CAPÍTULO 23 - ÚLTIMOS DETALHES

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Peter andava com uma mochila nas costas pelas ruas da cidade. Era ótimo saber que tudo estava voltando ao normal.

Conversar com Helen havia tirado um enorme peso das costas, ainda existiam pontas soltas, e agora estaria indo acabar com mais uma.

Peter chega até em frente a um restaurante chique, nunca havia estado ali. O mesmo entra e se dirige a uma mesa, todos estavam bem arrumados, o que o fazia se sentir meio deslocado, já que não estava com a roupa ideal. O mesmo se senta em uma cadeira e deixa a mochila no chão.

— Você está atrasado. — A voz feminina diz atrás dele.

— Não é como se você tivesse entediada.— Peter responde e a mulher ri baixinho, indo pra frente do mesmo e se senta.

— Vai querer comer algo?

— Não, obrigado Felícia! — Peter olha a mulher que estava deslumbrante com um vestido preto, com uma abertura, dando um vislumbrede sua perna esquerda.

— Acho que falei pra não chamar atenção. — Peter diz olhando ela.

— Não se preocupe, tudo que há de ruim entre ricos, passam por aqui! — De modo rápido e sutil, Felícia puxa a mochila com os pés.

— As vezes você me asusta — Peter fala.

— Ah, não fala assim. Eu me vesti só pra você! — Felícia o encara com um sorriso.

— Não, não vou te elogiar! — Peter diz. — Leva essa gosma na mochila pro foguete da Fundação Vida. Quero que essa coisa volte de onde veio.

— O que eu não faço por você, não é? — ela diz.

— Não fale como se eu vivesse te pedindo favor, você me deve! — Peter olha ela.

— Por destruir a sua vida e blá blá blá!— Felícia diz com uma leve careta e sacarmos na voz.

— É... Exatamente por isso.

— Mas eu já pedi desculpas, até te ajudei.

— Leva pra São Francisco, tá legal. E não... Sem vender pra ninguém dessa vez! — Peter fala.

— Eu juro que farei minha parte do acordo. — Felícia se inclina. — Mas você ainda não selou o contrato.

— Contrato, que...

Peter é interrompido quando Felícia o puxa pelo casaco e o beija. O mesmo arregala os olhos, mas brevemente, deixa ceder pelo sabor de morango dos lábios da mulher.

— Contrato feito! — Ela sorri ao separar o beijo e se levanta. — Se quiser brincar de gato e rato, sabe como me encontrar.

A mulher sai andando de lá com a mochila em mãos, enquanto o movimento de seu quadril hipinotizava todos ali.

Peter se levanta e olha na cadeira, vendo que ela deixou um celular ali. Pelo menos dessa vez, havia uma forma de contato, sem precisar de informações de ladrões ou bandidos.

Peter pega o celular em mãos e sai de lá.

A noite estava quase acabando, mas ainda havia uma parada, dessa vez, como Homem Aranha.

O herói soltava teia pelos prédios, até chegar em um apartamento. Ele escala e entra pela janela, vendo as malas prontas em cima da cama.

— Vai se mudar, Brock?

Eddie pula de susto.

— Você precisa parar de fazer isso.

— Foi mal, é divertido.

Eddie fecha a porta do guarda roupa e o encara.

— Você mandou, não mandou?

– Me desculpe pelo jeito que falei – O Aranha diz em seguida.

— Eu tinha um programa de investigação aqui! — Eddie diz. — Mas descobriram que os furos de reportagem que eu tinha eram armados, eu pagava os bandidos, eles faziam qualquer coisa, eu ficava rico, eles também. Isso explodiu pouco antes da história do Largato assassino na cidade. Graças a Deus, ter um monstro a solta, abafou as notícias. Fiquei preso, paguei fiança e desde então busco trabalhos.

Ele pega uma mala e fecha o zíper.

— Então voltei a pisar na bola, estava desesperado pelo dinheiro, fraudei fotos... Fui descoberto por outro fotógrafo, e bem... Acho que já manchei muito a minha imagem nessa cidade. — Eddie suspira e olha o Aranha. — É o que dizem, o mau, sempre volta pra quem o cultiva.

— Pra onde você vai? — O Aranha diz.

— Não sei... São Francisco talvez, tenho alguém que gosto lá... Talvez eu deva pegar um rumo na vida e... Correr atrás da honestidade e do amor.— Eddie ri um pouco.

— Toma! — O Aranha joga uma pasta pra ele, que estava em mãos desde que chegou.

Eddie segura a pasta e o olha

— O que é isso?

— Fotos, minhas. Acho que dá pra vender até você arrumar algum trabalho na sua nova cidade! — o Aranha diz. — Foi um favor de outro fotógrafo.

Eddie abre a pasta e vê algumas fotos das lutas contra o Duende Verde e os demais vilões.

— Aí, você não é uma pessoa ruim, tá legal? — O Aranha olha Eddie. — Você me ajudou, se essas pessoas estão vivas, você tem uma parcela nisso. Faça valer a pena a sua vida e sua carreira Eddie, e tenha esperança que tudo vai melhorar, mesmos nos dias mais escuros. Você... Pode conseguir boas coisas sendo honesto.

— Obrigado... Eu... — Eddie levanta o olhar e percebe que o Aranha não estava ali.

Ele olha as fotos novamente e sorri um pouco.

— Prometo andar na linha, Homem Aranha.

O Espetacular Homem Aranha 3- Análogo (Continuação TASM 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora