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Liz Pov

   Sentei na cadeira que o Marco colocou perto de mim e fiquei olhando para as pessoas que estavam aqui também, as garotas a maioria se exibindo e dando em cima dos homens.

   Rodrigo ficava conversando com o cara que estava na nossa viagem também e as vezes uma menina se aproximava dele falando algo no ouvido, peguei meu celular vendo algumas mensagens da minha mãe e neguei.

- Aquela ali é a Lorena, irmã dele. - Tunin falou no meu ouvido.

- Não entendi. - virei o rosto olhando pra ele que riu.

- Eu sei do namoro de vocês. - falou e senti meu rosto queimar - Só eu sei, fica tranquila que tá tudo no sigilo.

   Olhei pro Rodrigo de novo vendo que além da irmã dele tinha outra menina que ficava passando a mão no braço dele e me assustei quando ele olhou pra ela sério mostrando a aliança e falando alguma coisa.

- Você sabia que ele estava namorando e não me contou? - ouvi a voz da Mari e ela olhava pro Tunin que fez cara de surpreso.

- Tô sabendo agora também. - colocou a mão na boca assustado - Esse filho da tia Carla nem me contou!

   Eu não consegui segurar a risada com o teatro dele, acabou que ficou os dois fazendo fofoca. Olhei pro Rodrigo de novo e ele estava vindo na nossa direção, sorri pra ele que abaixou a cabeça rindo e fez toque com o amigo.

- Boa tarde. - falou apertando a mão da Mari e me olhou pegando a minha mão dando um beijo nela - Tudo bem?

- Nem pra me contar, quase apanho aqui. - Tunin piscou pra ele que riu.

- O que ninguém sabe, ninguém estraga. - falou puxando uma cadeira e sentou - Lorena falou que vai dormir lá no Marco, acho que ele virou meu cunhado.

- Tu ainda acha? - o outro perguntou.

- Mas você não gostou do seu melhor amigo se relacionar com a sua irmã? - perguntei e ele me olhou.

- Eles são adultos e livres. - falou sorrindo - Fico até feliz, assim eles me perturbam menos.

- Quem? - Marco apareceu atrás dele - Já estão de fofoca e não me chamaram?

- Você é a fofoca. - Mari falou e ele colocou a mão no peito indignado.

- Caralho em, vocês são foda. - falou sentando do nosso lado - Eu tô calminho ainda.

   Fiquei ali só mais alguns minutos e voltei pra casa do meu pai vendo ele e a Paola sentados no sofá conversando, eles tinham voltado depois de tanto ela se humilhar, porque pra mim foi isso que ela fez, meu pai aceitou por não querer ficar sozinho, não gostei, mas a vida é dele então devo apenas apoiar.

- Pai, eu bem tenho uma coisa pra te contar. - falei me referindo ao meu namoro - Lembra que eu te falei sobre um cara que eu estava ficando?

- O que tem? - se virou pra mim e sentei no braço do sofá mostrando minha mão com a aliança - Ele te pediu em namoro?

- E eu aceitei. - falei feliz - Pai, eu nunca estive tão feliz e realizada tanto no pessoal e no profissional como agora.

- Quem é ele? - perguntou preocupado - Quero a ficha dele pra saber se ele é uma boa pessoa.

- Eu estou feliz com ele e é isso que importa. - falei me levantando - Agora eu vou tomar um banho que tenho uma festa daqui a pouco.

   Tomei um banho calmo e comecei a me arrumar, primeira coisa que fiz foi a maquiagem, depois o cabelo onde fiz alguns babyliss para deixar ele um pouco mais cheio e então coloquei a roupa que tinha separado.

   Me olhei no espelho dando os últimos retoques e peguei minha bolsa conferindo o que tinha dentro. Mandei mensagem pro Rodrigo falando sobre a festa e perguntando se poderíamos nos encontrar depois.

   Sai de casa e fui pra casa da Dona Carla, acenei pra ela e entrei no meu carro saindo da garagem.

   Fui o caminho todo pensando nas coisas que eu estava querendo pra vida, tinha aceitado a proposta da Clarisse, seria um grande passo na minha vida e carreira.

   Cheguei na festa de lançamento da primeira revista da nossa agência e parei um pouco para falar com alguns repórteres, tirei foto com algumas pessoas e entrei procurando a Ayla que estava no canto discutindo com o Derek.

- Oi, está tudo bem? - perguntei e eles me olharam.

- Eu só quero poder matar ele e não sofrer consequência. - falou fazendo ele rir e acabei rindo junto - Não aguento mais esse cara Liz, faz ele ficar longe.

- Ela e a minha mãe se desentenderam. - Derek falou e peguei a mão dela - Está assim porque falei que elas são cabeças duras.

- Eu sou a pessoa mais tranquila que você já conheceu. - falou apontando para ele e neguei.

- Vamos pegar uma bebida, venha. - pedi e ela veio xingando enquanto ele vinha atrás rindo - Vocês dois são demais.

- Porque não trouxe o seu namorado? - perguntou e dei de ombros.

- Ele não é uma pessoa pública, não sei se sentiria bem aqui. - respondi.

   Cheguei em casa mortinha, peguei meu celular vendo algumas mensagens do meu pai perguntando se eu estava bem, que não era pra eu ir pra lá e liguei a Tv para fazer algum barulho enquanto eu tirava a maquiagem.

- Já são mais de três horas de intenso tiroteio entre fações rivais, muitos moradores tem nos mandados vídeos, áudios e mensagem falando sobre a situação no Vidigal. - a repórter falou e olhei pra tv preocupada - Ainda não sabemos se há mortos ou feridos, policiais chegaram ao local logo nas primeiras ocorrências e ainda não temos notícias.

   Tentei ligar pro meu pai e ele só atendeu na última tentativa, o barulho dos tiros era ensurdecedor, me falou que estava bem, que na hora que começou estava na casa da Carla e estão todos seguros, quis perguntar se o Rodrigo estava bem, mas me contive.

   Mandei mensagens pro Rodrigo perguntando se ele estava bem, se ele estava seguro, pedi pra ele me mandar mensagem assim que possível e fiquei o resto da noite ali preocupada, vendo as notícias.

   Já tinha amanhecido quando anunciaram que o tiroteio tinha se encerrado, tinha muitos mortos, feridos e até presos. Liguei pro meu pai de novo e no fundo consegui ouvir o Rodrigo dizendo que estava tudo bem, consegui respirar aliviada só em ouvir a voz dele.

Minha CalmaOnde histórias criam vida. Descubra agora