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Rd Pov

  Olhei pro Tunin que apontava pro Marco e ri, estava numa resenha na casa de um parceiro e como sempre Marco fazendo graça, eu não aguento mais esse muleque fazendo essas palhaçadas dele.

   Vi a Lorena chegar com a amiga e fiquei só olhando, descobrimos que o Morto está ajudando um tal de Coca com informações sobre mim e a única pessoa que eu vejo por perto sempre é a filha, então eu vou botar pra fuder e começando por ela.

- Chefe, tem uma garota aqui querendo passar, tá de carro. - ouvi a voz do Marcelino e peguei o rádio - Tá falando que tá indo pra casa do pai.

- É um carro preto? - perguntei e ele fez "uhum" - Filha do Seu Gabriel, pode liberar.

- Vou fazer isso. - falou.

   Já peguei o celular pra ver se ela tinha mandado mensagem e nada, enchi meu copo até a metade de whiskey e coloquei o gelo, fiquei por ali mais um pouco até a tal de Suane sentar do meu lado.

- Tu não cansa, né? - perguntei na lata e ela me olhou - Quantas vezes eu já não te mandei o papo reto?

- A esperança é a última que morre. - falou me olhando com desejo - Sei que ainda vou conseguir o que quero.

- E o que tu quer? - perguntei dando um gole na bebida.

- Tá claro, não? - perguntou chegando mais perto e ri.

- Mas eu não posso te dar o que tu quer. - falei vendo ela fazer bico e levantei - Acho melhor tu pegar a visão rápido pra não dar ruim pro teu lado.

   Deixei ela ali e fui pra perto do Marco passando a visão de que começamos amanhã o planejado, não vou dar palco pra maluco querer crescer pra cima de mim, quando ia saindo vi o tal de Hiago chegando.

   Olhei direto pro Marco que ficou balançando a cabeça e depositories Tunin que se levantou na mesma hora, eu ia embora, mas resolvi ficar mais um pouco pra ver o que esse cara ia fazer.

   Fiz um passinho com o Marco quando chegou perto, dei mais um gole na bebida sentindo descer rasgando e coloquei a bandoleira atravessada deixando o fuzil pendurado nas costas, olhei de longe pro Santos e pro Fael.

   É foda quando tu sente que alguma parada vai acontecer e parece que os crias tudo se ligaram, o parceiro dono da resenha tirou a pistola da cintura e me olhou, quando concordei ele deu só um no ombro do garoto que estava com a Lorena e o irmão.

- Geral vazando, bora, bora! - ele falou alto.

   Todo mundo foi saindo rápido, na vez da Lorena e do Hiago, Marco parou em frente ao portão segurando a fuzil contra o peito e apontando com a cabeça pro lado, dei o último gole na bebida e olhei pra eles.

- Iam deixar o amigo pra trás porque? - perguntei me aproximando deles.

- É nosso amigo não. - o cara já foi falando - Nem conheço ele.

- E tava de papinho? - ri fazendo ele me olhar apreensivo, igual a irmã - Eu dei uma chance pra vocês, mas acabaram de perder ela.

- Rd, nunca vimos esse garoto antes. - Lorena falou gaguejando e cruzei os braços.

- Ae patrão, tá vivo ainda. - Fael falou e olhei pra ele.

- Leva pra cuidarem dele, preciso saber o que eles estavam tramando. - falei e a Lorena começou a chorar - Tu foi capaz de vir aqui me pedir ajuda e ainda teve a ousadia de querer me apunhalar, então agora tu aguenta as consequências e engole a porra do choro!

- Você precisa acreditar em mim, eu sou tua irmã! - falou meio alto.

- Nunca foi. - falei encarando ela sério.

   Fael chamou um garoto pra ajudar ele com o cara baleado e mandei levarem os irmãos pra salinha, não querem colaborar por bem, vai ser por mal!

- Santos, não deixa ninguém chegar perto da salinha! - apontei pra ele que balançou a cabeça - Vigia eles que eu já tô chegando.

- Pra já. - falou indo atrás dos caras que levaram eles.

- Tunin, tu já sabe o que fazer. - falei e ele riu - Marco, quero tu na atividade com qualquer movimento suspeito.

- Vou ativar o modo sério. - falou me olhando e concordei.

- Quero todo mundo prestando atenção em cada um nesse morro, em cada parada fora de ordem. - avisei e quem estava perto concordou.

- Patrão, tu acha que a Lorena pode estar passando as informações. - um dos meus seguranças falou- Mas e a mina que tu leva pra casa, ela tá sumida tem um tempão já.

- Ela não sabe nem que eu mando nisso aqui. - falei fazendo eles me olharem - E a vida dela não é por aqui, então não foi e nem é ela.

- Se tu confia, não duvidamos. - falou.

   Acho que se a Liz desconfiar sobre eu ser dono daqui, ela da RL no que estamos começando a ter na hora! Gosto nem de ficar pensando nisso, ela foi a única coisa boa que aconteceu comigo em anos.

   Quando subi na moto do Marco, ela me ligou, desliguei a primeira, a segunda e a terceira, na quarta eu atendi e ficou um silêncio que eu estava quase desligando.

- Por que não me atendeu? - perguntou e desci da moto ouvindo o berros da Lorena.

- Tô resolvendo uma parada, te ligo já. - falei e ela respirou fundo.

- Eu vou embora em uma hora, queria aproveitar um pouco com você. - ela falou triste - Mas deixa pra próxima.

- A parada vai ser jogo rápido, eu vou aí e vamos lá pro teu apartamento, pode ser? - perguntei ouvindo a respiração dela - Tu vai voltar pra lá quando?

- Amanhã cedo, vim para um evento hoje. - respondeu e olhei pra porta da salinha.

- Eu tô indo pro lugar de sempre. - falei - Te encontro lá em dez minutos.

   Desliguei e olhei pro Tunin que ria, ele pareceu até entender, Marco parou do lado do Santos e dei minha fuzil pro Marco antes de subir na garupa do Tunin, quando passamos pela principal ela passou do nosso lado igual bicho.

- Valeu aí. - falei pro Tunin que fez sinal de vigia.

   Olhei pros lados e entrei no carro vendo a cara de bolada dela, segurava o volante com uma mão enquanto a outra estava apoiada na janela segurando a cabeça, fiz sinal pra ela ir e ficou uns minutos me olhando.

- Eu não sei quando vou voltar. - foi direta - Meu pai vai viajar comigo, semana que vem tenho um desfile.

- Tu vai se sair bem igual no outro. - falei pegando a mão dela - Fica bolada não, eu tô com um negócio urgente pra resolver.

- Está tudo bem Rodrigo. - falou e olhei pra ela fazendo carinho em sua mão - Temos até a hora de eu me arrumar pro evento.

- Deixa que eu vou dirigindo. - falei e ela nem protestou, trocou de lugar rápido comigo - Como a sua mãe tá?

- Tranquila. - respondeu.

Minha CalmaOnde histórias criam vida. Descubra agora