfarçar a zanga. - Desculpa, estamos atrasados!

Um jovem alto e ruivo, sorridente e amigável, cumprimentou-os.

- Olá de novo! - A garota loira que Pansy encontrara no escritório aproximou-se do grupo, com um largo sorriso no rosto e estendendo a mão a Pansy. – Sou Gabrielle. Tentei conter George, mas sabe como é... Meu noivo não é famoso por sua discrição. Harry, querido! Ele parece extasiado por nos ver George!

Gabrielle deu um forte abraço em Harry e, rindo, ele correspondeu, relaxando. Mas, quando olhou para Pansy, ela notou sua frustração.

- Chegamos em má hora? - Confuso, George olhava de Harry para Pansy.

Gabrielle riu.

- George ficou no final da fila quando Deus dis­tribuiu a intuição, pobrezinho... Quer uma bebida, Harry, ou prefere que eu leve George embora?

A pergunta direta e a curiosidade nos olhos de George estavam deixando Pansy embaraçada.

- Bem, preciso ir para casa - ela adiantou-se. - Preciso descansar para terminar uns relatórios. Já discutimos o bastante a respeito hoje e preciso recuperar as energias para fazer tudo o que o Sr. Potter pediu.

George e Gabrielle começaram a insistir para Pansy ficar, mas as súplicas do jovem casal para que ficasse fo­ram interrompidas por Harry

- Não! Você não irá a lugar nenhum. Não terminamos ainda.

Pansy sentiu a raiva explodindo por todos os poros.

- Mas que autoritário! - observou George, num tom que não disfarçava a surpresa ante o com­portamento estranho do amigo. Ele nunca vira Harry agir assim. E olhando Pansy, ela não parecia a vontade perto deles.

- Em minha opinião, rude e arrogante seriam adjetivos mais apropriados - opinou Pansy, re­cobrando o controle.

- Verdade... mas Harry nunca disfarçou esse seu lado indelicado - explicou o jovem George, ignoran­do a fúria assassina do companheiro. – Lembro-me de você em Hogwarts, mas vejo que agora está diferente, parece-me agora uma moça de bom senso, então o que está fazendo com meu amigo?

Enquanto se dirigia a Pansy, George passou um braço sobre os ombros dela. Era um tipo de charme bastante diferente do de Harry e, à vontade, ela correspondeu à piscada e à tentativa de aproximação.

- Seu amigo tem um charme irresistível, mas um gênio do cão, especialmente quando o assunto é profissional. Estávamos discutindo coisas profissionais - Pansy tentou disfarçar a tensão entre ela e Harry ao perceber que o casal tentava amenizar as coisas.

- Então vamos, Pansy, junte-se a mim e minha noiva para um drinque. Estamos celebrando. Pode vir também, se quiser, Harry.

Sem saber como, Pansy foi levada ao bar e sentou-se em meio a Harry e seus amigos. George era exu­berante e Gabrielle tinha o senso de humor invejável. O casal havia aceitado Pansy como se fosse realmente a namorada de Harry, o que a incomodava um pouco.

Um encontro inesperado - HANSYOnde histórias criam vida. Descubra agora