CAPÍTULO VI
- Vá em frente, querida - Harry fitou Draco de um modo quase indulgente, o que abalou o noivo. - É o mínimo que posso fazer, já que você, sem querer Malfoy, é responsável por nós estarmos juntos não é Pansy? Por falar nisso, Malfoy, ela odeia ser chamada de Pans, ela nunca lhe disse?
A música recomeçou e Harry afastou-se, ficando fora do raio de visão de Pansy.
- Vamos? - Draco a conduziu.
Pansy forçou um sorriso, que saiu tenso. Ficara olhando para Harry como uma idiota hipnotizada e se envergonhou ante seu comportamento bizarro.
- Você está linda, Pans... Pansy! - Draco gaguejou, desconcertado. - Mal a reconheci.
- Devo encarar isso como um elogio?
- Sim.
Pansy se perguntou se durante todo o tempo em que estiveram juntos ele a considerava feia.
- Bem, de qualquer modo, ainda sou a mesma pessoa, Draco.
"Será mesmo?", ela pensou, ainda perturbada. A amargura, o sofrimento e a revolta contra a traição e a profunda rejeição que a mantiveram acordada por tantas noites, de repente pareceram muito distantes. O objeto de toda aquela amargura estava bem ali, à sua frente, mas ela só conseguia pensar em Harry Potter.
- Você parece diferente, Pansy.
Ela o fitou com curiosidade, surpresa por estar conseguindo ser tão objetiva. Pansy percebeu que Draco parecia atraído pela transformação dela, que consistia em um visual sofisticado e um ar de autoconfiança que era quase todo falso. "Será que Draco, algum dia, fora capaz de penetrar em seu íntimo e vê-la como era de verdade?" ela se perguntou.
Pansy recordou que tinha pouca idade quando o conhecera, não passavam de crianças. Ela era muito maleável, então, o que foi bastante oportuno para Draco que, desde então, reforçou toda aquela ideia de sangue-puro. A única discussão que tiveram fora quando Pansy decidira que não queria trabalhar como assistente de enfermagem para o resto da vida ou ser apenas uma dona de casa, quando ela insistira em ir para Paris estudar feitiços e poções mágicas, voltando para casa só nos finais de semana. Draco desaprovara sua decisão. Lembrou-se de que todos já sabiam sobre Astoria e Draco muito antes de ela descobrir. Sentiu um nó na garganta.
- Todos crescem um dia - observou Pansy.
- Não fui correto com você, não é?
- Nem um pouco. – Ela o encarou e Draco desviou o olhar.
De início, Pansy desejara despertar nele a dúvida quanto à escolha que fizera. Se interpretava direito as atitudes de Draco, conseguira. Entretanto, por mais estranho que fosse, não estava sentindo prazer algum naquilo.
- Foi um lindo casamento, Draco!
- Na verdade, eu queria algo mais simples.
- Mas Astoria, não - observou Pansy, com um leve sorriso.
- Ela convenceu minha mãe e elas organizaram tudo.
- Casamentos são sempre ocasiões emocionantes, não é? - Pansy tentou mudar de assunto.
- Sinto sua falta. Nunca imaginei o quanto...
As palavras que Pansy desejara tanto ouvir despertaram-lhe um repentino pânico.
- Você não pode dizer isso Draco.
- Você está mesmo com ele Pansy? Está feliz com o Potter? Não entendo como você pôde ficar com ele... Não tem nada em comum com ele...Vocês nunca...
VOCÊ ESTÁ LENDO
Um encontro inesperado - HANSY
Fiksi PenggemarO casamento seria um grande evento social e Pansy não queria enfrentá-lo sozinha. Sem coragem para assistir seu ex-noivo, que um dia lhe jurara amor eterno, casar-se com outra, ela pediu ajuda a uma amiga e assim conseguiu como acompanhante Harry Po...