chapter fifty-seven

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O DEMÔNIO DE ETHRIONN


Eu e Christian ficamos ali em silêncio observando com tristeza a comitiva de carruagens que se afastava levando nosso Alek, A primeira coisa que pensei foi que graças à loucura de meu irmão, agora eu estava definitivamente sozinha.


Minha mãe fora assassinada pelo próprio filho, meu pai assassinado em circunstâncias misteriosas, no entanto, Ed foi o primeiro acusado.


Minha melhor amiga, Dorothy teve que voltar para casa graças a loucura de meu irmão, e Suzannah também fora tirada de mim pq seu pai fora assassinado por meu irmão, meu irmão, sempre meu irmão, Ele era o único responsável pela solidão que me rodeava no momento.

– Alteza, me perdoe a ousadia, sei que não sou meu irmão, mas se precisar de algo pode me procurar, farei o possível para lhe ajudar.

– Obrigado Christian, na verdade... – olhei em volta para ter certeza que não tinham olhares ou ouvidos suspeitos perto de nós e comentei já com a voz bem baixa – Alek comentou comigo que há uma forma segura dele se comunicar contigo.

– Sim, é verdade alteza. – ele respondeu no mesmo tom que eu, baixo e discreto.

– Obrigada, isso é tudo o que eu precisava saber. – Sorri para ele quando ia saindo e Maelly apareceu em nossa frente, Christian abaixou a cabeça de imediato, eu no entanto sustentei o olhar encarando-a de nariz empinado.

– Ora ora vejam só, então minha cara cunhadinha gosta mesmo de irlandeses. Mal se despediu de um e já está atrás de outro.

– Minha vida não lhe diz respeito sua cobra peçonhenta, o que quer aqui além de nos humilhar?

– Prefiro víbora, cunhadinha, soa mais altivo! Seu irmão, o rei, está lhe chamando.

– E muito me espanta fazeres o trabalho de uma serva em vir me buscar, víbora germânica!

– Entenderás o porquê quando estiver com ele, e esse soldado medíocre, o que faz aqui ainda? Fora, seu inseto inútil, não tem mais nada pra fazer?

– Olha como falas com meus amigos, sua peste dos infernos!

– Uma princesinha mimada amiga de sassenachs, veremos por quanto tempo, deu-nos as costas e afastou-se.

– Desculpe por isso, Chris, essa peste não foi aceita no inferno e o diabo resolveu devolvê-la para a terra. – Comentei tocando seu ombro.

– Obrigado alteza, é melhor eu voltar aos meus treinos antes que o comandante mande alguém me buscar.

Pelo horário Edward estaria tomando seu desjejum no jardim e assim que cheguei, ele apenas levantou os olhos da mesa em minha direção e respondeu:

– Sente-se, coma comigo.

– Obrigada, mas não estou com fome – respondi ríspida.

– Isso não é um pedido, Kaline, é uma ordem, sente-se e coma comigo.

Bufei de impaciência e revirando os olhos sentei-me à mesa, eu não tinha apetite para comer absolutamente nada.

– E a víbora da sua mulher, onde está?

– Logo se juntará a nós – respondeu ele ignorando minha ofensa.

Coloquei leite numa xícara e tentei engolir sem vontade nenhuma, algo que eu estava aprendendo da pior forma era que Edward não suportava ser contrariado.

– Agora só temos um ao outro, nós somos nossa única família, eu tú e Maelly, então seria bom voltarmos a fazermos nossas refeições juntos.

– Que intrigante, que nossa família seja apenas nós, eu, meu irmão e a cobra de estimação dele, onde será que estão todos os outros? Ah desculpe, eu tinha me esquecido, o pior dos Sheriddans acabou com todos eles!

ETHRIONNOnde histórias criam vida. Descubra agora