Another Love

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— Estou sendo politicamente incorreto em expressar o quão bonita você é? Não se preocupe. Nem meus homens nem eu, a deixaremos embaraçada.

Pelo menos não depois que ele os ameaçasse de demissão.

— Podemos discutir os negócios então?

Ele pegou os papéis que Fury preparara.

Tinha alguns ajustes a fazer. Notou que Natasha, a Natasha do elevador, tinha uma caneta em  mãos e fazia anotações cuidadosas enquanto ele falava.

Nick, quando solicitado a falar, fez diversas sugestões, mas Natasha corrigiu uma delas, melhorando-a.

Ela não tinha medo de expressar suas ideias e pontos de vista. Bom para ela. Bom para ele. Natasha faria um bom trabalho. Isto é... se não o levasse a loucura. Após terem coberto toda a gama de problemas, Karl desejou a eles boa sorte e os escoltou para fora de sua sala.

Steve olhou para os outros dois.

— Que tal tomarmos um café?
— Ótima ideia.

Não era com Nick que Steve queria conversar. Então olhou para Natasha, esperando consentimento.

— Eu preciso voltar ao departamento, mas vocês dois podem ir.

Disse ela com um sorriso discreto para seu chefe.

— Não tem sentido. Você trabalha duro demais e é importante que conheça melhor o cliente. Nós dois iremos com você, Steve.

Steve ficou impressionado com a rapidez que ela voltou atrás, mas pôde captar a frustração e desgosto naqueles olhos marcantes.

— Claro. Vou passar na minha sala e deixar esses papéis. Encontro vocês lá.

Sem esperar resposta, ela se virou e partiu. Steve pegou o corredor para o elevador.

— Fico feliz que tenhamos alguns minutos sozinhos.

Comentou Nick enquanto os dois tomavam o elevador vazio.

— Por quê?
— Você me preocupou com aquela observação a respeito da beleza dela. Isso não será um problema, será? Quero dizer, você conhece as
leis sobre assédio sexual, certo?

Steve deu uma risada triste.

— Sim, conheço. Tive um descontrole momentâneo porque ela é bonita demais. Mas prometo tomar cuidado. Não fique preocupado com a sua menininha.

Nick riu.

— Imagino que sou um pouco transparente.

Admitiu ele quando chegaram no décimo quinto andar.

— Mas ela trabalha comigo desde que se formou no colegial e sinto necessidade de protegê-la.
— Colegial? Pensei que ela tivesse faculdade.

Ela podia ser bonita, podia encher suas noites com sonhos, mas esperava um certo nível de formação e competência para lidar com seu projeto.

— Ela fez faculdade. Estudando à noite enquanto trabalhava aqui o dia inteiro. E é a melhor funcionária que já tive, Steve.

Steve assentiu.

— Com um endosso desses, Nick, como posso me dar mal?

O homem sorriu satisfeito, enquanto Steve abria a porta da cafeteria e a segurava para que Nick entrasse com a cadeira de rodas.

— Ela fará um bom trabalho, Steve. E terá orientação em todos os detalhes.
— Você me convenceu. A propósito, seu trabalho preparatório foi muito bom também. Se as coisas caminharem da forma como estou prevendo, passarei toda a contabilidade da empresa para a Karl Zor-El.
— Você confirmou suas suspeitas sobre seu contador?
— Ainda não, mas, infelizmente, acredito que são verdadeiras. A tentação deve ter sido muito grande para Buck. Eu lhe pago um bom salário, mas ele queria mais. Acredito que esteja falsificando as quantias e tirando de vista. Apenas não posso provar. Ainda.
— Sinto muito.
— Que tal aqui?

Touched On EyesOnde histórias criam vida. Descubra agora