XLIII - Perdita di Sensibilità

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POV Toni

– Eu nunca esperei isso da Em. Ela nunca foi assim. Na faculdade, nós éramos inseparáveis e ela nunca demonstrou esse lado tão cruel. – eu estava completamente chocada com as revelações sobre Emma.

Nunca esperei tal coisa dela. Emma sempre aparentou ser tranquila, mas vejo que fui enganada por aquela carinha de anjo. De todos os anos que convivi com ela, Emma sempre falou tão bem de sua namorada, nunca me falou o nome, mas sempre falou bem dela. Falava bem das amigas que moravam com sua namorada, mas eis que...

Nem eu... – Cheryl murmurou desconsertada. Voltei minha atenção para Babs que fungava baixo e limpava o rímel borrado. – Você está bem? – ela perguntou olhando para Lucy.

– Tenho que estar né?! Emma não me abala. O que me deixa triste é... – ela fitou Babs que piscou os olhos afastando as lágrimas. – Agora que você já sabe de tudo, será que podemos esquecer tudo isso? É passado. Nem mesmo vale a pena ir atrás de Emma questioná-la os motivos de ter feito o que fez. Ela não merece que você ou que nós. – olhou para Babs rapidamente voltando a encarar Cheryl logo em seguida. – Gastemos saliva com ela. É passado! – Cheryl suspirou frustrada. A vi se levantar e sentar-se entre Lucy e Babs. Óbvio que a morena fez uma careta por estar sendo afastada de seu grande amor.

– Eu sinto muito! Se eu soubesse dessa história quando ela aconteceu, eu teria dado um jeito na Emma. Estou me sentindo bastante culpada agora. – Cheryl abaixou a cabeça, mas antes que ela abaixasse totalmente, pude perceber que suas bochechas estavam vermelhas. – Eu sinto muito por tudo isso. Eu fui casada com um...

– Monstro. – Cheryl olhou para Lucy com surpresa nos olhos e na expressão. – É! Nós sabemos. – Cheryl revirou os olhos e desajeitadamente abraçou Lucy e Babs, ao mesmo tempo. – Vamos esquecer isso, por favor. – Cheryl abriu um pequeno sorriso e assentiu. – Ótimo! Agora eu preciso de uma taça enorme de vinho. Minha boca está seca. – Cheryl soltou uma risada me tirando dos pensamentos sobre quem era a garota com quem vivi por cinco anos na universidade.

Fiquei por um bom tempo pensando no que Babs e Lucy contaram sobre Emma. Confesso que nunca esperei que Emma fosse tão má. Minha amiga havia feito coisas horríveis e por quê? Qual o sentido de todas essas coisas? Tentei colocar minha cabeça no lugar. Percebi que estava sozinha com Cheryl naquela sala. Onde Babs e Lucy se enfiaram? Quando elas saíram? Minha distração não me fez perceber quando Babs e Lucy saíram e nem o motivo da saída delas. Cheryl estava concentrada em seus pensamentos ao mesmo tempo em que rodava o cubo de gelo dentro de seu copo. Concentrei-me no que era importante. Naquele momento, Cheryl estava se martirizando por não ter evitado que Emma destruísse o relacionamento de suas amigas. Posso não conhecer Cheryl como Emma, Babs ou Keana conhece, mas já sei reconhecer algumas coisas nela. Levantei-me e me aproximei da fotógrafa. Cheryl não percebeu minha aproximação. Coloquei minha mão sobre seu braço tentando atrair seus belos olhos.

– Hey! Não precisa se martirizar por isso. Você não tem culpa de Emma ter feito o que fez. – iniciei tentando atraí-la para mim. Cheryl respirou profundamente e virou o restante de sua bebida. – Você não teve culpa do que aconteceu. – Cheryl assentiu ainda olhando para o copo, agora vazio. – Psiu! – tentei fazê-la me encarar, mas nada. – Cheryl, por favor, você não tem culpa das coisas que aconteceram. Emma fez o que fez porque quis. Aposto que Keana. – disse com desgosto. – Não apontou uma arma para a cabeça dela e a forçou a ir para cama com ela. – Cheryl trincou a mandíbula. – Emma magoou Babs e Lucy porque quis. Ninguém a obrigou a isso. – Cheryl estalou o pescoço.

– Toni... – lentamente Cheryl virou o rosto em minha direção. – Você já pensou que... – Cheryl respirou fundo quando seus olhos se conectaram aos meus. – Que estamos repetindo os mesmo atos de Keana e Emma? – franzi o cenho.

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