CAP 04

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- Seu quarto é esse aí? - pergunto surpresa.

- Até onde eu sei sim, por quê? - indaga.

- Hum, por nada, achei muita coincidência só - solto um risinho.

- Coincidência nada, isso deve ser coisa do Scooby aquele safado - fala rindo.

- Sem dúvidas - falo também rindo - ele não tem jeito sério. Ei, recebi uma mensagem do meu irmão dizendo que tinha saído com os meninos, achei que você estava incluso - o questiono.

- Ah, não fiquei afim de ir, acabei subindo - deu os ombros - Ainda olhando pra ele tomei coragem e falo.

- Entra aqui no quarto, eu preciso muito deitar, minhas costas estão doendo, ai entrego sua blusa - falo de forma dengosa.

Ele parece surpreso com a minha fala, mas não me responde com palavras, vira fecha a porta do seu quarto e se aproxima de mim, me viro abro a porta do meu quarto entro e dou espaço pra ele passar. Passando por mim ele se aproxima da minha cama e senta na beirada.

- Seu quarto está até arrumado, quem diria em - diz tirando sarro de mim.

- Coé Pá, eu sou super organizada, aposto que o seu quarto está uma bagunça.

- Tá me tirando né Jade?

- O QUE? Tá me tirando você, quem era que perdia tudo lá no programa? porquê as coisas estavam uma bagunça que só? - levanto uma sobrancelha olhando pra ele com deboche.

- É diferente pow - tenta se defender.

- Vai se ferrar Pá, não é diferente nada.

Eu estava amando aquele clima que criamos, parecia que tínhamos voltado aos velhos tempos de implicância, sem ressentimentos e mágoas. Como eu amei passar aqueles meses na casa, foi a melhor experiência da minha vida, principalmente por que me trouxe o Pedro e o Paulo André.

Tiro a camisa e jogo pra ele que pega no ar, caminho até a cama e me deito, solto um suspiro aliviado, meu corpo precisava urgentemente de uma cama, sinto olhar dele em mim e o encaro.

- Obrigada pela camisa, me ajudou bastante - suspiro e bato a mão do meu lado, onde está vazio - deita aqui como nos velhos tempos, vamos descansar juntos.

Vejo que mais uma vez ele ficou surpreso com a minha fala, porém não nega, tira os chinelos, se encaminha para o meu lado e deita, não nos encostamos, olho para teto, fico receosa de puxar assunto, suspiro, fecho os olhos e ouço ele falar.

- Por que você está tão bloqueada assim Jade? - Pergunta curioso.

Abro olhos e viro meu rosto de encontro a ele, que me observa e ainda o encarando respondo.

- Eu não sei, estava com medo de te encontrar, com medo da sua reação, com medo dos meus sentimos, com medo de você está me odiando e eu ainda não tenho minhas respostas - Digo sincera.

- Ah Deja, eu não tenho raiva de você, é um sentimento muito forte, talvez mágoa, mas não raiva, raiva nunca - ele fiz com firmeza.

Continuamos se olhando, olho a olho, sem desviar, viramos de lado, ele levanta uma das mãos e leva até a minha bochecha fazendo um carinho, sorriso de forma leve e acaricio sua mão, a mesma que faz carinho em mim. Sinto ele se aproximando, meu coração dispara, dou uma leve mordida nos lábios.

- Paulo - sussurro.

- Jade - ele responde também sussurrando.

Fecho os olhos e sinto sua boca tocando a minha, a partir dali eu não penso mais em nada, me entrego aquele beijo tão aguardado, suspiro, mordo seu lábio inferior e puxo, sorrio, ele deita por cima de mim se encaixando entre minhas pernas e volta a me beijar agora de forma mais intensa.

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