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Rd Pov

   Quando ouvi ela dizer que tinham pegado a Lara, minha cabeça foi a mil, eu já tinha ficado puto quando percebi que ela estava chorando e as coisas só foram piorando.

   Roberto apareceu aqui sem entender nada e eu só conseguia pensar em como matar o Coca de um jeito que ele fosse sofrer, ouvia a voz do Tunin explicando a parada pro Roberto que cresceu o olho e parou em mim.

- Eu não posso ir por conta do meu trabalho, Carla se souber vai surtar. - ele falou pro Tunin.

- Eu vou. - Marco falou e olhei pra ele.

- Tu é o mais pica em tortura. - falei e ele riu.

- Cara, se eu pego esse maluco, não tem tortura certa. - falou - Descarrego o pente todo na cara dele sem dó.

- Eu vou, cês ficam aí. - Tunin falou - É minha sobrinha.

- Então agora é guerra, quem entrar no caminho vai cair. - Marco falou e o Roberto ficou um tempão me olhando.

- Tunin, tu sabe o que fazer. - falei e ele concordou enquanto eu apontava pro Marco - Organiza os caras, não gosto de meter família no meio, mas ele mexeu com a minha primeiro, então que se foda.

- Pra ontem irmão. - falou saindo dali junto com o Tunin e olhei pro Roberto.

   Ele abriu o braço e foi igual quando eu perdi o meu avô, abracei ele segurando tudo o que estava sentindo ao máximo e ele falando que eu ia conseguir trazer a Lara de volta e bem, mas era muita neurose na mente pra confiar.

- Tu sabe que é foda. - apontou pra mim e olhei pra ele - Se não fosse, não taria aqui mais, tô errado?

- Era por isso que eu não queria família. - falei fazendo ele me olhar rindo fraco - Família é sempre o primeiro e o principal alvo, mas eu fiz tudo o que não era pra fazer.

- Tu não tem controle sobre o destino não Rodrigo, e quando ele resolve agir, não tem ninguém que consiga mudar! - falou e me afastei dele - Uma hora tu ia formar família cara, de um jeito ou de outro, com ela ou não!

- Independente Roberto, se eu tivesse ficado na minha ela não taria passando por essa porra toda! - falei e ele respirou fundo - Caralho, eu me afastei dela pra essa merda não acontecer e adiantou de que, porra nenhuma!

   Marco apareceu dizendo que já tinha adiantado o assunto e o Roberto foi embora, minha mãe vai surtar quando souber, sei disso. Lara é a filha que ela não teve, faz tudo pensando nela.

   Os crias que já estavam vigiando o Coca, deu a localização de todo mundo que ele é próximo, mas só me importava uma pessoa, se ele fizesse qualquer coisa de ruim com a Lara, o filho dele ia sofrer em dobro.

- Tudo certo? - perguntei pro Marco que apontou pro portão - Tranquilo, Fael e o HL foram por trás junto com os outros.

- Tu sabe que eu não curto essa porra. - falou e concordei.

- Nem eu gosto, mas ele fez primeiro. - falei e ele olho pro portão - Tá nas mãos dele, irmão.

- Bora acabar logo com isso. - falou.

   Fiz sinal pros caras que cercaram a casa toda e passei pelo portão que já tinham aberto sem levantar suspeitas, o cara é tão "brabo" que nem segurança colocou na casa da família.

   Vi o Fael dando a volta na casa e logo me mandou um radinho dizendo que estava tudo tranquilo, Marco conseguiu abrir a porta e entramos olhando tudo em volta, de cara vi um menino dormindo no sofá todo jogado, pelo tamanho não chega a ter quatro anos.

   Apontei pra escada e ele foi junto com os outros, cheguei perto do menino mexendo no cabelo dele e depois o peguei no colo com cuidado, ouvi uns gritos e logo eles desceram com uma mulher que estava séria e uma garota que falava com ódio, mas parou quando viu o menino no meu colo.

- É o seguinte, vocês vão dar um passeio com os meus amigos, por tempo indeterminado. - falei sentindo o menino se ajeitar no meu colo - Se o Coca colaborar, ninguém sai machucado.

- Ninguém aqui conhece esse homem não. - a garota falou me olhando com raiva.

- Vai me dizer que esse aqui não é o filho dele? - perguntei mexendo na cabeça do menino - Tu acha mesmo que eu ia vir aqui sem saber das coisas?

- Não faz nada com o meu neto, por favor. - a mulher pediu ainda séria.

- Coca quem vai decidir. - falei.

Marco Pov

   Ainda estávamos vendo onde íamos deixar eles, no final acabamos levando pro Vidigal mesmo, deixamos numa casa lá no alto e com vigias ao redor dela, já tinha uma semana que estávamos com eles e o Coca com a Lara e até agora nada.

   A mulher me olhava de um jeito que eu não conseguia decifrar, o menino brincando com as coisas que eu trouxe, olhei pra garota e só faltou me fuzilar.

- Elisa, ele não tem culpa, pare de olhar desse jeito. - a mulher falou fazendo a garota rir.

- E porque estamos aqui, então? - perguntou com raiva - Nunca nem ouvi falar sobre eles!

- Teu marido que arrumou essa pica pra vocês. - falei fazendo ela me encarar com ódio - Famosa consequência.

- Não sei o que o meu filho fez. - a mulher falou me olhando - Só peço que deixem o meu neto fora de qualquer coisa que vão fazer.

- Com todo o respeito, tia, quem vai decidir alguma coisa é o teu filho. - falei e ela negou - Se tem uma coisa que ninguém aqui gosta, é meter família no meio.

- E porque nós sequestraram? - a garota me olhou.

- Teu marido que começou essa porra toda no momento em que matou o Gigante e a mulher dele. - falei e a garota me olhou assustada igual a mulher - Fora que sequestrou a filha do Rd, aí não teve jeito.

Minha CalmaOnde histórias criam vida. Descubra agora