CAP 07

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Pá avança pra cima dele e eu levanto gritando.

- Não, por favor Paulo, por favor só me tira daqui, por favor - falo chorando.

Ouvir minha voz faz ele parar e me encarar, ele suspira e se aproxima de mim, me abraça pelos ombros e volta seu olhar para o Eli.

- Você está fudido cara, não pense que acabou aqui - enquanto diz vai me levando para fora daquele lugar.

Passamos pela recepcionista e o Paulo pega seu celular e antes de saímos pela porta me lembro dos fãs.

- Droga, a entrada deve está cheia de fãs Pá, não quero passar por lá - minha voz era baixa.

Vejo que ele não sabe o que fazer, um dos seguranças que estavam perto da porta se pronuncia.

- Têm a Saída de trás, se vocês dois quiserem posso acompanhar até lá, mas seria bom já ter um carro esperando vocês.

- Droga, nós viemos com o pessoal de van - Paulo lembra - algum convidado do Pedro deve ter vindo de carro, vou lá falar com ele - ele faz menção de me largar.

- NÃO, por favor não me larga, não me deixa aqui - falo desesperada agarrando a blusa dele. Ele me abraça mais forte e me beija da cabeça.

- Calma, calma eu não vou te deixar - susurra me acalmando.

- Olha, deixa eu vê se não tem algum taxi aqui fora, geralmente sempre tem uns - o segurança diz saindo. Esperamos por alguns minutos quando ele volta acenando positivamente.

- Pronto falei com ele pra esperar alguns minutos e depois seguir para a entrada escondida, vamos que vou acompanhar vocês até lá.

Vamos seguindo o segurança, na verdade Pá que me guia pelo caminho pois eu estou com a cara enterrada no seu peito, não demoramos muito e chegamos no local, o segurança abre a porta primeiro e sai, segundos depois volta e avisa que o carro já estava lá, saímos abraçados, eu ainda com o rosto grudado nele, o segurança abre a porta do carro e Paulo me coloca dentro, ouço ele agradecendo ao segurança, entra no carro fecha a porta e anuncia ao motorista nosso hotel, outra vez me abraça pelo ombros e eu deito a cabeça nele, fecho os olhos e sinto uma vontade enorme de chorar, aquilo nunca tinha acontecido comigo, não me seguro e começo a chorar nos braços dele.

- Não, não chora Jade, nao chora - ele me acalma. Suas mãos passam pelos meu braços, fazem carinho na minha cabeça.

- Obrigada por está lá - agradeço.

- Você não tem que agradecer, aquilo nunca deveria acontecer com mulher alguma e sempre vou está lá marrentinha, se você permitir.
Levanto a cabeça e olho dentro dos seus olhos, sorrio em meio ao choro, me aproximo de sua boca e lhe dou vários selinhos seguidos. Ouvimos a voz do motorista avisando que tínhamos chegado ao destino, Paulo faz o pagamento e descemos do carro, entramos no hotel e seguimos direto para os quartos, paro em frente ao meu.

- Vou para o meu quarto me trocar e já já volto.

- tá bom - abro a porta do quarto e ofereço o cartão para ele - toma, pra quando você voltar.

Ele pega o cartão da minha mão e segue em direção ao quarto dele, entro no meu, fecho a porta e caminho até a cama, tiro as coisas de cima dela e organizo tudo rapidamente, abro minha mala escolho um pijama, sento na cama tirando minhas botas, depois tiro todos os acessórios e por último minha roupa, sigo para o banheiro ligo a ducha, arrumo meu cabelo em um coque e entro debaixo da água.

Fecho os olhos e deixo a água levar tudo de ruim que eu estava sentindo, principalmente minhas lágrimas, nunca imaginei passar por uma situação dessa, nunca me senti tão indefesa diante de um homem, só de lembrar meu estômago revira e sinto minha boca amarga, chega, não quero mais pensar nisso, não hoje, lavo meu rosto, passo o sabonete pelo meu corpo, tomo um banho rápido e saio, me enxugo, volto para quarto e coloco meu pijama, ouço a porta do quarto abrir e a voz do Pá invade o ambiente.

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