Serkan
Nem preciso dizer o que senti quando vi Eda com aquele vestido vermelho minúsculo. Ela está simplesmente deliciosa. Por um momento, penso em jogá-la na cama e tirar aquele vestido com os dentes, mas me contenho e vamos para o jantar. No elevador, com o perfume dela enchendo o ar, já começo a provocá-la:
-Então, que calcinha está usando hoje?
Ao invés de soltar um xingamento, ou fazer uma careta, ela sorri. Merda! Se ela deixar de ser uma fera comigo e me deixar se aproximar, eu a terei. Eu já mal tenho controle sobre mim mesmo perto dela, com ela facilitando as coisas, então! Não sairemos desse elevador vestidos!
-Você está me perguntando? E eu que achava que pelo seu grau de perversão, pudesse adivinhar a cor da lingerie de uma mulher!
Tenho que rir; ela está me provocando. Eu nunca tinha visto esse lado dela, mas estou cada vez mais tentado em tirar a roupa dela aqui mesmo.
-Você está usando uma lingerie branca.
Ela me olha espantada e eu seguro o riso. Foi um chute, mas pelo visto eu acertei. Logo, seu espanto some e ela continua como se eu não tivesse perguntado nada.
-Então? Acertei? -ela dá de ombros e mantém sua cara de paisagem.
-Aí é que está a graça da coisa! Você nunca vai saber. -ela diz e sai do elevador.
Maldita! Antes da noite terminar eu vou descobrir a cor da lingerie dessa maldita! Com toda certeza do mundo.
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O clima no carro não podia estar mais quente, quando ela se senta ao meu lado. Seu vestido sobe, revelando suas coxas grossas, e eu quero tocá- las. Fico batucando com a mão no volante para me controlar.
Eu tenho uma decisão na mão: posso agir com a razão e não transar com a Eda, assim não corro risco algum de magoá-la, só ficando ferrado o resto da viagem cada vez que a vir, tendo que dormir naquele sofá duro por mais uma semana e meia (mas, isso será um preço pequeno a pagar pela paz de espírito dela), ou eu posso mandar tudo para o inferno e transar de uma vez com essa mulher.Posso acabar com todo esse tesão reprimido e dar o primeiro e melhor orgasmo da vida dela!
Talvez ela me agradeça depois e nem se importe quando a gente voltar para casa e eu não ligar para ela. Talvez ela prefira gozar uma vez na vida, e ter o coração partido depois, do que não se arriscar e nunca conhecer as maravilhas de um bom sexo.
Não, eu não posso fazer isso! Dou um soco no volante, o que a assusta e tento me controlar até chegarmos ao restaurante.
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A viagem até o restaurante parece durar uma eternidade. Quando paro o carro, entrego a chave ao manobrista, abro a porta para Eda e a ajudo a descer. Ela me olha espantada, pois não sou de gentilezas e não tenho paciência com isso. Mas não sei o que deu em mim, quis abrir a porta para ela.
Eu finjo que não foi nada demais e a conduzo para dentro do restaurante. Avisto Dante e a esposa assim que entro. Vou até ele e apresento Eda; como sempre, ela corrige quando a chamo de Edina, e começamos a conversa.
Dante não está realmente interessado em investir em um hotel internacional. Argumento com ele sobre os possíveis lucros e defendo minha causa. Insisto mesmo sabendo que estou sendo chato, mas ele parece decidido a não investir. Mas eu não sou o tipo de homem que desiste facilmente.
Olho para o lado e vejo que Eda conversa animadamente com Mirella, a esposa de Dante. Meus olhos se demoram nela por um instante a mais e Dante já coloca um sorriso no rosto.
-Você sempre teve um ótimo gosto para mulheres, Bolat .
-Ela é minha secretária.
-Sei. E você não está transando com ela?
-Por incrível que pareça, não.
Ele não parece convencido. Então, escuto um barulho da bolsa da Eda e ela pede licença para atender o celular. Converso um pouco com Mirella, talvez se convencê-la, possa convencer Dante. Todos sabem que ele faz tudo o que a mulher quer. Pouco depois, Eda retorna pálida e se senta quieta à mesa. Mirella também percebe que há algo errado, pois a chama para irem ao toalete e as duas somem lá por uns trinta minutos.
Dante fica me falando de suas últimas férias e dos filhos, mas eu estou com a cabeça naquela porta do banheiro que não abre, no quanto elas estão demorando e na expressão de Eda antes de sair. Alguma coisa está errada: será foi o ex que ligou para ela? O que será que ele disse para deixá-la daquele jeito?
Depois de um tempo as duas voltam. Eda está com os olhos vermelhos e sorri. Ela havia chorado. Noto a mudança em Mirella assim que elas se sentam. Ela começa a perguntar pelo investimento e argumentar com o marido que ele deve investir. Olho para Eda que pisca para mim. Ela fez alguma coisa, e convenceu a mulher do Dante a investir na U.C.A.