V - Che cosa siete armare?

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POV Cheryl 

Depois que sai da casa de Emma fui dar uma volta. Precisava esfriar a cabeça antes de voltar para casa. Queria evitar uma discussão desnecessária com Barbara e evitar magoar minhas filhas e o garotinho que Emma havia levado para lá. Quando estacionei a moto ao lado do carro de Barbara, eu suspirei. As palavras que eu havia dito a Emma antes de sair de sua casa ainda passavam pela minha cabeça. Não sabia se havia pegado pesado ou não, mas Emma precisava enxergar seus erros. Não vou admitir que minhas filhas sofram por saudades dela. Coloquei o capacete sobre o banco e me direcionei a entrada.

– Cheguei. – anunciei assim que pisei na sala de TV. Minhas filhas estavam encolhidinhas no sofá em forma de L. Keana estava sentada na outra parte com o pequeno em seus braços.

– Demorou. – levantou-se com cuidado e colocou o garotinho sobre o estofado. Caminhou até mim e beijou minha bochecha. – Discutiram né?! – suspirei antes de assentir. Keana conhecia todas as minhas expressões e lia minha alma através dos meus olhos. – Por quê? O que ela disse? O que você disse? – questionou pegando minha mão e me levando até a sala de jantar. Sentou-se de frente para mim e sorriu acariciando meu rosto.

– Não sei se exagerei, mas queria que ela sentisse o peso das minhas palavras. – disse e Keana assentiu.

– E o que disse? – tirou uma mecha do meu cabelo do meu rosto e sorriu.

– Disse que ela estava se desfazendo das meninas como se desfez de mim. – confessei antes de abaixar a cabeça e suspirar. Keana não disse nada. Apenas se levantou e caminhou até a mesa de bebidas. Serviu uma taça de vinho e uma dose dupla de uísque. – Obrigada! – sorri e Keana assentiu. – Exagerei? – questionei preocupada. Keana encostou-se na mesa e sorriu.

– Talvez, mas acredito que Emma precisava tomar um susto desses para colocar a cabeça no lugar e perceber o que está fazendo. – sorriu e eu me senti aliviada. – Mas... – olhei para ela sentindo o peso da culpa. – Emma vai se derramar em lágrimas e é bem provável que você tenha destruído o evento dela, está certa disso né?! – arregalei os olhos e me levantei. – Opa! Relaxa. – colocou as mãos nos meus ombros e me forçou a sentar novamente. – Já é tarde demais para pensar nisso. Agora é deixar as coisas rolarem para ver o que vai acontecer. – assenti me sentido culpada por ter brigado com ela em uma noite tão importante para ela. – Certo! Hora de você relaxar. – assenti virando o restante da bebida. – Mas antes de qualquer coisa. – olhei em seus olhos. – Vá até a sala e converse com as suas filhas. Elas ficaram meio chateadas por você e Verônica discutirem sobre a mãe delas. – bati a mão na testa me sentindo ainda mais culpada do que já estava. Eu não havia pensando nas meninas quando discuti com Barbara.

– Merda! Elas devem estar assustadas. – murmurei e Keana assentiu. – Vou lá falar com elas. – sorri e Keana massageou meus ombros. – E o menino? Como ele está? – olhei em direção a sala de TV. Keana sorriu e beijou minha bochecha.

– Não se preocupe com ele. Henry é um menino muito bonzinho e não se incomodou com a discussão. Pelo contrário, ele acalmou as meninas e as convenceu a assistir o filme. – sorri orgulhosa do menininho.

– Qual o nome dele mesmo? – cocei a cabeça fazendo Keana rir.

– Henry. Henry Topaz Fogarty. – sorriu e eu assenti. – Babs até tentou falar sobre a banda do pai dele, mas o menininho estava tão preocupado em cuidar das meninas que praticamente ignorou Barbara. – gargalhei imaginando a cena. Um moleque de aproximadamente cinco anos ignorando Barbara Palvin. Deve ter sido hilário. – Vai lá falar com as suas crias. – assenti e fui guiada pela minha assistente até onde minhas filhas estavam. – Vou deixá-las a sós. Vou levar o Henry para o quarto de hóspedes. Cuidado ai. – sussurrou no meu ouvido. Assenti e me sentei no chão de frente para as meninas. Notei Keana ir até onde Henry estava e o pegá-lo com cuidado nos braços. – Boa noite, meninas. – desejou sorrindo para as minhas filhas.

L'AMORE IMPROBABILEOnde histórias criam vida. Descubra agora