Elephant Love Medley

No One Is Alone

Tava demorando pra eu dar um jeito de colocar alguma do meu compositor favorito aqui. Essa é de Into the Woods.

Boa leitura!

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Sometimes people leave you

Halfway through the wood.

Others may deceive you.

You decide what's good.

You decide alone,

But no one is alone.

Às vezes as pessoas te deixam

no meio da floresta.

Outros podem enganá-lo.

Você decide o que é bom.

Você decide sozinho,

Mas ninguém está sozinho.

O ensaio corria bem, considerando as circunstâncias. Metade do elenco estava claramente de ressaca e a outra metade conseguia disfarçar bem. Ninguém pareceu perceber o atraso de Gabriela, que esqueceu de colocar o despertador antes de apagar no quarto de hóspedes do apartamento de Gattaz.

Sheilla não sabia dizer se sua dor de cabeça era causada pelos colegas de trabalho ou pela noite em claro cuidando de Thaísa.

Thaísa era escandalosa. Ela falava alto demais em alguns momentos, mas Sheilla gostava disso na amiga, na maioria das vezes. Ela era genuína, não ficava se moldando da maneira que as pessoas queriam que ela fosse. Mas a atriz a odiou um pouquinho naquela madrugada. E tinha certeza que seus vizinhos a odiaram muito, porque não existia nenhuma maneira de eles não terem ouvido a mulher vomitar quatro vezes no banheiro de hóspedes.

Nas outras duas vezes ela não conseguiu chegar no banheiro.

Sheilla não entendia como algumas pessoas podiam ser tão escandalosas para vomitar, mas Thaisa era. Ela se levantou três vezes durante a noite para checar a amiga, já que aquele som era algo parecido com o que ela imaginava ser a morte. Mas tudo que encontrava era uma Thaísa abraçada com a privada, gesticulando para que ela saísse.

Depois da discussão com Gabriela no bar e a noite perturbadora que teve, ela preferiu relevar os erros de seus colegas no ensaio. Ela mesma não estava em seu melhor momento, e não fazia sentido cobrar alguma coisa de um grupo de atores se arrastando no palco por conta da ressaca.

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Caos. Era tudo que os olhos de Gabriela conseguiam ver enquanto vagavam pela sala. As roupas espalhadas pelo sofá e tapete, bolsas abertas com sapatos transbordando, caixas de comida japonesa sobre a mesa do centro... tudo indicava que um furacão tinha passado pela casa enquanto Gabriela esteve fora. E, mesmo assim, o lugar nunca se pareceu tanto com a casa que costumava ser para ela.

A cantora desviava das sacolas e das caixas de instrumentos, se perguntando em que lugar ela colocaria todas aquelas coisas. "O corredor não é um lugar tão ruim para dormir", pensou.

Existiam duas possibilidades para tudo aquilo. "Meu apartamento foi permanentemente ocupado por adolescentes incrivelmente desorganizados ou meu apartamento foi permanentemente ocupado por três mulheres adultas incrivelmente desorganizadas", ela pensou enquanto caminhava no pequeno espaço da sala, em direção ao quarto.

Então ali estava a resposta. Jogadas sobre a sua cama, Carol e Natália dormiam tranquilamente. Natália ocupava o centro da cama enquanto a baterista desafiava as leis da gravidade com o corpo posicionado em um mínimo espaço no canto esquerdo. Dividir uma cama com Natália era horrível. Gabriela já acordou algumas vezes no chão por conta disso.