Heart Attack

70 8 2
                                    

— Não acho que isso seja da sua conta.
— Oh, você assumiu de novo o ar de contadora? Não é mais uma amiga?

Steve sentiu a perda profundamente.

— Tenho que ser cuidadosa. Você me chamou de "meu doce" na frente dos nossos contadores, Steve. Fofocas surgirão em breve.
— Eu chamei? Quando?
— Quando pediu que eu ligasse para sua secretária.

Ela mordeu o lábio, inquieta.

— Que coisa! Não tive a intenção de fazer isso. Serei mais cuidadoso, prometo.
— Não importa. Enquanto não passarmos tempo juntos fora da empresa, posso sempre negar qualquer coisa. E você pode telefonar para a mulher que conheceu na minha mesa, Lizzie Forbes, e aceitar o convite dela.
— Por que eu faria isso?
— Porque isso criaria uma fofoca sobre você e ela para distrair as pessoas. Não acredito que ela vá recusar qualquer convite que você lhe faça.
— Também acho que ela não recusará, mas por que eu ofereceria qualquer coisa?
— Ela não faz o seu tipo?

A chegada da garçonete com a torta o impediu de responder imediatamente, o que foi ótimo.

Steve ia dizer que ela era o seu tipo. Mas era cedo para demonstrar qualquer tipo de interesse pessoal.

Quando a garçonete se foi, ele respondeu.

— Eu não tenho um tipo.

Natasha deu de ombros e comeu um pedaço da torta.

— Ah. está uma delícia. Eu não deveria comer isso, mas...
— Por que não? Você não está acima do peso. Na verdade, parece ter emagrecido um pouco. Tem comido direito?

Ela o encarou.

— Sim, obrigada.

De repente, após aquela conversa íntima, eles não tinham mais nada a dizer. Steve se inclinou para frente.

— Onde você está?
— Ainda estou aqui.
— Minha amiga não está mais aqui. Esta é a minha contadora.
— Tem razão. Mas é assim que deve ser. Principalmente porque vamos à polícia.

Steve respirou fundo.

— Certo. Mas gosto mais da amiga.
— Você irá falar com Karl na segunda-feira de manhã sobre o novo negócio?
— Preciso? Ele não pode mandar alguém no meu escritório?
— Acho que ele está pensando que você vai lá.

Ela comeu o último pedaço da torta e fechou os olhos, apreciando o sabor. Steve esqueceu a pergunta, observando-a.

— Você vai?
— Humm? Ah, sim. Eu a encontrarei na cafeteria para um café e então...
— Não. As manhãs de segunda-feira são cheias de complicações. Perdi muito tempo hoje, portanto terei que compensar na segunda.
— Você está dizendo isso por causa das fofocas, não é?
— Steve, eu já contei a Karl que ficamos... juntos no elevador. Mas ele espera que eu mantenha uma relação estritamente profissional com
você.
— E se ele souber sobre esta noite?
— Direi que convenci você a fazer uma denúncia na polícia e vai parecer justo que eu tenha lhe oferecido apoio.

A resposta rápida de Natasha o irritou.

— Você é incrivelmente rápida para arranjar uma desculpa.

Ela não respondeu.

— Você poderia pedir a conta?
— Nem pense nisso.

Natasha levantou a cabeça.

— Nem pense no quê?
— Em pagar.
— Por que não? Você é meu cliente. Vou pagar a conta, sim.
— Não, não vai. A mulher que veio aqui comigo é minha amiga. Ela não ficou por muito tempo, mas eu vou pagar a conta mesmo assim.

Touched On EyesOnde histórias criam vida. Descubra agora