O Espetacular Homem Aranha 3- Análogo (Continuação TASM 2)

Capítulo 16 - PRIORIDADE

Os sons da respiração pesada de Harry ecoava pelo beco que corria. A insanidade havia dado lugar para o medo, e ela fazia o mesmo correr sem parar.

Seu braço estava quebrado, a dor era gritante. Tentava controlar a respiração, mas era impossível. Olhava para todos os lados, tentando escapar de qualquer jeito do Homem Aranha.

— Achei!

A voz ecoa e Harry para, tentando mudar de direção.

— O escuro é meu aliado, Harry!

O vilão respira fundo e tenta correr novamente em outra rota, parando em um corredor sem saída.

— As aranhas tecem os fios de teia, que lembram diversos tipos de flores, além de emitir luz ultravioleta, invisível para o olho humano.

Uma teia é lançada na direção de Harry, atingindo o braço do mesmo, o fazendo ficar preso contra uma parede. Em seguida, o Aranha prende todo o seu corpo, deixando apenas a cabeça do mesmo do lado de fora.

— Em uma analogia — O herói pousa na frente do mesmo. — Eu capturei você em uma teia, mas essa era do medo. Tudo que fiz foi caçar você como uma pequena mosca, levei você em direção ao sentimento que você achava que nunca mais sentiria... — O Aranha chuta uma perna do vilão, o fazendo gritar.

— Filho da puta! Você... Quebrou... Quebrou minha perna!

O Aranha soca a barriga do mesmo, o fazendo cuspir sangue.

— Sabe... O que é engraçado— Harry ri alto, mudando totalmente de postura e personalidade — Isso não vai trazer ela de volta! Ela está enterrada!

O Aranha soca o rosto dele, o fazendo bater a cabeça contra a parede.

— Não... Não posso trazer ela de volta. — O Aranha diz, socando o rosto dele mais algumas vezes. — Mas posso vingar ela. Vingar sua morte!

Harry arregala os olhos ao perceber que não podia mexer com a cabeça do herói, que o soca de novo.

— Eu vou fazer você sentir toda a dor que senti! — O Aranha chuta a outra perna dele e sem espaço de tempo soca repetidamente a barriga o mesmo, calando seu grito de dor e impedindo que seu pulmão conseguisse puxar qualquer porção de ar.

Harry engasga em meio aí sangue, tossindo e rindo em seguida.

— Não pode me matar!

— E porque eu não faria?

— Por que eu sei algo que você vai querer saber! — Harry ri um pouco e olha o herói.

— Eu não caio mais nos seus truques! — O Aranha fecha o punho contra Harry, que o fala antes de ser atingido.

— Não prestou muita atenção na sua querida tia, não é? — Harry ri um pouco. — O Cavalheiro deve estar enforcando ela agora!

— Está blefando! — O Aranha o encara e Harry ri novamente.

— Não precisa acreditar em mim, mas depois não diga que eu não avisei, hein?

— Maldito! — O Aranha soca a cabeça de Harry com força, o fazendo ficar desacordado.

— Não pode ser, eu preciso chegar até o navio! — O Aranha solta teia na parede mais próxima e se puxa para uma escada de incêndio. Ele salta alguns varais e pousa em cima de um prédio, indo em direção ao mar, colocando a maior velocidade que podia. Se o que Harry falou era verdade, ele precisa estar o mais rápido possível até o navio, não podia perder mais ninguém.

Não demorou muito, logo estava próximo a costa, não sabia muito bem indentificar qual era o navio, mas apenas um naquele momento parecia estar mais longe do cais.