XXII - Como vincere?

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POV  Cheryl 

– Quem é você e o que faz no carro da Cheryl ? – Toni disse extremamente irritada. Arregalei os olhos e comecei a imaginar o porquê daquela irritabilidade. Será que foi Jughead que causou isso nela? Mas por quê? Por que ela ficaria tão irritada com Jug dentro do meu carro? Será que ela está com ciúme?

Fitei Jug que tinha uma expressão um tanto horrorizada. Ele encarava Toni como se a qualquer momento a modelo fosse pular em seu pescoço e degolá-lo. Já Toni se encontrava em estado de espanto. Eu jurava que ela não havia tomado consciência do que tinha dito até dois segundos atrás. Eu abri um sorriso de canto. Parte de mim estava assustada e confusa em relação à atitude de Toni. Outra parte de mim estava alegre por presenciar Toni Topaz com ciúme de mim com o meu melhor amigo. Estava sendo inédita aquela cena. Toni estava envergonhada e tentava a todo custo não me encarar, mas também não parava de fuzilar Jughead que parecia um pinto molhado. Estava completamente encolhido dentro do carro. Acho que é hora de salvá-lo. Pigarreei atraindo a atenção de quem eu queria um beij... Ok! Você está indo longe demais pensamentos.

– Err... Toni? – a morena limpou a garganta e me encarou ainda envergonhada. – Esse é o... – olhei para dentro do carro e vi Jughead franzi as sobrancelhas e negar com a cabeça. Sorri de canto vendo a cara de medo dele. Mas é um frouxo mesmo. Não sei como manteve uma relação tão duradoura com Lucy. – Esse é o Jug, meu melhor amigo. Jug, essa é a Toni, minha modelo. – apresentei os dois e vi um certo alivio nos olhos de Toni. – Posso? – perguntei para Toni pedindo discretamente que ela se afastasse para que eu pudesse abrir a porta para Jug sair.

– Oh! Claro. – Toni deu alguns passos para o lado me permitindo abrir a porta. Jug me fuzilou com os olhos antes de adotar um sorriso mais falso que a amizade de Veronica e Emma. – Prazer, Jughead. – Toni estendeu a mão para o meu amigo assim que ele saltou para fora do carro. Jug ajeitou a gravata frouxa e coçou os fiapos de barba que ainda abrigavam seu maxilar.

– O prazer é meu, Sra Fogarty. – arregalei os olhos e bati a mão na testa. Jug me olhou confuso e rapidamente voltou a fitar Toni. A modelo tinha um sorriso sem graça estampado nos lábios. – Disse algo errado? Cheryl me pareceu meio incomodada e a Sra está desconfortável. – ele se afastou dando liberdade para que eu me aproximasse.

– É que... – Toni levantou a mão me pedindo para parar. Assenti e coloquei as mãos nos bolsos da jaqueta.

– Não é que disse algo errado, Jughead. – meu amigo suspirou aliviado. Ele odiava deixar mulheres desconfortáveis. – É que eu não gosto muito que me chamem de senhora e eu não estou muito acostumada a ser chamada de Sra. Fogarty. – Jug abriu os olhos surpreso com a revelação. Ele me encarou e eu sorri sem jeito.

– Oh... eu sinto muito, senhorita. Perdão! Eu não sabia. Eu realmente não sabia. Peço mil desculpas pela indelicadeza e falta de jeito. É que eu nunca estive tão proxim... – interrompi aquele monologo irritante.

– Ok! Já chega. Vá gastar sua formalidade com a Emma quando chegarmos a casa dela. Toni tem uma agenda cheia e você não vai incomodá-la com esse monologo irritante. – Jug revirou os olhos e estapeou minha testa. Cerrei os pulsos e o fulminei.

– Tudo bem, Cheryl. Ele é simpático. – revirei os olhos e soltei o ar com força. Toni sorriu tímida e fitou Jug que me olhou com certa malicia. – Foi um prazer, senhor... – ela esperou que Jug completasse seu nome. O rapaz ajeitou a gola da camisa social e se certificou que suas abotoaduras estavam no lugar.

– Jones. Jughead Jones, ao seu dispor. – ele curvou-se para frente pegando a mão de Toni onde levou até os lábios cuidadosamente. Por alguns milésimos de segundos eu não bati a cabeça de Jug no capô do carro. Minha respiração se acelerou e uma raiva descomunal me atingiu depois daquele gesto. Jug notou meu comportamento e se afastou vendo que eu estava a ponto de matá-lo. – Vou esperá-la no carro, Darkness. – ele apontou o carro e eu assenti ainda fulminando cada parte de seu corpo. Quem ele pensa que é para fazer isso? Toni é uma dama, mas não uma dama para os encantos dele. Ela era minha. Só minha.

L'AMORE IMPROBABILEOnde histórias criam vida. Descubra agora