XX - Calma nelle discussioni

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POV Cheryl 

Entrei no carro pensando no abraço de Toni. Era tão gostoso abraçá-la que eu senti vontade de nunca soltá-la. Ela era tão pequena que eu poderia pegá-la no colo como um bebê e niná-la até a eternidade, pois nunca me cansaria. Escutei Keana se mexendo no banco e direcionei meu olhar para ela livrando por alguns minutos o sorriso de Toni da minha cabeça.

– O que foi? Tudo bem? – Keana desgrudou os olhos do caminho e me encarou. – O que? – ela tinha um olhar intenso sobre mim.

– Toni não gostou de me ver perto de você. – abri os olhos surpresa. Alternei meu olhar entre a rua e Keana.

– Como assim? Do que está falando, Kea? – Keana bufou e encostou a cabeça no vidro da janela.

– Ela não gostou de me ver ao seu lado. Ela ficou me fuzilando com os olhos todas as vezes que eu me aproximava de você, Cheryl. Ela duelou comigo. – arregalei os olhos e freei bem em cima da faixa de pedestre. – Porra! Presta atenção. – Keana me fuzilava.

– D-desculpa. C-omo é? Que história é essa de duelo? Não estou entendendo, Kea. – eu estava complemente confusa. Queria a todo custo me situar. Keana revirou os olhos e voltou a se encostar no banco repousando a cabeça no vidro da janela.

– É isso que ouviu. Toni tem ciúme de você comigo. – me engasguei com a saliva depois daquela frase. Custei a me recompor. Keana nem ao menos se importou com o meu pequeno momento de desespero para conseguir respirar. – Nem adianta dizer que está chocada que eu não acredito. Está estampado na sua testa que você adorou saber disso. – desviei o olhar para o sinal a minha frente. Eu estava tentando conter o sorriso, mas estava difícil. Toni sente ciúme de mim. Ela sente ciúme de mim. O quanto isso é incrível? – Não se anime muito, pois Toni Topaz ainda é casada com Fangs. – senti como se um balde de gelo tivesse sido jogado contra meu rosto. Ela tinha que estragar né?! Tinha que acabar com a minha felicidade.

– Você... – olhei para ela engatando a marcha. Keana alçou uma sobrancelha me desafiando a falar o que eu estava pensando. Trinquei a mandíbula quando ela cruzou os braços abaixo dos seios e me fuzilou com os olhos. Eu havia perdido o duelo. Melhor não rebater. Os argumentos vão estragar minha felicidade de saber que Toni sentia ciúme de mim. Abri um pequeno sorriso e acelerei esquecendo as palavras de Keana e me deixando pensar apenas no abraço e cheiro de Toni.

Virei algumas esquinas e enquanto eu pensava em Toni, não escutava os fungados de Keana. Quando estava a quatro quadras de casa, escutei o soluço alto de Keana tomar conta do carro e invadir meus pensamentos. Parei no acostamento e me virei para a morena que chorava copiosamente. Franzi o cenho e a puxei para um abraço.

Pshhh! Eu estou aqui. Eu não vou te deixar. – Keana agarrou meus braços com força e chorou feito um bebê. Alguns minutos depois, Keana se afastou e limpou as lágrimas. – Está melhor? – acariciei seus cabelos abrindo um sorriso para ela. Keana fungou e assentiu. – O que aconteceu? – puxei o freio de mão e me virei ficando de frente para ela. Keana passou as mãos no rosto e jogou os cabelos para trás.

– E-eu... – ela engoliu a saliva que se acumulou antes de continuar. – Eu me lembrei d-do Jughead. – assenti acariciando seus cabelos. Peguei sua mão e entrelacei nossos dedos. – A Babs l-ligou falando d-dele, não foi? – fiquei surpresa com a pergunta, mas não escondi a resposta. Suspirei antes de assentir. Ela balançou a cabeça e desviou o olhar.

– Kea... – apertei sua mão tentando confortá-la. Keana tentou sorrir, mas não conseguiu.

– E-ele veio m-me desestabilizar, C-Cheryl . Eu t-tenho certeza. – assenti puxando-a para um abraço. – Eu n-não o q-quero lá em c-casa. – ela murmurou contra meu peito. Beijei o topo de sua cabeça e assenti.

L'AMORE IMPROBABILEOnde histórias criam vida. Descubra agora