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Você não tinha reunião? - Perguntei assim que ela se deitou do meu lado.

Tentei normalizar minha respiração novamente, mas ao invés disso, eu estava sorrindo feito uma idiota. É tão tolo perceber que você está tão "necessitada", que se entrega a uma pessoa que lhe deu o quê? Cinco ou dez minutos de atenção?

- Foi cancelada, pensei bater na porta, mas ela estava meio que aberta. - Se virou para me encarar. - Como se sente?

- Eu me sinto bem. - Ela sorriu.

- Não acha errado mais?

- Sempre vai ser errado Marília, mas... eu não sei, ainda estou confusa. Nunca fiz isso na minha vida.

E na primeira vez que faz, gosta. Oh Deus!

- Trair? Eu já fui pivô de uma separação por traição.

- E você quer conversar sobre isso?

- Faz um tempinho já, eu fiquei com uma mulher que dizia ser solteira e queria experimentar. Passamos a noite juntas, no outro dia ela me deixou sozinha com um bilhete. E eu me lembro de cada frase. - Suspirou. - "A noite foi ótima, você é incrível, mas eu já sou casada. Estava apenas querendo dar o troco em meu marido".

Eu ri.

- É sério. Por quê está rindo? - Ela perguntou, também dando risada.

- Porquê chega até ser engraçado. E como você sabe que foi pivô disso?

- Porquê no outro dia o marido dela veio atrás de mim e me contou tudo.

- Aí Marília! Você só se mete em enrascadas! - Me levantei.

- Em minha defesa, eu não sabia. Me senti usada. - Deu risada.

- Se você me der licença, eu preciso começar o quê iria fazer, preciso tomar banho. Estou suada.

Me levantei, pegando minha roupa que a pouco tempo separei.

Entrei no banheiro, fechando a porta atrás de mim. Sorrindo com tal ato de pecado que acabara de fazer. Só reparei agora que o box dela é inteiramente coberto por um adesivo azul com o mar e várias aves. Muito delicado.

Ao entrar embaixo da água quente, deixei meus músculos relaxarem e serem massageados pela pressão.

Por um barulho do box sendo aberto, abri meus olhos, tendo a visão de Marília nua.

- Pensei que talvez você precisasse de companhia, doutora. - Sorriu entrando na água comigo.

- Marília, se pegarem a gente aqui... sua sem juízo!

- Não tem juízo no meu dicionário. - Fechou o box. - E é só fechar o vidro que ninguém vai descobrir. - Me beijou.

Seus beijos são inebriantes e alucinadores, sua língua serpenteia a minha com vontade. Com maestria, isso foi se aprofundando cada vez mais. Marília me subiu em seu colo, prendendo-me na parede gelada.

Minha mão a abraçava pelos ombros, Sua boca que antes estava na minha, agora está beijando a pele molhada de meu pescoço. Suas mãos me seguravam firme cintura.

Uma delas, deslizou por minha coxa direitas, para depois tocar minha intimidade que estava totalmente aberta para ela. A ponta de seus dedos, iniciaram uma massagem rápida em cima de meu clitóris, fazendo-me gemer em seu ouvido. Marília mordeu meu lábio inferior, segurando-o entre os dentes para por fim em encarar.

AMANTE - malila (adaptação)Onde histórias criam vida. Descubra agora