Cidade da Magia 1 - Magia Forjada - Trilogia Misericórdia e Corrida de Sangue

Capítulo 10

‿︵‿︵ʚ˚̣̣̣͙ɞ・𝓙𝓤𝓝𝓖𝓚𝓞𝓞𝓚・ ʚ˚̣̣̣͙ɞ‿︵‿︵

Sana e eu nos viramos para ver um vampiro parado na porta.

Cabelo preto com os olhos vermelhos característicos de um vampiro e pele pálida, o novo vampiro também usava o que era aparentemente o uniforme padrão da Família Min de terno preto e gravata... mas a espada amarrada em seu cinto era provavelmente uma adição pessoal. Havia algo sobre ele... Ele possuía aquele ar mortal que os vampiros têm, a graça líquida que grita predador. Mas ele não se comportava da mesma maneira que seus companheiros vampiros. Ele era mais baixo para um vampiro, e seus ombros estavam ligeiramente curvados, e ele parecia cansado, por falta de uma palavra melhor.

— Soohyuk, perfeito, eu poderia usar sua experiência em escolher uma espada para Jungkook. — disse Sana.

O vampiro, Soohyuk, inclinou a cabeça.

— Aah, sim. Selecionar uma arma de destruição que se alimenta do sangue vital de seus inimigos e canta a doce promessa da morte é um processo cuidadoso, embora fútil, dada a existência frágil que vivemos neste planeta agonizante.

Minha testa enrugou enquanto eu tentava entender o monólogo florido do vampiro. Acho que nunca ouvi um vampiro falando... poesia mortal. Achei que isso se limitava especialmente a humanos filosóficos.

Sana limitou-se a sorrir para ele, o que significava que provavelmente se tratava de mais uma de suas excentricidades.

Alguns momentos se passaram, então Soohyuk encolheu os ombros.

— Com sua falta de treinamento, ele teria mais facilidade com uma besta.

— Yoongi quer que ele tenha uma espada. Por sua magia.

Ele cruzou o quarto, olhando fixamente para mim, então olhou para as armas em sua parede.

— Nesse caso, uma chisa katana seria ideal para ele, leve e mais curta. — Ele escovou algumas espadas, antes de escolher uma espada japonesa com um envoltório de punho preto. — Esta aqui. — Ele disse, quase reverentemente. — Com um protetor de mão original da era Tokugawa. O punho é feito de madeira envolto em pele de raia e trançado com corda de seda.

Soohyuk escolheu uma bainha e embainhou a katana, então ofereceu a arma para mim com um leve arco. — Eu confio que você cuidará bem dela.

Comecei a alcançar a espada, até que percebi o que isso significava.

— Espere, isso não é de sua coleção pessoal? Tem certeza que quer me emprestar?

Soohyuk encolheu os ombros.

— É um presente, a menos que não seja a espada certa para você. Então eu vou pegá-la de volta e dar-lhe outra.

— Mas... é sua. — Eu disse estupidamente. — Não há uma mais prática que eu possa usar? — Perguntei a Sana.

A bela vampira balançou a cabeça.

— Receio que não, pesamos nossas armas. Você não seria capaz de usá-las. Além disso, Soohyuk não se importa.

— De fato. — Soohyuk interrompeu. — Isso me dará uma desculpa para comprar uma nova espada para substituir o ponto vazio na parede. — Ele sorriu de satisfação, quase passando por alegre, então praticamente empurrou a espada para mim. — É sua agora.

— Obrigado. — Relutantemente, peguei a espada, estremecendo quando meus dedos deixaram marcas borradas na bainha preta laqueada.

— É claro. Você vai precisar de ganchos que permitirão que você prenda a bainha às suas roupas, mas o que você veste agora é lamentável demais para sequer tentar usar. — Soohyuk olhou minhas roupas com clara condescendência.