Ultimato

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– Olá, Ana. Estou aqui pra conversar com você! – Jota disse com um sorriso irônico nos lábios

– Eu não tenho nada pra conversar com você! – falei fechando a porta mas ele me impediu

– Ah você tem!– falou e adentrou minha casa, sentando-se no sofá, parei de pé em frente a ele

– Se você não sair daqui agora, eu vou gritar. Sai daqui!

– Calma, não precisa ser tão mal educada. Eu só tenho um aviso pra te dar e espero que você preste muita atenção! – ele dizia com raiva no olhar

– Quem você pensa que é pra entrar na minha casa achando que manda em algo?

– Quem VOCÊ pensa que é pra se meter nos meus negócios dessa forma? O Neymar vai voltar pra Paris e você não se atreva a tentar ir com ele e muito menos o fazer ficar. Fiquei sabendo que você terminou com ele e espero que continuem assim, caso contrário, eu vou fazer da sua vida um inferno. E não tente pagar pra ver. – ele dizia tudo com a voz carregada de cinismo e eu apenas o observava

– Se o que você queria era separar a gente, pra que se deu o trabalho de vir até aqui, já que nós não temos mais nada? – perguntei cruzando os braços

– Você sabe que o Neymar ganha dinheiro por segundo só com o futebol? Mas você sabe que ele fatura na mídia tanto quanto apenas com a exposição dele e da Bruna? Não né? Você não faz ideia. Se eu perder mais um único centavo com essa história de vocês dois, pode ter certeza que eu mesmo cuido de você.

– Isso é uma ameaça?

– Isso é um aviso! Fique longe dele e não terá problemas – disse e caminhou até a porta

– Vai embora, sai daqui! Vai pra puta que te pariu seu amargurado! – gritei e estapeei as costas dele, fazendo-o dar um impulso para frente e me olhar incrédulo

Mas logo ele deu um sorriso irônico e saiu caminhando. Bati a porta com toda minha força e não pude evitar as lágrimas de rolarem, subi para o meu quarto e me joguei na cama, adormecendo em seguida de tanto chorar.

Acordei com alguém me tocando e me sentei na cama com o susto. Gabriel estava parado na minha frente e eu fiquei estática, não sabia o que fazer, eu não esperava que ele fosse mesmo aparecer.

  – É... você está bem? – ele pergunta depois de um silêncio constrangedor

  – Estou legal, e você? – era estranha essa conversa formal entre a gente

  – Estou bem... eu queria te pedir desculpas pelos últimos...

  – Você terminou o seu namoro? – interrompo ele e pergunto

  – Não

  – Então não me peça desculpas por algo que vai acontecer novamente – digo seca e ele abaixa a cabeça

  – Isso não vai mais acontecer. Eu não quero ficar brigado com você e não quero ter que escolher entre minha namorada e minha melhor amiga

  – E se você precisar escolher? Vou ser jogada para escanteio novamente? Então muito obrigada! Você não pode brincar comigo sempre que quiser.

  – Ana, me perdoa! Eu não sei o que deu em mim, mas não vai acontecer mais. Me desculpa! – ele diz se aproximando de mim

  – Tudo bem, mas se isso acontecer de novo, eu não olho mais na sua cara – digo escondendo o sorriso – E não me peça nunca mais pra olhar na cara daquela ridícula – digo e ele suspira

  – Eu vou indo, na sexta vamos jogar boliche ou algo do tipo? – ele pergunta

  – A Marcela vai?

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