2. O Vaso E Roupas

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Olhei com meus olhos cemirrados o caçula dos irmãos, Jungho. Eu estava com as mãos ocupadas com um cesto azulado de roupas acumuladas do garotinho. Na lista eu teria que lavar as roupas das crianças, todas elas são separadas em cestos de roupas de cores diferentes. O mais novo tinha acordado a minutos atrás, dei algo bem leve para ele comer com a ajuda da Yerin, só que ela teve que fazer seus afazeres na cozinha.

Mas eu não podia retirar meus olhos do Junghe, que estava sentadinho no tapete felpudo da sala de estar enorme e decorada. O garoto estava entretido no tablet de brinquedo que saía sons engraçados para ele, mas eu não podia deixar o garoto sozinho ali, eu havia tentado ir rapidamente na lavanderia da casa antes, só que o caçula sem minha supervisão tentou subir a escada.

Então aqui estou eu parado com um cesto de roupas observando atentamente a criança brincando inocentemente. Eu tinha que ir até a lavanderia!! Antes dele acordar eu consegui decorar alguns cantos da mansão enorme, a lavanderia ficava ao lado da sala em um corredor, eu só precisava correr até lá, colocar as roupas dentro da máquina e voltar.

Respirei fundo e como um ninja fui me distanciando devagar do menino, sem fazer barulho ainda mantendo meus olhos nele, cheguei no corredor. Entrei rapidamente no cômodo, como um raio disparado começei abrindo a maquina de lavar, peguei um produto de roupa joguei a li dentro, logo coloquei as roupas que havia no cesto.

Então fechei a máquina e liguei rápidamente.

Vi que havia terminado um cesto, estava ouvindo o barulho da máquina trabalhando, suspirei aliviado mas logo lembrei do Junghe, voltei para o local da sala e então me supreendi.

MEU DEUS! CADE A CRIANÇA?!

Entrei em desespero, procurei de baixo da mesinha que tinha ali, mas não estava, olhei os corredores não obtive sucesso, agora que estou demitido!!!

Meu coração parou quando voltei na sala de estar e vi o menino de em pé parado ao lado de uma estante com um vaso que parecia ser super valioso. O menino estava curioso, prestes a tocar na comoda, ceus se aquilo cair eu serei alguém morto.

— Ei nene! — Chamei sua atenção, com minha voz ofegante, o menino parou oque ia fazer e me encarou inocentemente. — Não toca ai! Porfavorzinho, ajuda o titio Tae.. — ouvi risadinhas do menino, parecia que ele estava se divertindo ao me ver desesperado com a situação.

Mas como o mundo me odeia, o garoto cambaleou e bateu na comoda, minha alma saiu do corpo quando o vaso valioso caiu lá de cima na direção oposta da criança.

MEU DEUS O VASO!!

Corri até o menino que começou a chorar com o susto, logo olhei para o lado e vi Yerin ofegante.

— Por Deus Taehyung, se machucaram?! — Yerin segurou Junghe no colo.

Olhei para o vaso e tentei juntar com minhas mãos, ele estava todo despedaçado e o pior eu fiz uma enorme sujeira com a cinza que havia dentro do vaso.

Tudo para mim desmoronou, não deu nem um dia de trabalho, tentei juntar os pedaços pequenos mas acabei me cortando, ardeu muito o corte. Eu estava desesperado, oque será de mim?

Ouvia o choro de Junghe, Yerin dizendo para me afastar do vaso quebrado, a palma da minha mão sangrando.

Funguei o meu nariz  senti que iria chorar naquele momento junto com o bebê.

— Solar! Me ajude aqui!! — Yerin chamou outra mulher que segurou Junghe e logo a Yerin se agachou até mim vendo minha mão. — Tae não chore, ta tudo bem foi um acidente.

Funguei deixando minhas lágrimas caírem, meu irmão estava certo eu não sou bom para isso.

— Vem, eu te ajudo a levantar, vamos fazer um curativo em sua mão, vai ficar tudo bem. — Ela me ajudou a levantar, eu me sentia tão fraco naquele momento.

Operação Baba 🍼Onde histórias criam vida. Descubra agora