CAPÍTULO 14 - ESCOLHA

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— Foi tudo o que descobri — Eddie passava pelo rádio.

— Boa... Agora quero que arrume suas coisas e saia da cidade! — Disse o Aranha no alto de uma torre.

— Sair da cidade? Essa vai ser a matéria da minha carreira! — Disse Eddie em seguida.

— Eu não me importo com sua matéria. Eu não quero seu sangue em minhas mãos! — O Aranha diz em seguida.

— Mas você falou que... — Eddie é interrompido.

— Adeus, Brock!

O Aranha quebra o comunicador que usava com uma só mão. O mesmo olha a cidade e percebe que a escuridão havia dado lugar a um clarão.

Luz de fogo! Só pode ser os caminhões!

Existia naquele momento, duas possibilidades, salvar as pessoas de um ataque enorme dos piores vilões que enfrentou, ou ir atrás daquele navio onde Gustav Fiers se encontrava.

Em sua cabeça, os sussuros pedindo pela justiça contra quem havia orquestrado aquilo tudo. Pelo que Eddie falou, não demoraria para que Gustav Fiers saísse da cidade depois de detonar toda rede de dados.

Por outro, Harry Osborn, a pessoa que mais odiava estava no centro, com todos outros vilões, a sua vingança estava tão próxima, e a escolha não seria difícil.

O Homem Aranha solta teia em um prédio e vai em direção a explosão, acreditando que havia tomado a decisão certa, ou tentando se enganar com isso.

O centro estava uma bagunça, o escuro dava lugar aos gritos e sons de destruição. O Aranha havia chegado até o local, e pela primeira vez em muito tempo, estava de frente para quem um dia chamou de amigo.

— Estávamos esperando. Não sabíamos se ia aparecer!

Aquela voz não saia mais de sua mente, as lembranças tomavam lugar do raciocínio, o ódio era o sentimento que dominava o coração do herói, que apertava os punhos.

— Que bom rever você, Peter!

— Harry! — O Aranha diz em seguida.

— Não me chame mais assim, Harry Osborn morreu quando você ignorou o seu pedido. — Harry sorri — Ganhei um novo apelido, me chame de Duende Verde.

— Não... Harry Osborn está vivo, farei a parte dele que sobra nesse corpo feio gritar a cada osso quebrado! — O Aranha corre na direção do vilão, que começa a rir sem parar.

— Não tão rápido! — O sorriso permanece no rosto do Duende quando o Aranha é pego pelas mãos de Lagarto e jogado longe.

— Acho que já conhece o Doutor Connors! — O Duende Verde sobe no planador.

— Vocês... Obrigaram ele a virar esse monstro novamente. — O Aranha se levanta.

— Ah, Peter! — O Duende o olha. — Você é tão ingênuo. Todos nós temos um monstro dentro de nós, alguns feios, alguns maus, outros cheios de vingança. O nosso coração tem dois lados, apenas escolhemos aquele que mais combina com a gente, e ser um monstro é o que mais combina com nosso amiguinho Lagarto!

Ao escutar aquelas palavras, a fúria do Aranha havia ficado ainda mais intensa, o fazendo voltar a correr em direção ao lagarto gigante. O Aranha se joga para atingir com um soco o vilão a frente, mas é atingido por mísseis, novamente, caindo longe.

Sentir falta de Rino? — O sotaque de Aleksei ecoa na mente do Aranha, que se levanta e encara os três lado a lado.

Eu passarei por cima de todos se preciso... Não vai adiantar se esconder atrás deles, eu vou matar você, Harry.

O Espetacular Homem Aranha 3- Análogo (Continuação TASM 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora