LXIII - II nostro primo incontro

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POV Toni 

– Filho, vamos? Seu pai está nos esperando lá embaixo. – chamei Henry pela terceira vez em menos de cinco minutos. – Henry, eu não vou falar de novo. Anda logo, filho. – chamei já começando a perder a paciência.

– Pronto! Eu estava pegando meu kit de pintura. – olhei para suas mãos lotadas de coisas. Abri um sorriso e assenti com a cabeça.

– Tudo bem, meu amor, mas você demorou. Você sabe que quando eu chamo uma vez é para vim. – Henry abaixou a cabeça envergonhado e assentiu. – Não faça mais isso, por favor. Depois fico sendo chata sem querer. – Henry me olhou com um sorriso travesso. Cerrei os olhos em sua direção desconfiando daquele sorrisinho.

– A senhora não é chata, mama. – me derreti por inteira. Aproximei-me dele agarrando-o e enchendo seu rosto de beijos molhados.

– Mama te ama, filho. Ama muito. – beijei seu nariz e me ergui novamente.

– Eu também te amo, mama. – ele disse ajeitando sua mochila nas costas e a maleta de pintura na mão direita.

– Ama é? – perguntei manhosa indo pegar minha bolsa sobre o sofá. Ele sorriu agitado e começou a falar.

– Amo. Amo muito, tipo muito mesmo. Amo assim ó. – Henry abriu os bracinhos o máximo que pode me mostrando ali o quanto ele me amava. Sorrindo feito uma abestada, me abaixei a sua altura e beijei sua testa.

– Eu também te amo muitão assim ó. – abri meus braços exemplificando o tamanho do meu amor. – Mas agora nós temos que ir. Você vai com o seu pai para aula hoje e depois Fred vai buscá-lo e levá-lo para a aula de piano, tudo bem? – Henry abaixou a cabeça parecendo estar chateado e eu já imaginava o porque. – Filho, eu já conversei com você sobre as aulas de piano. Cheryl por agora não pode lhe ensinar, mas assim que ela puder, ela vai te ensinar. Já combinei com ela. – expliquei com toda paciência do mundo.

Desde que Cheryl prometeu a ele que iria ensiná-lo a tocar piano, Henry passou a fazer birra quando tinha que ir para as aulas com sua professora. Ele dizia que Cheryl era sua professora e que não precisava mais ir as aulas de piano com Mikaela, sua professora, pois Cheryl iria ensiná-lo. Cansei de conversar com ele sobre a fotógrafa estar atarefada com a exposição e que por enquanto ele teria que ter aulas com Mikaela. Mas Henry insistia em dizer que não precisava e ia forçado para a aula.

Claro que eu ficava chateada por estar "obrigando" meu filho a fazer uma coisa que ele não queria, mas ele precisava se distrair enquanto eu trabalhava. Fangs não podia ficar com ele a tarde toda, ainda mais agora que ele estava gravando seu álbum solo. Eu tinha uma agenda cheia que se ousasse desmarcar, correria perigo de vida. Betty não podia cuidar dele cem por cento do tempo por causa do bistrô. Vee tinha ensaios. Eu não tinha com quem deixá-lo, e pra mim e Fangs, era melhor Henry fazer as aulas de piano e outras coisas que o colocamos para fazer do que contratar uma babá para ficar presa com ele dentro de casa.

– Eu posso ir para casa da Cherr hoje e ficar por lá até a senhora sair do trabalho. Eu posso falar com ela se a senhora ligar para ela. Por favor, mama. Eu estou com saudade da Cherr e ela... ela... – ele começou a ficar afobado e ansioso. Sempre que ele ficava assim, suas bochechas ficavam vermelhas, ele perdia o folego e suava.

Essa reação dele em querer ver Cheryl me deixava feliz, mas ao mesmo tempo, preocupada. Preocupada porque Henry adorava imensamente Cheryl e a via como uma "deusa". Preocupada em como será sua reação quando Cheryl e eu contarmos a ele que estamos nos envolvendo. Não queria que meu filho a odiasse e ela com certeza também não queria. Teríamos que fazer tudo com calma para não assustá-lo.

– Henry, acalme-se! Você está ficando ansioso e sabe o que acontece quando fica assim. Acalme-se, por favor. Mama não quer vê-lo com falta de ar. – pedi preocupada. Henry assentiu e voltou a respirar lentamente.

L'AMORE IMPROBABILEOnde histórias criam vida. Descubra agora