Capítulo 11 - ESCURIDÃO

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11 de Fevereiro, Operação City in the Dark.

- Tudo está conforme aos planos, Dmitri está furioso! - Felícia dizia encostada na janela.

- Isso é ótimo... Nos livramos de dois coelhos com uma cajadada só. Tudo que você fez à Oscorp, quando alinhado ao meu desejo de ver aquela torre cair, está surtindo efeito. Que bom que nos conhecemos Felícia, nossos interesses se tornaram um só, e no fim, vamos conseguir o que queríamos. Destruir Norman, e poder. - Simon oferece uma bebida.

A Gata Negra pega o copo e bebe um pouco.

- Agora Dmitri irá destruir o cavalheiro, o poder da cidade será concentrado na Roxxon, enquanto todos esses vilões uma hora sou outra serão usados como mercenarios. - Simon dizia radiante.

- Parabéns pra você. - Disse a Gata fingindo alegria.

- Hora, não seja estraga prazeres, você fez quase tudo. Sem você nada disso teria acontecido. - Simon sorri um pouco - Vamos para o terraço, quero ver de camarote o caos dessa cidade. Quero ver essas pessoas imundas suplicando pelos nossos experimentos. Pela ajuda da Roxxon em sua reconstrução. O desespero cria fragilidade, e a fragilidade cria oportunidades de poder e liderança!

Felícia acompanha com os olhos enquanto Simon caminhava para sair da sala.

- Você não vem?

Em outro lugar e mesmo instante.

- Querida, a cidade toda está aqui para ver sua peça, até mesmo o prefeito. - May abraça Mary Jane.

- Eu estou tão feliz, estou nervosa. - Mary Jane ri um pouco, tentando controlar a ansiedade - E o Peter? Ele não vem?

- Desculpe querida... Ele parece não estar muito bem... - May desmancha o sorriso.

Mary Jane olha em direção a porta do camarim, esperando por um breve momento que o garoto entrasse ali. Nesse pouco tempo, havia se visto em Peter, havia sentindo uma conexão com alguém que a muito tempo não sentia. Era como se fossem iguais, sentia que precisava ajudar Peter a superar aquilo, como precisou fazer quando perdeu seus pais. Talvez não fosse a melhor pessoa, mas era a única que poderia entender realmente todo aquele sentimento de ódio e rancor do mundo.

Mary Jane se vira para a tia May, mas logo sua vista escurece, percebendo que toda a luz foi apagada.

- O que está acontecendo? - May pergunta.

Senhor Davies? O que está acontecendo? - Mary Jane chama pelo guarda, que já não estava mais ali.

- Olá, tia May! - Um homem com rosto pálido entra ali.

- Quem é você? - Mary Jane tenta proteger May, mas é arremessada longe.

- Meu papo não é com você, ruiva! - Dmitri pega um pano e põe no rosto de May, a fazendo apagar. - Bons sonhos!- ele segura a mulher nos braços e sai, deixando apenas um bilhete cair antes que partisse com a idosa em seus braços, deixando Mary Jane caída sobre os sofás enquanto sentia as costas doerem.

Lentamente ela tenta se mover, tentando alcançar a mesinha que ficava próximo ao sofá onde estava.

- Por favor... Esteja aqui! - Ela alcança o celular e e tenta achar o contato de Peter. - Sem sinal, droga...

A ruiva choraminga e tenta se levantar, mas cai novamente, sentindo os olhos aos poucos fecharem.

-A festa parece ter começado! - Simon dizia enquanto apenas a luz dos geradores de sua empresa iluminavam o bairro do Harlem. Ele sorri para gata, que se apoiava na ponta do prédio.

- Você... - A gata solta o copo.

- Sabe, Felícia. Você foi útil, eu agradeço seus serviços. Mas não achou que iria entrar na minha empresa e roubar de mim, não é? - Simon caminha até ela.

- Você, me envenenou? - A gata tosse em seguida.

- Cada um usa as armas que tem. Eu te usei, você foi útil, e poderia reinar comigo se não tivesse tentado me trair - Simon segura o rosto da mulher, e pressiona sua mandíbula.

- P- por favor, não! - A mulher tinha dificuldade em falar, tanto pelo veneno que corria pelo seu corpo, quanto pela força aplicada em seu rosto.

- Se essa cidade queima em ruínas, se vidas foram ceifadas, você tem uma parcela de culpa em todos os monstros que me ajudou a criar e sabotar, eu espero que o peso dessa culpa te leve diretamente para a sua cova. Adeus, gatinha! - Simon empurra a mulher de cima do prédio.

O homem sorri satisfeito e pega a bebida dele, indo em direção a porta.

O Espetacular Homem Aranha 3- Análogo (Continuação TASM 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora